![EUROS MOTOGP](https://motociclismoonline.com.br/wp-content/uploads/2024/01/EUROS.jpg)
Assim como a Formula 1 no mundo dos carros, a MotoGP é a mais cara das modalidades do motociclismo mundial.
As cifras no mundo da MotoGP são estimadas, já que os custos dos projetos das motos não são divulgados abertamente, mas sabe-se que os investimentos em desenvolvimento de materiais e tecnologias são milionários.
![MOTOGP](https://motociclismoonline.com.br/wp-content/uploads/2024/01/PILOTOS-MOTOGP2023-1024x576.jpg)
Desenvolvimento caro
Afinal todos os componentes das motos da MotoGP são exclusivos desses protótipos; suspensões, sistema de freios, motores, aerodinâmica e toda a tecnologia envolvida em seu desenvolvimento.
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É verdade que boa parte da tecnologia da MotoGP pode e é utilizada em modelos de produção, mas alguns dos componentes utilizados nessa competição são específicas dos protótipos e não podem ser utilizadas em motos de produção.
![FREIOS MOTOGP](https://motociclismoonline.com.br/wp-content/uploads/2020/09/Brembo-MotoGP-discos-carbono-chuva.jpg)
Um bom exemplo desse tipo de componente são os discos de freio de fibra de carbono, que só funcionam corretamente em altas temperaturas (perto dos 600°C), por isso é impossível sua utilização no trânsito urbano ou em estradas.
Componentes especiais
Os materiais com que esses componentes são fabricados também são nobres e caros como titânio, magnésio e fibra de carbono, que são utilizados pela sua leveza e resistência, mas boa parte deste tipo de material já é empregado em alguns modelos topo de linha de diferentes marcas.
Não é à toa que as motos da MotoGP pesam cerca de 160 quilos e têm mais de 250 cavalos de potência.
![CHASSI FIBRA DE CARBONO](https://motociclismoonline.com.br/wp-content/uploads/2024/01/FIBRA-DE-CARBONO-APRILIA-1024x512.jpg)
Custos de milhões
Estima-se que a moto campeã do mundo em 2023 com o piloto Francesco Bagnaia, a Ducati Desmosedici 2023, custe algo em torno de 3 milhões de euros, o que em conversão direta seria algo em torno dos 15 milhões de reais. Há quem diga que os valores cheguem a 5 milhões de euros!
![](https://motociclismoonline.com.br/wp-content/uploads/2020/08/One-Team-KTM-Red-Bull-Ring_Styria-1024x683.jpg)
Esse é o valor somente da moto, some-se a ele os custos de peças de reposição, deslocamento (viagens e hospedagens), alimentação, hospitality center e salários e a conta chega à estratosfera. Estimam-se que os gastos superam os 20 milhões de euros por temporada, mas nas equipes oficiais de fábrica os gastos podem passar dos 40 milhões. Caro? Inclua na conta as quedas e a conta pode chegar à lua!
Pilotos milionários
Outro custo importante nas equipes da MotoGP é os salários de chefes de equipe, engenheiros e dos pilotos. Entre os pilotos que estão em atividade, o mais caro do grid (não por acaso), é Marc Márquez, octa campeão mundial (hexa na categoria) que (estima-se) receberá salário 16 milhões de euros em sua nova equipe, a Gresini Racing, o que significa cerca de 80 milhões de reais por ano, sem contar os contratos de patrocínio pessoal e campanhas publicitárias.
![MARC MARQUEZ MOTOGP](https://motociclismoonline.com.br/wp-content/uploads/2020/05/Marc-Marquez-201.jpg)
Depois do espanhol na escala dos salários, vem o atual campeão da MotoGP, Francesco Bagnaia e o também campeão mundial, o francês Fabio Quartararo, ambos com salário anual de 5 milhões de euros.
Confira os demais salários dos pilotos da MotoGP em 2023
- Marc Márquez (Repsol Honda Team): 16 milhões de dólares/ano
- Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team): 5 milhões de dólares/ano
- Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha MotoGP Team): 5 milhões de dólares/ano
- Maverick Viñales (Aprilia): 4 milhões de dólares/ano
- Johann Zarco (Prima Pramac Racing/Ducati): 4 milhões de dólares/ano
- Joan Mir (Repsol Honda Team): 3 milhões de dólares/ano
- Jack Miller (Red Bull KTM Factory Racing): 3 milhões de dólares/ano
- Aleix Espargaró (Aprilia): 3 milhões de dólares/ano
- Enea Bastianini (Ducati Lenovo Team): 2,5 milhões de dólares/ano
- Álex Rins (LCR Honda Castrol Team): 2,2 milhões de dólares/ano
- Pol Espargaró (GasGas Factory Racing Tech3/KTM): 2 milhões de dólares/ano
- Franco Morbidelli (Monster Energy Yamaha MotoGP Team): 1 milhão de dólares/ano
- Álex Márquez (Gresini Racing MotoGP/Ducati): 1 milhão de dólares/ano
- Brad Binder (Red Bull KTM Factory Racing): 1 milhão de dólares/ano
Para quem gosta de motovelocidade como eu, este é o trabalho dos sonhos, mas o que não aparece nessas cifras que todos veem é o investimento de tempo e dinheiro (muitas vezes do patrimônio da família) e as renúncias que estes jovens têm que fazer em nome do esporte.
![RED BULL ROOKIES MOTOGP](https://motociclismoonline.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Red_Bull_Rookies_Cup.jpg)
Essas renúncias já são uma forma natural de separar os futuros campeões mundiais dos pilotos que abandonarão a motovelocidade ou simplesmente ficarão por outros campeonatos de menor expressão mundo afora.
Não à toa eles são a elite da motovelocidade e, certamente, estão no topo desta disputadíssima modalidade.