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Italiana MV Agusta celebra aniversário de 75 anos

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  • Publicado: 17/02/2020
  • Por: Alexandre Nogueira

A italiana MV Agusta tem uma história repleta de glórias industriais e esportivas, como seu recorde invicto de 17 títulos mundiais, e após 75 anos continua inovando com motocicletas premium exclusivas e se projetando para o futuro.

O Conde Agusta (Divulgação)

Marca italiana exótica surgiu em 1945

A produção de motocicletas deu início com o conde Giovanni Agusta como subsidiária de sua empresa de aviação, que hoje fabrica helicópteros, e se expandiu após a Segunda Guerra Mundial, quando o negócio de aviões foi suspenso e a Itália precisou de transporte barato de duas rodas para voltar a se mover.

O primeiro modelo MV98 (Divulgação)

A MV Agusta foi poderosa nos campeonatos mundiais nas décadas de 50, 60 e 70. Nestes tempos a MV Agusta geralmente dominava as corridas, incluindo 17 anos de vitórias consecutivas no título de 500GP entre 1958 e 1974. Grande parte do sucesso da nas corridas se resumia aos melhores pilotos da época como Giacomo Agostini, John Surtees, Mike Hailwood e Phil Read e também porque suas máquinas de três e de quatro cilindros eram as de melhor desempenho, em comparação com os monocilíndricos e bicilíndricos ingleses.

MV Agusta e Giacomo Agostini: uma combinação vencedora (Divulgação)

A F4 de 750cc apareceu no final dos anos 90, projetada pelo designer Massimo Tamburini, e aproveitando o sucesso da F4, foi lançada a naked Brutale, expandindo seu motor de quatro cilindros em linha para 1000 cilindradas, para então desenvolver um motor de três cilindros em linha com 675 e 800 cilindradas. As motocicletas da MV Agusta exalam design e estilo únicos, em vez de soluções práticas comuns monótonas.

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Claudio Castiglioni e Massimo Tamburini (Divulgação)

Do final da década de 1970 até 1997, a MV Agusta ficou em silêncio, sem novas motocicletas. Em 1991 a marca foi comprada por Claudio Castiglioni como parte de seu negócio Cagiva, que na época também era dono da Ducati, Moto Morini e Husqvarna. Mas Castiglioni cuidava de tudo sozinho, a MV Agusta ficou em segundo plano, até a Ducati ser vendida em 1995, e então Castiglioni pôde se concentrar totalmente na produção de motocicletas exclusivas.

Giacomo Agostini e Claudio Castiglioni (Divulgação)

Hoje a MV Agusta ainda fabrica máquinas impressionantes, com o designer britânico Adrian Morton concebendo obras-primas como a Brutale 1000 serie Oro em edição limitada e a Superveloce 800, que já foram consideradas as motocicletas mais belas do Salão de Milão com o inconfundível DNA italiano e entraram definitivamente em produção. Também foram desenvolvidas sob a orientação de Giovanni Castiglioni a Dragster e a Turismo Veloce, marcando a entrada da marca italiana em novos segmentos.

MV Agusta Brutale 1000 serie Oro (Divulgação)

De olhos no futuro e em novos mercados onde ainda não atua, a MV Agusta está expandindo suas operações para a China com a Loncin Motor, numa parceria para ajudar a produzir motocicletas de baixa cilindrada nos próximos cinco anos. Com isso a empresa espera elevar o volume de vendas para 25.000 unidades anuais nos próximos cinco anos, com vinte novos modelos, em particular para atender um público jovem com uma linha mais básica e de baixa cilindrada.

MV Agusta Superveloce 800: prêmio de excelência em design (Divulgação)

A empresa ainda tem um Castiglioni no comando, o filho de Claudio, Giovanni, é o atual presidente, mas a família Sardarov comprou a empresa em 2019, com Timur Sardarov assumindo o cargo de CEO.

Giovanni Castiglioni e o pai Claudio ao fundo (Divulgação)

E para celebrar o marco em sua história, a MV Agusta realizará um evento para comemorar os 75 anos de sua fundação nos dias 20 a 21 de junho, na fábrica em Schiranna, às margens do lago Varese.

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