Moara Sacilotti foi a única mulher a competir no South America Rally Race (SARR), uma competição que passou pelos mais inóspitos terrenos da Argentina. A brasileira compete desde 1987 em provas de off-road e não à toa se tornou uma profissional respeitada. Competente e corajosa ela enfrentou e superou mais de 2.700 quilômetros do rali com sua Yamaha WR 450F pela equipe MUSA – Mulheres Unidas Sertões Adentro.
O South America Rally Race aconteceu entre os dias 1 e 10 de fevereiro e foi válido como abertura do Campeonato Latino-Americano de Rally, a competição tem assinatura dos Sertões e consta como Sertões Series.
Moara Saclotti, pioneira entre as mulheres no rali brasileiro, foi a única representante feminina entre as motos no SARR e finalizou a competição em 5º lugar na categoria M2.
“Eu imaginava que, a exemplo do que acontece no mundial, teríamos uma categoria feminina no latino-americano, independentemente do número de participantes. Estou acostumada a competir com os homens, mas considero muito importante a categoria feminina, pois incentiva a participação de mais mulheres no rali. Espero que a FIMLA acrescente essa categoria na próxima temporada.”, declara Moara.
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Os quase três mil quilômetros do SARR, foram divididos em 8 etapas (além do prólogo e super prime que antecederam as disputas de fato), e teve desafios jamais enfrentados pela brasileira.
Mais um desafio de Moara Sacilotti
Foi a primeira vez de Moara Saclotti pilotando no deserto e navegando por bússola (CAP): “passamos por terrenos muito variados e difíceis de se pilotar, além das dunas extremamente fofas de todos os lados, tivemos muito fesh-fesh que é um pó extremamente fino e fundo onde a moto não obedece, e muitos quilômetros de areia com pedras, o qual eu acho ser o terreno mais complicado.”
Em uma das etapas, Moara Sacilotti caiu nas dunas e o esforço para levantar a moto com as pernas afundando na areia fofa, exigiu força física além do normal para conseguir desatolar a moto e seguir na prova. “Nesse dia eu fiquei exausta como nunca, mas eu só conseguia agradecer a oportunidade de estar lá, de pilotar em lugares únicos e competir em um rali tão bem-organizado”.
Tudo no SARR foi novidade para Moara Sacilotti: os terrenos, a navegação, as temperaturas acima dos 45°C e o idioma. Além de muita técnica de pilotagem e preparo físico, o rali também exigiu um equilíbrio mental superior ao que é exigido da piloto nas competições no Brasil, até mesmo para administrar a hidratação porque o calor e a seca foram extenuantes.
Patrocinadores
Moara estava muito bem-preparada e destaca a importância de seus patrocinadores: “O trabalho para competir em um rali como esse é intenso e custa caro, sem o apoio dessas empresas eu não teria conseguido. O melhor é poder utilizar os produtos in loco e atestar pessoalmente a qualidade”.
Baterias Pioneiro: “O uso dessa bateria me permitiu dar muitas partidas com a moto engatada, ventoinha ligada, farol aceso e equipamentos de navegação em funcionamento. A bateria foi motivo de parada para outros competidores”.
Pirelli: “Os pneus fizeram a diferença , escolhi o modelo Scorpion XC MidSoft, perfeito para terreno arenoso e que também se mostrou resistente para longas distâncias”. Toro Sports: “Os equipamentos de segurança que me protegeram durante todo o trajeto, inclusive dos espinhos da beira dos caminhos”.
De volta ao Brasil, Moara Sacilotti segue na preparação para o Brasileiro de Rally que começa em abril com o RN1500. “Agora é foco nas provas no Brasil, voltar para o sertão que eu adoro, mas com certeza quero voltar a competir no SARR”.
Moara Sacilotti tem patrocínios de Baterias Pioneiro, Pirelli, Bieffe Capacetes, Motul, Toro Sports, Jus Whey, Caminhos das Serras. E representa a equipe MUSA – Mulheres Unidas Sertões Adentro.
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