Royal Enfield Scram 411
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Saiba tudo sobre a nova Royal Enfield Scram 411

6 Minutos de leitura

  • Publicado: 02/05/2023
  • Atualizado: 03/07/2023 às 11:23
  • Por: Ismael Baubeta

Finalmente a Royal Enfield apresentou a Scram 411, moto que deriva da Himalayan e que oferece uma sensação de pilotagem completamente diferente de sua irmã aventureira.

E o cenário escolhido para a fabricante sediada na Índia apresentar em nosso país o seu mais recente lançamento foi a Cidade Maravilhosa, o Rio de Janeiro, onde pudemos ter o primeiro contato com a motocicleta, que é a primeira das três que a marca deve trazer ao mercado brasileiro este ano.

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Desenho

O design da Scram 411 é bastante limpo e frugal, ele tem poucos adereços para adornar suas linhas e mesmo assim os engenheiros ingleses e indianos conseguiram fazer uma moto scrambler bastante autêntica e bonita. Você pode estar pensando: onde está o escape da lateral da moto que tanto simbolizam os modelos scrambler?

Mark Wells, chefe global de estratégia de produto e design industrial da Royal Enfield, explica: “o grande problema de colocar o escape tradicional das scrambler na Scram 411 foi com o calor que esse escapamento emana nas pernas do piloto e garupa, por isso decidimos manter o sistema da ponteira tradicional, como a da Himalayan.

Realmente as scrambler em que eu tive oportunidade de rodar tem essa característica bem marcada, mas há outro ingrediente que pode não estar na lógica que o Mark Wells mencionou, o ganho de escala com o mesmo sistema utilizado na Himalayan.

O farol redondo mantém a identidade com a irmã, Himalayan e recebeu uma bela moldura que o envolve e parece sustentar o painel que é menor e tem menos instrumentos. Apenas um mostrador redondo com hodômetro analógico e em seu interior marcador de combustível e demais informações. Foram retirados também o para-brisa e as proteções laterais que envolvem o tanque na Himalayan.

A iluminação também tem os componentes tradicionais com lâmpada halógena no farole e de filamentos na lanterna traseira e sinaleiros.

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Ergonomia da Royal Enfield Scram 411

A Scram 411 é um pouco mais baixa que a Himalayan, embora a altura do banco varie apenas 5 mm, são 795 mm, a distância do solo é 20 mm menor. Uma vez sobre ela, basta levantar o descanso lateral para notar a maior das diferenças entre as irmãs, a sensação de leveza da Scram 411 é muito maior.

A posição de pilotagem é excelente, e o triângulo formado entre os vértices marcados pelo guidão, pedaleiras e banco deixa o corpo em posição bastante natural e relaxada, O banco tem espuma muito confortável e permite rodar quantos quilômetros o piloto estiver disposto sem causar fadiga extrema.

Gostei da ergonomia da Scram e mesmo para pilotagem de pé sobre as pedaleiras ela oferece bom encaixe. A ressalva fica por conta da posição das pernas, que acabam ficando sobre as laterais da moto, com uma posição um pouco mais aberta do que o ideal, mas convenhamos ela foi construída para eventuais passeios no off-road.

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Diferenciação

Além do design que é bastante diferente da Himalayan, a principal mudança na Scram é a adoção da roda de aro 19 polegadas na dianteira e no curso de suas bengalas, são 190 mm, contra 200 mm da irmã. A traseira permanece igual com 180 mm.

Na prática essas mudanças fazem a frente da moto ficar mais baixa, fechando o ângulo de cáster e e diminuindo o trail. Isso se traduz em uma moto mais ágil e rápida em seu direcionamento e nas mudanças de direção.

Essas mudanças também reduziram o peso da moto em cinco quilos, a Scram 411 pesa 195 quilos em ordem de marcha, enquanto a Himalayan pesa 200. Se você pensar que o peso saiu fundamentalmente da dianteira da moto, vai se dar conta do porquê a dinâmica é tão mais agradável e ágil.

Essas características ficaram bem-marcadas em nosso rolé na Cidade Maravilhosa, onde pudemos rodar pelo pesado trânsito matinal carioca com muita desenvoltura ziguezagueando entre os carro com facilidade. No corredor ela também foi muito bem e não se mostrou larga, apesar da altura do guidão coincidir com a de alguns espelhos de carro.

As suspensões mostraram boa capacidade de absorver as imperfeições e buraqueira do asfalto mantendo boa estabilidade e o conforto na pilotagem.

No pequeno trecho de terra que atravessamos ela foi capaz de se aventurar com presteza e sem pancadas de final de curso em suas suspensões.

Motorização da Royal Enfield Scram 411

O motor é o mesmo monocilíndrico de 411 cm³, duas válvulas, comando SOHC e de refrigeração a ar. Assim como se comporta na Himalayan não é um motor que empolgue digamos, mas as respostas são coerentes com a proposta de uma moto urbana para o dia a dia e que também pode encarar estrada com boa desenvoltura.

O câmbio de cinco marchas tem bom escalonamento para a proposta, mas o manete da embreagem tem acionamento um pouco pesado.

Preço, cores e acessórios

A Royal Enfield Scram 411 chega ao preço de R$ 22.490 (em São Paulo considera-se mais R$ 2.000 de frete) e três anos de garantia.

A Royal oferece uma paleta de cores completa para agradar a qualquer um, no total são sete diferentes combinações, azul, branca, preta, prata e mais três na cor grafite, que se diferenciam na cor dos detalhes na aba lateral do tanque (amarelo, azul e vermelho).

A Scram 411 me agradou bastante e se tivesse que escolher entre ela e a Himalayan, certamente iria nela.
Se você acha, assim como eu que elas estão muito próximas e que podem confundir a cabeça na hora da escolha, isso vai ser por algum tempo apenas, afinal já foi flagrada uma nova Hiamalayan de motor com 450 cm³ e outras tecnologias que nenhuma destas duas têm, distanciando as duas, aí a casa fica em ordem.

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