A Prefeitura do Rio de Janeiro adiou a licitação para construção do novo autódromo da cidade, na região de Deodoro, em local que antes pertencia ao Exército. De acordo com o publicado nesta semana no Diário Oficial, a Secretaria Municipal da Casa Civil comunicou o adiamento como “sine die”, ou seja, não há data prevista para que o assunto seja retomado. As informações são do jornal Extra.
Segundo o periódico carioca, há uma série de inconsistências no edital, incluindo a falta de uma licença ambiental prévia. O local, onde deverá se construído o circuito, aliás, vem sendo objeto de disputa entre a prefeitura da cidade e ambientalistas, que defendem a criação de um parque público, já que a área também inclui a Floresta do Caboatá, com seu de 1,6 milhão de metros quadrados. Para se ter ideia, ela tem três vezes o tamanho do Jardim Botânico do Rio. Os grupos de preservação argumentam que há outra área próxima dali que poderia servir para o autódromo.
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Mundial de Motovelocidade pode voltar ao Brasil em 2021
Em junho do ano passado, os executivos do consórcio Rio Motorsports, responsável pela construção do autódromo de Deodoro, se reuniram com Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna Sports, organizadora do Mundial de Motovelocidade, para assinar um acordo preliminar para incluir novamente uma etapa brasileira no calendário do campeonato já em 2021. Mas, com o adiamento da licitação, isso pode não acontecer.
A pista, entretanto, já está pronta no papel. Desenhada pelo alemão Hermann Tilke, terá 5.386 metros com 20 curvas e capacidade para 80 mil pessoas nas arquibancadas. O projeto é orçado em R$ 850 milhões desembolsados pela iniciativa privada e a previsão é de que ele fique pronto 16 meses depois do início das obras. A última etapa do Mundial de Motovelocidade que aconteceu no Brasil foi em 2004, no extinto Autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá. Este, foi demolido em 2012 como parte das obras para as Olimpíadas de 2016.
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