Suzuki V-Strom 800 DE
Testes

Aceleramos as novas Suzuki GSX-8S e V-Strom 800 DE

7 Minutos de leitura

  • Publicado: 23/05/2024
  • Atualizado: 24/05/2024 às 14:03
  • Por: Ismael Baubeta

A Suzuki nos convidou para conhecer em avant-première suas duas novas motos de 800 cm³, que tem preço de venda de R$ 51.500, para a GSX-8S e de R$ 67.500 para a V-Strom 800 DE.

As duas motos compartilham o poderoso motor de dois cilindros paralelos e o chassi do tipo dupla trave em aço. O propulsor rende 84 cv na V-Strom e 83 cv na 8S. A pequena diferença na cavalaria é por conta dos ajustes para os diferentes sistemas de escape.

Suzuki V-Strom 800 DE
V-Strom 800 (Foto: Divulgação/Suzuki)

LEIA MAIS:
Shineray tem nova moto no Brasil por menos de R$ 10 mil
Fantic Caballero 500 Rally: para resgatar e enaltecer os anos 1970
Ducati Multistrada V4 Rally Adventure chega como a mais potente da categoria

Como é a V-Strom 800 DE

  • Design

Assim como suas irmãs de 650 cm³ e 1050 cm³, a V-Strom 800 DE tem design que remete às primeiras DR 800 Big, com o famoso bico sob o farol. A identidade com as irmãs da família é clara, mas a V-Strom 800 DE tem suas particularidades como o farol duplo sobreposto de LED que dá ar mais agressivo à dianteira da moto.

Suas linhas são ressaltadas pelas longas bengalas douradas Showa, pelo guidão largo com protetor de mãos, pelas rodas raiadas, pelo subchassi aparente e pela traseira compacta.

A moto é alta e o banco tem 855 mm de altura até o chão, o que para os mais baixinhos pode ser um incômodo para subir e descer da moto, mas uma vez sobre ela a condução é super fácil pela agilidade e leveza do conjunto.

Suzuki V-Strom 800 DE
V-Strom 800 (Foto: Divulgação/Suzuki)
  • Motor

A impulsão dessa máquina é feita pelo novo motor de dois cilindros paralelos de 776 cm³, oito válvulas e refrigeração líquida que a Suzuki desenvolveu para ter respostas rápidas e incisivas. O ângulo formado entre o câmbio e os cilindros é bem fechado e, visto de lado, você percebe pela posição da tampa lateral que o conjunto está mais alto, compactando o motor. Isso permitiu, segundo a Suzuki, centralizar melhor as massas e baixar o centro de gravidade.

A defasagem na ordem de ignição é de 270° o que confere a este motor respostas mais imediatas tal qual os motores em V. Para amenizar os efeitos da vibração gerada por esta característica técnica os engenheiros desenvolveram dois balanceiros independentes que surtem muito bom efeito, amenizando as vibrações.

Suzuki V-Strom 800 DE
V-Strom 800 (Foto: Divulgação/Suzuki)

A eletrônica das novas 800 da Suzuki

As novas Suzuki utilizam três modos de entrega de potência que atuam na rapidez da entrega da potência e torque, isso ajuda a personalizar a entrega de acordo com o gosto do piloto ou sua experiência na pilotagem.

Na prática, quando você enfia a mão no acelerador a moto empurra de uma forma que, se você não estiver preparada e bem seguro ao guidão, é capaz de ficar sentado no chão. O motor cresce em aceleração rapidamente e é impossível não se empolgar e querer sentir a pegada quase insana para um motor dessa cilindrada.

O controle de tração pode ser regulado em 3 níveis, além do modo Gravel, que permite derrapagens no off-road com atuação mais permissiva, ou seja, se você insistir na aceleração ele vai soltar a moto para continuar a derrapagem. O controle de tração ainda pode ser desligado. A vibração é mais sentida ao rodar em baixa velocidade em marchas altas, quando se exige uma retomada por exemplo.

A moto conta também com o sistema de controle de baixa rotação, que evita que o motor apague em baixa rotação, mantendo uma pequena aceleração para isso.

Suzuki V-Strom 800 DE
O belo painel da V-Strom 800 (Foto: Divulgação/Suzuki)

V-Strom 800DE: ciclística apurada

O conjunto de suspensões é formado por garfos Showa de 41 mm, totalmente reguláveis na dianteira e atrás, preso por links à bela balança de alumínio, o monoamortecedor com reservatório de gás separado de mesma marca oferece regulagem de pré-carga da mola através de manípulo de fácil acesso na lateral direita e ajuste de compressão hidráulica na sua parte inferior. Essa regulagem deve ser feita através de uma chave de fenda. Nas duas rodas o curso é de 220 mm, mesma medida da distância mínima do solo, prova de que ela está apta a enfrentar qualquer tipo de aventura.

A V-Strom 800 DE é vinte e dois quilos mais pesada que a 1.050 cm³ standard, seus 230 quilos (peso seco), mas a sensação na pilotagem é de que ela é muito mais leve, dada a agilidade e facilidade com que pode ser pilotada. Um dos motivos é porque ela é bem estreia entre o banco e o tanque, assim mesmo no off-road, pilotando de pé sobre as pedaleiras os movimentos são facilitados pela geometria do conjunto. Por isso ela me divertiu muito por todo o trajeto, no asfalto e no off-road.

Suzuki V-Strom 800 DE
  • Freios

O sistema de freio da V-Strom 800 DE é supercompetente para seus 230 quilos em ordem de marcha, os dois discos de 310 mm na dianteira, mordidos por pinças de dois pistões tem boa pegada e garantem frenagens firmes, ao mesmo tempo em que facilitam as frenagens no off-road pela boa progressividade.

Serão três opções de cores, cinza com amarelo, amarelo e azul (a das fotos) e preta. A Suzuki do Brasil não deve oferecer as malas rígidas para a moto nem como acessório.

A GSX-8S e as diferenças entre elas

  • Suzuki GSX-8S
  • Suzuki GSX-8S
  • Suzuki GSX-8S

Você viu que alguns dos componentes da V-Strom 800 DE também são utilizados na GSX-8S, caso do chassi de dupla trave em aço e do motor, mesmo assim há diferenças entre eles, no chassi por exemplo, na 8S o subchassi é mais baixo e mais curto para acomodar a rabeta minimalista e o pequeno banco da garupa.

As suspensões também são diferentes: na naked as bengalas invertidas não têm regulagens e o monoamortecedor só conta com ajuste na pré-carga de mola, ambos são da marca Kayaba.

O motor teve que receber ajustes diferentes por conta do sistema de escape. Nele, o abafador e catalisador estão sob o motor assim como a pequena ponteira. Esses ajustes lhe tiraram 1 cv de potência, mas não alteraram os 7,8 kgf.m de torque máximo, nem a rotação em que são atingidos.

O sistema de freio também difere. Na GSX-8S as pinças são radiais de quatro pistões, o que lhe rende mais poder de frenagem com excelente tato e progressividade. O ABS também é de dois canais.

Suzuki GSX-8S

Ergonomia da Suzuki GSX-8S

Como se vê, a GSX-8S tem conjunto muito divertido, mas sua pegada é muito diferente. Ela oferece a esportividade de uma naked com o design de uma streetfighter. Sua posição de pilotagem não é muito esportiva. As pernas não ficam com os joelhos muito dobrados e o guidão não exige o corpo adiantado. Isso ajuda a cansar menos em jornadas mais lonas.

Suzuki GSX-8S
GSX-8S (Foto: Divulgação/Suzuki)

Por outro lado, as suspensões de menor curso e mais rígidas cobram seu preço ao transferirem parte do movimento para o corpo. Isso afeta o conforto, mas essa é a dela, oferecer diversão principalmente para aqueles que gostam de uma pilotagem esportiva.

Já as respostas do motor seguem em direção à emoção, basta acelerar com vontade para sentir o real vigor desse motor de dois cilindros. Empolgante, ele cresce rápido e faz a moto ganhar velocidade como um foguete, rapidamente chega-se aos 150 km/h e além. Gostei bastante do comportamento da 8S, apesar de suas suspensões serem mais básicas que as da V-Strom.

Suzuki GSX-8S
GSX-8S (Foto: Divulgação/Suzuki)

Estas duas motos têm potencial para fazer sucesso. A GSX-8S vais sair um pouco mias barata que a GSX-S750, os R$ 51.500 pedidos por ela são quase R$ 3.500 a mesmo. Já os R$ 67.500 do preço da V-Strom 800 DE ficam entre os R$ 55.905 da V-Strom 650XT e os R$ 86.950 da 1050XT. Pelo que a 800 oferece vale a pena.

Por fim, a Suzuki GSX-8S será oferecida em três opções de cores, azul, branca ou preta, enquanto a V-Strom virá com pinturas amarela, cinza ou preta.

Deixe seu Comentário

Conteúdo Recomendado