A Royal Enfield lançou oficialmente nesta terça-feira, 22, a trail aventureira Himalayan no Brasil. A moto chega aqui nas cores preta e branca pelo preço sugerido de R$ 18.990 + frete. Lançada no mercado internacional em 2016, a moto chega ao Brasil importada para ajudar a marca anglo-indiana a firmar o pé no País e aposta, além do preço, na robustez para conseguir isso. “Modelos aventureiros costumam ser muito caros e intimidadores. A Himalayan é uma motocicleta simples e capaz de ir a qualquer lugar”, comenta Claudio Giusti, diretor geral da marca no Brasil.
O novo modelo vem com o motor LS 410, um monocilíndrico OHC de 411 cm³ arrefecido a ar, capaz de gerar até 24,5 cv a 6.500 rpm e torque máximo de 3,26 kgf.m nos 4.250 giros feito especialmente para ela. O câmbio é de cinco marchas. Montada sobre um quadro tipo berço duplo feito em aço, a moto traz garfo dianteiro com curso de 200 mm, enquanto a balança traseira traz um monoamortecedor com link de 180 mm de curso.
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Além das suspensões de curso mais longo, a moto ainda traz pneus de uso misto com medidas 90/90 – 21’’ na dianteira e 120/90 – 17’’ atrás. O tanque tem capacidade para 15 litros de gasolina e o assento está a 800 mm do chão, o que faz dela acessível a pilotos de diversas estaturas. Os freios são a disco em ambas as rodas, com pinças Bybre – segunda linha da Brembo – e trazem o ABS de dois canais, que não pode ser desligado. Barras de proteção para o motor e malas laterais rígidas estarão disponíveis como assessórios mais adiante.
Marca se expande no País
Antes focada no segmento de modelos clássicos, a Royal passa a pisar em um novo terreno com a Himalayan. E o preço estipulado pela marca faz com que ela chegue perto de outras trail de grande volume de vendas no Brasil, como Yamaha Lander (R$ 16.990 + frete) e a Honda XRE 300 (que parte de R$ 18.200 + frete). E mais ainda da Kawasaki Versys-X 300 (que parte de R$ 22.990 + frete na versão com ABS) e da BMW G 310 GS (R$ 25.250 + frete).
Embora saiba que a nova trail irá atrair as atenções de possíveis consumidores de outros modelos, a Royal minimiza a comparação com a concorrência e não fala em números quando o assunto é a expectativa de vendas da Himalayan. “Temos a filosofia de ser uma marca que não tem pressa. E nós fazemos isso no mundo todo”, disse Arun Gopal, diretor de negócios internacionais da marca.
Mas, mesmo sem deixar evidente qualquer desejo de destronar essas outras marcas no segmento abaixo dos 500 cm³, a Royal aproveitou o lançamento da Himalayan para falar em expansão. Além de revelar o interesse em produzir suas motos – que atualmente são importadas e vêm com preço subsidiado – em solo brasileiro, os executivos falaram em novas revendas. “Até o final de 2019, pretendemos expandir nossas operações nossas operações no Brasil, mais especificamente nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG)”, comenta o diretor de negócios internacionais.
E os planos na capital paranaense já estão adiantados. “Estamos na fase de encontrar o lugar”, comenta Bruna Wladyka, que ao lado de Cezinha Mocelin, será sócia da nova concessionária, prevista para ser inaugurada entre abril e maio. Wladyka e Mocelin estão à frente do BMS Motorcycle, evento para motociclistas realizado em Curitiba e que já vai para sua quinta edição.
Por falar em expansão, além de mostrar a Himalayan, a Royal Enfield já deu pistas de que poderemos ver em breve as “gêmeas” de 650 cm³: Interceptor e Continental GT 650. “Nós começamos o processo de homologação delas no Brasil e estamos ansiosos para trazê-las em breve”, disse Arun Gopal, mostrando que ainda há muito o que esperar da marca anglo-indiana por aqui.
Fotos: Royal Enfield
