A mobilidade em grandes centros urbanos é cada vez mais difícil, e dar soluções inteligentes para melhorar o ir e vir das pessoas, passa necessariamente por veículos de duas rodas, como patinetes, bicicletas, scooter ou motocicletas, sejam eles elétricos, compartilhados ou não.
Fácil? Claro que não, principalmente aqui no Brasil, onde o investimento em infraestrutura de transporte nas metrópoles está muito aquém de outras grandes cidades do mundo, como Berlin, exemplo no quesito mobilidade.
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A capital alemã tem o melhor índice de mobilidade do mundo segundo o estudo Mobility Futures da Kantar. Fatores como viagens econômicas, facilidade de acesso a uma ampla variedade de infraestrutura de transporte público e as várias opções de serviços de compartilhamento de viagens foram determinantes para estar no topo.
O Brasil, no mesmo estudo, está em 30º lugar das 31 cidades pesquisadas, prova de que aqui falta muito investimento em infraestrutura de transportes e serviços para melhorar a mobilidade urbana.
As motocicletas, assim como bicicletas e patinetes já são febre e estão ajudando a transformar a vida de muitas pessoas e aliviar o estresse de muitas outras que delas estão se utilizando para se locomover aqui no Brasil.
Isso prova que motocicletas, bicicletas e patinetes são a forma mais eficaz, ou pelo menos das mais eficazes, de se locomover dentro dos conturbados centros urbanos e ainda demandam menor investimento em infraestrutura, por outro lado é necessário um trabalho de conscientização e treinamento para s usuários, visando evitar abusos e acidentes.
Tem outro lado nessa história que é a satisfação e alegria que estes meios de transporte oferecem aos condutores. Na mesma pesquisa, 24% das pessoas disseram sentir-se mais felizes ao utilizar a motocicleta, 23% se alegram com as bikes elétricas e 17% sentem-se felizes ao pedalar.
Portanto não é só a agilidade e prazer que estes meios de transporte oferecem, porque, ainda segundo a pesquisa Mobility Futures seu relatório diz: “Existe uma grande proporção da população de cada cidade que deseja um deslocamento otimizado individualmente”, e conclui também dizendo: “As pessoas têm mais probabilidade de usar meios de transporte que trazem alegria para o deslocamento diário e oferecem uma escolha de estilo de vida, não só uma forma de se deslocar”.
Não defendemos as motocicletas porque somos viciados nelas, mas porque elas são uma excelente ferramenta multiuso, tanto para o trabalho, deslocamento ou lazer. Ir de moto é mais rápido e prazeroso. Você não acha?
Ismael Baubeta é editor da Revista Motociclismo no Brasil. Motociclista há mais de trinta anos, fez da paixão pelas motos sua profissão.