Yamaha NMAX 160
Testes

Yamaha NMAX 160 ABS: evolução em nome da conectividade

7 Minutos de leitura

  • Publicado: 25/11/2022
  • Por: Ismael Baubeta

Poucos dias depois da Honda lançar seu novíssimo PCX, o scooter mais vendido na categoria, a Yamaha lança a versão evoluída de seu concorrente direto. Dessa forma, o NMAX chega com equipamentos que prometem acirrar a disputa pelos apaixonados por scooter

É verdade que a Honda foi ao cerne das “fraquezas” do PCX, se é que se pode dizer assim. Além de ser um sucesso de vendas, ele também é o scooter mais vendido do Brasil. Nesse sentido, a Honda mexeu profundamente no PCX.

Mudou todos os pontos que ele recebia mais críticas, como a potência do motor e a fragilidade da suspensão traseira. Os japoneses foram além e as mudanças elevaram seu patamar de segurança, desempenho e conforto.

Leia mais:
Honda CB 300F Twister: conheça suas características técnicas
As 10 motos mais buscadas nos classificados em 2022

Harley-Davidson anuncia recall por defeito na luz de freio

Yamaha muda NMAX para enfrentar PCX

A marca dos diapasões fez muitas modificações no NMAX, porém menos profundas que as recebidas pelo PCX. De todos os modos, incluiu interface eletrônica para interagir monitorar e compartilhar informações de uso e do scooter através do App Yamaha Motorcycle Connect. A saber, essa tecnologia a Honda ainda não tem em seu scooter, apesar de tê-lo reformulado por completo.

O design do NMAX Connected não mudou, apenas a paleta de cores com diferentes combinações e uma versão com grafismo mais chamativo são as novidades. As cores são: vermelha brilhante (Solar Red), azul metálico (Navy Blue), verde fosco (Matt Green) e a cinza fosco com grafismo em amarelo (Matt Grey). O preço sugerido para as três primeiras versões é de R$ 19.690 e o da cinza R$ 19.990, sempre acrescidos de frete.

O que mudou no Yamaha NMAX

A Yamaha deu ênfase à conexão Bluetooth da moto com o aplicativo Yamaha Motorcycle Connect que permite gerenciar indicadores de utilização e performance do NMAX, programar manutenções, comparar modo de pilotagem mais econômico entre os usuários, localizar último local de estacionamento, receber notificações de mensagens e chamadas, além de permitir o compartilhamento de rotas nas redes sociais. O aplicativo pode rodar tanto em Android como em IOS.

Em nosso rolé testamos o aplicativo, ele é interessante porque registrou, por exemplo nosso trajeto, marcando o consumo médio e mostrando também a velocidade nos trechos percorridos. Essa conexão é uma novidade no segmento, principalmente na briga com o PCX, mas as mudanças mais importantes para a pilotagem são outras.

Controles eletrônicos

As normas europeias a partir de 2023 vão exigir que scooter acima de 150 cm³ tenham controle de tração, esse foi o impulso que fez a Honda e a Yamaha instalar a assistência eletrônica na versão de seus bestsellers. Tanto no NMAX, quanto no PCX ele pode ser desligado.

O sistema de freio com ABS nas duas rodas do scooter da Yamaha ajuda a aumentar o nível de segurança, principalmente para os menos experientes, o que se destaca entre os scooter da categoria. O PCX, por exemplo tem uma versão com freio combinados e outra com ABS, porém esta última somente tem assistência na roda dianteira.

Pneus oferecem mais aderência e conforto

Um dos componentes que melhorou seu desempenho dinâmico foi o par de amortecedores traseiros com regulagem na pré-carga da mola. Não é necessário usar ferramenta para o ajuste das duas posições possíveis. A regulagem é feita através de um manípulo na mola, basta segurar um dos “anéis” e girar o outro, consegui fazer o ajuste no meio tempo de um semáforo, é muito fácil.

Outros responsáveis pelo aumento no desempenho e conforto são os novos pneus Pirelli Diablo Scooter que equipam as rodas de aro 13 polegadas do NMAX. Suas medidas são 110/70 na dianteira e 130/70 atrás, segundo a Yamaha eles foram exclusivamente desenvolvidos pela Pirelli para o NMAX.

Uma coisa é certa, os pneus fazem grande diferença na tocada, tanto do ponto de vista da agilidade e aderência, oferecendo muito controle e confiança para contornar curvas e ao mesmo tempo ajudando no conforto, pois eles também são capazes de se “moldar” para absorver pequenas irregularidades do pavimento, aumentando a sensação de conforto do piloto.

Não por acaso a Honda também instalou os pneus Pirelli Diablo Scooter no novo PCX, que também teve boa melhoria na dinâmica por conta deles. Prova de que os pneus podem ser responsáveis por uma experiência mais.

Acompanhe a MOTOCICLISMO também pelas mídias sociais!
– Instagram – Facebook – YouTube – Twitter

Motor do Yamaha NMAX

O propulsor do NMAX não recebeu modificações, continua o mesmo monocilíndrico de 155 cm³, com refrigeração líquida capaz de render 15,4 cv a 8.000 rpm de potência máxima e 1,4 kgf.m a 6.500 rpm de torque. Esse motor tem sistema de comando variável, o que lhe permite otimizar a abertura das válvulas de acordo com o giro do motor, permitindo melhor aproveitamento do torque e potência, com respostas mais imediatas em todas as faixas de giro.

Esse motor já chamava a atenção pelo bom desempenho, ele é rápido nas acelerações e tem boas retomadas, o nível de ruído não é dos melhores, mas ele empolga e diverte e, agora coma a adoção do controle de tração, as possíveis derrapagens em pavimento de baixa aderência não causam mais preocupação, principalmente se o piloto for menos experientes ou mais ansiosos no giro do acelerador.

Outros componentes

Além dos sistemas descritos acima o NMAX manteve o sistema Stop Start (que desliga o motor alguns segundos depois de uma parada), tomada de 12 volts no porta-luvas dianteiro e sistema Smart Key, basta o sensor para dar partida e abrir os compartimentos sob o banco e tanque de combustível da moto.

O painel continua em LCD totalmente digital, só que agora com os indicadores de conexão Bluetooth, controle de tração e indicadores de chamadas e mensagens.

A aposta das marcas nos scooter não é por acaso, se em 2013 eles representavam 2% do total de motocicletas vendidas no Brasil, em 2021 eles já eram 9% (aproximadamente 107 mil unidades) e certamente esse percentual deve amentar em 2022, afinal os scooter caíram no gosto do brasileiro, tanto como primeira moto como para quem quer deixar o carro na garagem ou abandonar o transporte público.

Realmente os scooter são práticos e ágeis, condições indispensáveis para se sair bem no tráfego urbano, e para as fábricas esse universo em crescimento representa uma boa grana e vale investir em motos melhores para cativar o pretendente.

Bom para nós motociclistas que ganhamos melhores opções principalmente para a mobilidade urbana.

Deixe seu Comentário

Conteúdo Recomendado