A Honda do Brasil nos levou para conhecer e ter as primeiras impressões de pilotagem da CB 1000R. O percurso do primeiro dia foi marcado pela forte chuva em todo o trajeto de São Paulo até Porto Feliz, fazendo um trajeto pela Estrada dos Romeiros e, embora o teste tenha sido parcialmente comprometido pela água, pudemos ter um excitante contato com a moto.
Visualmente a CB 1000R chama a atenção, a Honda denominou este estilo em suas motos de New Sports Café (na Europa já tem quatro integrantes com diferentes motores – 125, 300, 650 e 1.000 cm³), fazendo alusão às antigas café racer. O design mescla linhas e componentes modernos como balança monobraço e iluminação toda por LED, com toque de nostalgia no farol redondo e no minimalismo de sua traseira. Confesso que desde ter visto as primeiras fotos fiquei com vontade de pilotá-la.
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A ergonomia é boa e a posição de pilotagem é confortável, as pedaleiras são bastante recuadas, mas não chegam a causar cansaço excessivo nas pernas ou joelhos, o banco é bem estreito entre as pernas e facilita o encaixe e a pilotagem. Um dos maiores trunfos desta moto é a sensação de leveza com que você a conduz.
O motor de quatro cilindros é forte, rende 141 cv de potência, com 10,2 kgf.m de torque máximo, empolga nas acelerações e está sempre disposto, cheio para empurrar com ímpeto. No mapa de potência e torque que os responsáveis da Honda nos mostraram há dois picos de torque, o primeiro próximo das 2.500 rpm e o segundo perto das 6.000 rpm, segundo os engenheiros este comportamento é para manter o motor sempre cheio e vigoroso e é conseguido através do sistema de escape que, através dos dutos internos da ponteira, mantém comprimido os gases em baixa rotação (elevando o torque) e liberando-os à medida que aumenta a pressão, liberando mais torque em média/alta rotação. As acelerações desde primeira marcha são dignas de superesportiva e empolga qualquer um, difícil de se conter no giro do punho.
O pacote eletrônico é completo e muito fácil de ajustar. Os modos de potência ajustam automaticamente: controle de tração, controle do freio motor, um quarto modo (denominado User) permite a customização dos parâmetros de acordo com o gosto e necessidade do piloto ou de aderência, o ABS não pode ser desconectado.
As suspensões trabalham bem e copiam o asfalto com desenvoltura. O conjunto é composto por bengalas Showa BPS de 43 mm e são assimétricas (na esquerda compressão e retorno hidráulicos e na direita pré-carga de mola), atrás o monoamortecedor da mesma marca tem ajuste mais simples, somente na pré-carga da mola.
O clima chuvoso nos limitou da possibilidade de uma tocada esportiva pela parte sinuosa do trajeto. Por isso não pudemos contornar curvas com velocidade suficiente para apoiá-la nos pneus e sentir a estabilidade nessa condição. Mesmo assim saí com uma excelente impressão de suas virtudes.
O preço sugerido de venda de R$ 58.690 (base Estado de São Paulo) não é barato, mas design, tecnologia e virtudes dinâmicas ela tem para justificar o valor. A garantia é de três anos sem limite de quilometragem, além do Honda Assistance que em caso de necessidade garante a assistência 24 horas em países da América do Sul.
Veja abaixo o vídeo sobre a nova geração da Honda CB 1000R!