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Triumph Bobber Black: a clássica ousada e rebelde

5 Minutos de leitura

  • Publicado: 27/03/2021
  • Por: Alexandre Nogueira

A linha Bonneville da Triumph é um enorme sucesso e são oficialmente as motos mais vendidas da marca inglesa em todo o mundo. O mercado de motocicletas é atualmente liderado por máquinas baratas e econômicas, e nunca houve uma diversidade de opções tão grande, mas esse nicho estilizado das modern classics tem atraído os motociclistas de todas as idades, iniciantes ou experientes que buscam um estilo de forte caráter, talvez até mais impressionante do que o popular estilo custom americano.

Anunciar a nova Bobber Black pouco depois que a máquina original entrou em cena confundiu alguns, por isso muitos estavam curiosos para saber se havia algo mais neste novo modelo do que apenas um mero exercício de estilo.

Triumph Bobber Black: estilo único (Renato Durães)

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O que há de novo?

O Preto é basicamente o mesmo que a moto anterior, tanto que é difícil de distingui-las, mas a grande e facilmente detectada diferença é a roda dianteira de 16 polegadas equipada com um volumoso pneu Avon Cobra 130/90, dando a impressão que as rodas dianteira e traseira sejam quase do mesmo tamanho e com uma postura muito mais agressiva do que o modelo anterior. Vale lembrar que a circunferência de rolamento é praticamente idêntica à da Bobber original para que a geometria da moto e as características de pilotagem permaneçam inalteradas.

Triumph Bobber Black: visual icônico e rebelde (Renato Durães)

Outras alterações na dianteira vêm com o garfo de cartucho Showa mais grosso, de 47 mm, que substitui o KYB de 41 mm. A Bobber Black também se beneficia de um par de discos de 310mm, que são equipados com pinças Brembo de dois pistões. Arrematando o visual da dianteira chega também uma luz de posição diurna de LED muito legal que fica acesa permanentemente e dá um toque agradável de modernidade, que levanta e impõem a parte da frente. O visual em diferentes tons de preto e aquele pneu dianteiro gordo mudam completamente o visual da moto, deixando-a mais agressiva e apta para um ambiente mais jovem, mais urbano, e de acordo com o atual boom na cultura retrô e de motocicletas personalizadas.

Triumph Bobber Black: motor de 1.200 cilindradas de alto torque (Renato Durães)

Como é montar?

A ergonomia infelizmente não permite que pilotos de baixa estatura pilotem confortavelmente, porque as pedaleiras são avançadas e o guidão quase reto também obriga uma postura inclinada à frente. O belo assento em peça única tem regulagens de altura e distância, mas mesmo assim a postura forçada continua. Eu, com meus 1,80 metros de altura, me senti bem à vontade e me diverti bastante nas curvas da serrinha aqui na porta de casa, bem esperto nas inclinações por conta das pedaleiras que chegam cedo. O grande pneu e a suspensão dianteira de maior especificação, claramente melhor em absorver as imperfeições da estrada, tornam a agilidade e o desempenho em curvas muito previsível e seguro.

Triumph Bobber Black: assento regulável em distância (Renato Durães)

Os freios são muito melhores do que a Bobber convencional com disco único, tanto na sensação quanto no desempenho. Isso me deu mais confiança ao rodar pela cidade e também na tocada mais agressiva; você pode frear com apenas um dedo e o pneu dianteiro grande passa a sensação de muita aderência, permitindo frenagens poderosas para atacar curvas, se necessário.

Triumph Bobber Black: boa performance em curvas (Renato Durães)

As mudanças como o pneu maior, os dois discos de freio e o garfo também maior, adicionam 9,5 kg ao peso da moto. Há alguns pontos positivos com as mudanças e achei a Triumph Bobber Black extremamente estável nas acelerações fortes e nas frenagens. O controle de tração atua perfeitamente nas saídas de curvas mais rápidas e não houve movimentos indesejados no guidão ou qualquer reclamação do chassi.

Triumph Bobber Black: frente imponente (Renato Durães)

A Bobber Black apresenta o mesmo bicilíndrico paralelo de 1.200 cm³ que alimenta o resto da família Bonneville de 1.200 cilindradas, com uma faixa de torque útil que a Triumph afirma ser um líder na categoria, entregando torque de 10,8 kgf.m a 4.000 rpm – impressionantes 10% a mais do que a Bonneville T120 a 4.500 rpm. A potência máxima fica em 77 cv a 6.100 rpm. O câmbio de seis velocidades é leve para usar, preciso e bem casado com o motor. O som do duplo escapamento em aço inoxidável é adorável e viciante.

Triumph Bobber Black: acabamento total black impõem respeito (Renato Durães)

Quanto aos equipamentos, a Triumph Bobber Black não vem recheada com modos de pilotagem e potência, apenas o controle de tração, ABS nos freios e um piloto automático fazem parte do pacote. O painel mescla relógio analógico com um display digital LCD com computador de bordo, odômetros, configurações de controle de tração e piloto automático, nível de combustível e relógio.

Triumph Bobber Black: pneu dianteiro gordo transmite segurança (Renato Durães)

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Conclusão

A Triumph Bobber Black é uma moto fantástica de muitas facetas. É muito mais do que apenas um exercício de estilo, é um grande upgrade. A marca inglesa conseguiu criar uma motocicleta que tem uma vibe completamente diferente, mais radical e talvez mais mal-humorada, no bom sentido, é claro.

Triumph Bobber Black: painel com computador de bordo (Renato Durães)

A Triumph Bobber Black é rebelde e o mais legal é que ela é também uma tela em branco para personalização, então é só usar a criatividade para deixá-la ainda mais exclusiva e única. Um belo brinquedo para adultos, que podem pagar R$ 59.600.

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