![Royal Enfield Classic 350](https://motociclismoonline.com.br/wp-content/uploads/2022/12/Royal-Enfield-Classic-350.jpg)
A proposta da Royal Enfield é oferecer motocicletas estilosas e acessíveis, não só do ponto de vista financeiro, com preços competitivos, mas também do ponto de vista de facilidade na pilotagem.
A Royal Enfield está investindo pesado para produzir novas motocicletas e diversificar seu lineup e segue a receita que vem se consolidando entre os fábricas de construir diversos modelos com o mesmo pacote técnico que diferem entre si na proposta, no estilo e design.
Com a Classic 350 não é diferente e, logo mais, também deve chegar ao Brasil a terceira filha da família, a Hunter 350, moto que testei em Bangcoc, na Tailândia.
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Consolidando a mesma base
A Classic 350 utiliza o mesmo conjunto mecânico da Meteor 350, que tem base no motor monocilíndrico com comando SOHC de duas válvulas, 350 cm³, refrigeração mista a ar e óleo, câmbio de cinco marchas, chassi tipo berço duplo, dois amortecedores na traseira e bengalas convencionais de 41 mm de diâmetro. Já o sistema de freio tem disco nas duas rodas e é assistido por ABS em ambas.
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Logicamente o grande trunfo da Classic é o desenho que segue fielmente as motos dos anos 1950 da marca e que teve até pouco tempo atrás a Classic 500 como sua principal representante, mas que tinha desempenho, digamos desfasado, afinal sua concepção manteve boa parte da mecânica do século passado.
Andava pouco, vibrava muito e a ciclística não inspirava confiança na tocada. Mesmo assim, ela agradou a uma boa parcela de motociclistas para fazer rolês dominicais ou que buscavam um exemplar da moto que logo se tornará item de coleção (estes últimos acertaram na mosca).
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Desing da nova Royal Enfield Classic 350
Antes de entrar no comportamento dinâmico da Classic 350, merece ser destacado o design que traz de volta um ícone da Royal Enfield, mas com a devida atualização tecnológica e modernidade nos componentes, além do impecável nível de acabamento em todos os seus detalhes.
Fui questionado várias vezes, quando parado em semáforos ou em estacionamentos, pela curiosidade de pessoas comuns e até alguns motociclistas menos antenados, se essa moto tratava-se de uma antiguidade ou raridade, pois é, a Classic 350 suscita este tipo de curiosidade e, de fato, ela faz jus à aparência, tal a legitimidade com o passado.
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Tudo nela foi bem cuidado, o formato do tanque, do farol, dos para-lamas metálicos envolventes, do escapamento tipo “charuto”, dos bancos, das rodas que podem ser em liga ou raiadas e até do design do motor com cilindro e suas aletas de refrigeração.
A pintura também merece elogio e a ampla gama de cores e acessórios disponíveis para customização podem fazer de sua Classic 350, uma moto única, uma sacada que a Triumph já faz com suas motos clássicas e que a Royal também vem fazendo e colhendo bons resultados.
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Motor
Você pode pensar que os 20,5 cv a 6.500 rpm de potência máxima do propulsor da Classic 350 é pouco, principalmente se comparada, por exemplo, com uma XRE 300 (para ficar mais próximo da cilindrada), que oferece 25,4 cv e tem 300 cm³, faz sentido, mas a pegada do motor da Classic é o bom torque e sua entrega.
Veja: são 2,7 kgf.m a 4.000 rpm e, continuando com a comparação, a XRE tem 2,8 kgf.m a 6.000 rpm (no etanol). Por isso ele é interessante, você tem arrancadas firmes e retomadas interessantes, já que se sente o torque mais abundante em rotação mais baixa, características que a fazem ter bom desempenho no tráfego urbano.
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Já para a utilização rodoviária a Classic 350 tem suas limitações, principalmente em autoestradas onde a velocidade permitida é de 120 km/h, afinal, essa é a velocidade máxima da Classic em condições normais. Logicamente em subidas longas ela tende a perder um pouco de velocidade, mas em descidas consegui alcançar 140 km/h no painel.
Isso não quer dizer que ela não é boa para a estrada, apenas que você tem que estar preparado para uma viagem mais tranquila, do tipo contemplativa.
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Dinâmica eficiente
A ergonomia e posição de pilotagem são boas, mas nesta unidade testada alguns acessórios não se mostraram práticos. Um bom exemplo são as pedaleiras do piloto, extremamente largas que dificultaram o acionamento do câmbio e o mata-cachorro, também largo demais e, na minha, opinião bastante feio.
A ciclística da Classic 350 é bem acertada, as bengalas de 41 mm de diâmetro funcionam com bastante eficiência, transmitindo segurança a guidão e raramente chegam ao final de curso.
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Os dois amortecedores também têm boa capacidade de absorção de impactos, mas principalmente oferecem boa dose de conforto, inclusive com garupa.
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Freios
O sistema de freio foi bem dimensionado e tem bom funcionamento, a ressalva vai para o tato do manete bastante borrachudo, é preciso fazer força para sentir a pegada da pinça dianteira, uma sensação que você acaba percebendo que é uma característica e se acostuma porquê o sistema tem boa potência e as frenagens acontecem de forma progressiva, sem contudo comprometer a segurança.
O sistema ABS é eficiente, mas na roda de trás ele se mostra mais intrusivo, principalmente quando a suspensão está em movimento.
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A Royal Enfield Classic 350 tem uma proposta bastante clara, ser uma moto fácil de se pilotar, capaz de oferecer bom desempenho em qualquer utilização e oferecer muito estilo ao proprietário.
Uma excelente opção para novos motociclistas, para aquele que quer migrar de categorias menores ou dos scooter, ou simplesmente que quer um veículo a mais para o ir e vir.
O preço sugerido de R$ 21.490 (+ frete) é atrativo e a ampla gama de acessórios que a Royal oferece ainda pode customizá-la e torná-la tão exclusiva quanto o proprietário quiser.
Mas uma coisa também é certa: o propósito do proprietário tem que estar de acordo com as características que a moto oferece para que ele seja plenamente feliz sobre ela.