A superesportiva Panigale V4 da Ducati mal completou seu primeiro ano de vida e já ganhou mais um recall para chamar de seu na terra do Tio Sam. De acordo com o site norte-americano Motorcycle.com, a campanha acontece devido a um problema no radiador de óleo da moto, cuja saída pode rachar sob uso severo, como um trackday em autódromo, por exemplo.
Solicitada pelo NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration), o órgão norte-americano que fiscaliza a segurança nas vias, a campanha de recall as versões Standard, S e Speciale. A Ducati irá repor a peça com saídas redesenhadas para aguentar o uso em condições mais extremas.
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Em maio deste ano, a moto teve outros dois recalls anunciados pelo mesmo órgão. No primeiro, foi constatado que o modelo poderia apresentar um vazamento no O-ring, algo que não pode ser detectado pelo controle de qualidade de Borgo Panigale por conta do acúmulo de graxa em volta da peça.
Já no segundo, tampa do tanque de combustível poderia não ventilar como se deve e, em condições que levam em conta temperatura externa, uso da moto e a quantidade de combustível dentro do reservatório, a pressão interna pode aumentar e espirrar combustível para fora assim que a tampa fosse aberta. A Ducati ficou de substituir as peças por novas versões retrabalhadas para que a ventilação fosse melhorada e esse tipo de problema não ocorresse.
A Panigale V4 ainda não está disponível no Brasil nas versões Standard e S. Mas, em março deste ano, a subsidiária brasileira da Ducati abriu reservas para apenas três unidades da V4 Speciale, que vieram pelo preço de R$ 269 mil cada uma.
Limitada a apenas 1 500 exemplares para o mundo todo, a Panigale V4 Speciale reúne tudo de mais moderno que a Ducati já criou pra uma superbike. A começar pelo novo propulsor Stradale de quatro cilindros em “V” de 1 103 cm³, derivado diretamente do motor que equipa a Desmosedici GP, modelo que compete no Mundial de Motovelocidade nas mãos de Andrea Dovizioso e Jorge Lorenzo.
Equipada com um kit da Akrapovic, a Speciale é capaz de entregar impressionantes 226 cv de potência – 12 a mais que no modelo convencional – a 13 000 rpm, enquanto o pico de torque é de 12,6 kgf.m e está disponível nos 10 000 giros. Além de suspensões totalmente ajustáveis da grife Öhlins e partes em fibra de carbono.
Já no quesito eletrônica embarcada, a moto dá um show à parte. Freios ABS de atuação em curvas, controle de tração, controle de wheeling, três modos de pilotagem, controle do freio do motor e o novo Ducati Slide Control, que atua em conjunto com a Unidade de Medida Inercial (IMU) e com o controle de tração para definir o quanto é possível derrapar com a roda traseira de forma mais precisa. Tudo isso pesando apenas 195 kg em ordem de marcha.
Fotos: Ducati e Carlos Bazela