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Reciclar capacetes seria uma boa para o futuro?

3 Minutos de leitura

  • Publicado: 13/01/2025
  • Por: Trinity Ronzella

O lixo relacionado à motocicleta é um problema que não pensamos. Mas será que reciclar capacetes seria uma boa solução para o futuro? Parece que não mas, produzimos muito lixo relacionado a motocicleta. E os capacetes velhos são apenas um deles, e aparentemente não sabemos o que fazer com eles.

Porém a Dainese, dona da marca AGV Capacetes, vem estudando uma possível solução para essa questão. O projeto, chamado Life Impacto, visa estimular a reciclagem de capacetes. Em resumo, a ideia é estender o ciclo de vida dele, contudo, usando a reciclagem seletiva. Mudando o processo linear para um circular.

Reciclar capacetes seria uma boa para o futuro.
Reciclar capacetes seria uma boa para o futuro? Foto: Divulgação

Pensando diferente, a Dainese vê isso como um método de reciclagem de capacetes em escala industrial, pois pensa num futuro melhor.

O que acontece com o capacete sem reciclar

O capacete descartado tem seu fim, em suma, em locais como aterros sanitários, terrenos baldios, rios, e por aí vai. Então, por quê não criar um método eficaz para separar e reciclar os plásticos usados para fazer um capacete?

Os capacetes são usados mais tempo que deviam. Foto: Divulgação

Segundo a fabricante, a segurança não seria sacrificada nesse processo, afinal, salvar vidas continua sendo o objetivo da Dainese.

A empresa destaca que os capacetes fabricados nesta nova iniciativa seguirão os mesmos padrões daqueles feitos com plásticos novos. A intenção, por fim, é reutilizar os materiais sempre que possível.

O material retirado dos capacetes para reciclar: ABS, EPS e PC. Foto: Divulgação

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O que vem pela frente para reciclar capacetes

A Dainese está no processo de construção de uma nova fábrica, contudo, espera abordar dois desafios com essa iniciativa. Em suma quer reciclar os plásticos já existentes nas tampas e criar designs de novas tampas, para ficar mais fácil reciclar no futuro. 

Já na fábrica nova, a idéia é coletar os capacetes sem uso e, em suma, separar vários plásticos (ABS, EPS e PC), pois o objetivo é usar esse material em capacetes AGV novos. A meta é iniciar com 5.000!

Mas a Dainese não está sozinha nessa, pois existem quatro grupos italianos com quem ela está colaborando na tecnologia.

Conhecida como Re-Sport, é uma spin-off da Universidade de Bolonha especializada em tecnologias de ponta para reciclagem de equipamentos esportivos compostos.

Tem também a Innovando, uma empresa de logística reversa; a Misitano & Stracuzzi que fornece solventes, contudo, de base biológica derivados de frutas cítricas, e a própria Universidade de Bolonha.

Life Impacto conta com 4 empresas para seguir com a idéia. Foto: Divulgação

O que esperar desse projeto

Com resultados projetados notáveis, prevê-se contudo que: serão recuperados 3.700 kg de ABS, 1.056 kg de EPS e 637 kg de PC dos 5.000 capacetes reciclados.

Mas não fica por aí, pois o processo de reciclagem pretende reduzir o uso de água em 50%, e o uso de energia e emissões de CO2 em 60%.

Apesar da realidade ser diferente, os capacetes deveriam durar de 5 a sete anos, o que gera uma quantidade significante de resíduos.

Mais de 17 toneladas de lixo retirados do Rio Capibaribe em mutirão. Foto: Divulgação

Vem uma mudança no mercado de capacetes?

O Life Impacto pode ser o ponto de partida de uma grande mudança no mercado, pois pode encorajar métodos de produção mais ecológicos sem diminuir a segurança para o motociclista.

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