Primeiramente é preciso dizer que o nome Ninja estampado nas motos esportivas da Kawasaki há anos é sinônimo de motocicletas de alto desempenho.
A Ninja 500, guardadas as proporções com as motos superesportivas da Kawasaki, é mais uma opção da marca para entrar no mundo das esportivas.
Simplicidade
No entanto, a facilidade na pilotagem é o que chama a atenção desta Ninja, mas não confunda essa característica com ausência de emoção na tocada.
Nesse sentido podemos destacar os punhos da Ninja 500 que demonstram sua simplicidade. Eles têm apenas os botões essenciais, liga-desliga, buzina, setas, farol alto e lampejador.
Quanto à parte de componentes mecânicos, posso afirmar que ela é uma moto com os recursos adequados para oferecer boas doses de endorfina na pilotagem.
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Identidade visual
O desenho da Ninja 500 obviamente tem inspiração nas irmãs de maior cilindrada. As linhas angulosas combinam com o porte esguio, com a rabeta alta e com o bloco óptico agressivo.
A ergonomia é boa e, apesar da posição de pilotagem não ser das mais agressivas, o banco mais alto na parte de traz, joga o corpo em direção ao guidão, forçando os braços, causando cansaço, principalmente rodando no tráfego urbano.
Motor de dois cilindros
Por sua vez, o propulsor tem a base do motor da Ninja 400, que sai de linha, contudo, ele recebeu importantes modificações para ganhar mais potência e torque.
A cilindrada passou para 451 cm³ com 7 mm a mais no curso dos pistões. Já o virabrequim recebeu novo sistema de contrapesos e de balanceiros.
A eletrônica desta Kawa se resume à injeção eletrônica e ao ABS nas duas rodas. Mas nem por isso ela fica devendo nas possibilidades de diversão.
As respostas ao acelerador são interessantes, assim como é possível rodar tranquilamente sem engasgos ou vibração exagerada pela cidade em baixa rotação, se você quiser, é possível fazê-la rugir mais alto e se deliciar com suas respostas.
Ciclística
O chassi da Ninja 500 é do tipo treliça tubular com bengalas tradicionais de 41 mm na dianteira, combinadas com o monoamortecedor acoplado à balança por links.
Definitivamente, apesar de parecer simplório, o conjunto de suspensão funciona bem e permite muita diversão por estradas sinuosas em pilotagem mais esportiva. Na cidade a traseira se mostrou um pouco rígida transmitindo algumas pancadas para as costas.
Freios
O sistema de freios também não tem extravagâncias como em outros modelos de mesma cilindrada, mas nem por isso é insuficiente, o disco de 310 mm na dianteira combinado com a pinça axial de dois pistões e a pinça traseira de pistão único no disco de 220 mm têm bom tato e pegada progressiva.
Sendo assim, o sistema é eficiente o bastante para oferecer frenagens arrojadas e eficazes mesmo em alta velocidade.
Na prática
A Ninja 500 é uma moto que segue o conceito de menos é mais, já que seu bom desempenho é capaz de empolgar praticamente sem nada de eletrônica embarcada.
Ela é leve, estreita e fácil de direcionar, basta você ameaçar inclinar que ela vai no trilho sem vacilo, contornando curvas com facilidade e segurança com bom feeling na roda dianteira.
O motor é forte o suficiente para oferecer respostas empolgantes se você deixá-lo falar mais alto, acima das 4.500 rpm é que ele fica mais propício à diversão adulta.
O equilíbrio do conjunto é muito bom, mas em frenagens de emergência a frente da moto mergulha rapidamente e faz a traseira flutuar, podendo desestabilizar a moto.
Versões
A Kawasaki oferece esta versão standard por R$ 40.510 (com frete incluso) e a versão SE (abaixo), que além da pintura verde, como as motos de competição da marca, vem equipada com chave de presença, painel em TFT e piscas em LED.
Por isso, essa versão mais completa também é mais cara, custa R$ 43.100.
Conclusão
A Kawasaki melhorou o conjunto da Ninja 500 em todos os quesitos e fez valer a pena a novidade na comparação com a 400.
Se os R$ 40.510 pedidos por ela não são pouca grana, por outro lado, a facilidade na pilotagem e a capacidade de diversão compensam o investimento.
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