O Honda Elite 125 tem se mostrado uma boa opção para quem quer entrar no mundo da moto e ganhar agilidade na mobilidade do dia a dia. Além de bonito, ele é fácil de pilotar.
Texto e edição: Willian Teixeira
Fotos: Renato Durães
Pequenino, ágil e de visual moderno, o Honda Elite 125 é uma aposta interessante para quem busca uma maneira prática e econômica de se deslocar pelos grandes centros urbanos, seja você um iniciante no mundo das motocicletas ou um usuário mais experiente.
Pequenino, confortável e estiloso
A linha 2022 do Honda Elite teve como principais mudanças a adoção da cor cinza ao portfólio, tom que se juntou às cores branca e vermelha, todas elas adornadas com carenagens pretas e novos adesivos de identificação do modelo. Saem de linha as cores azul e preta.
O design é um dos pontos fortes do modelo, com linhas modernas e cheias de ângulos. Na dianteira destaca-se o farol em LED que ilumina muito bem à noite e os indicadores de direção posicionados nas laterais do escudo frontal, enquanto na traseira sua bela lanterna toma conta de boa parte do conjunto, ladeada por dois piscas convencionais.
O Elite 125 tem bom nível de acabamento, com peças bem encaixadas e sem rebarbas. O painel continua igual, com uma tela redonda em LCD do tipo blackout, de fundo escuro com as informações padrão e tem fácil leitura com contraste.
O Elite dá a impressão de ser pequeno, mas logo ao subir nele é possível notar que pilotá-lo é muito agradável. Sua ergonomia é boa para o piloto, com guidão posicionado a uma distância confortável, deixando braços e pernas em posição adequada para transitar pela cidade.
LEIA MAIS:
Scooters em alta: buscas em site de classificados avançam em abril
Centro Cultural Movimento recebe encontro dedicado às motonetas
Conheça o Fluo ABS, novo scooter de 125 cm³ da Yamaha
Seu banco é macio, com formato e tamanho em sintonia com a boa ergonomia. A capa de tecido aderente ajuda a manter o piloto no lugar. Já um ponto que deixa a desejar é a posição do garupa, pois as pedaleiras são parte do assoalho e a posição das pernas não é muito natural.
O pequeno e esperto motor do Honda Elite 125
Para empurrar o Elite 125, a Honda optou pelo motor monocilíndrico de 124,9 cm³ refrigerado a ar, de comando único e duas válvulas, com sistema de injeção eletrônica, capaz de entregar 9,34 cv a 7.500 rpm e 1,05 kgf.m a 6000 rpm de potência e torque máximos respectivamente. A transmissão é do tipo CVT automática e destaca-se a simplicidade dos scooter na pilotagem para os menos experientes, pois basta acelerar e frear.
Seu conjunto mecânico oferece respostas rápidas, proporcionando boas arrancadas em semáforos e vigor para ultrapassagens, a “esperteza” é atribuída à posição do bico injetor, posicionado próximo à válvula de admissão. Essa agilidade do motor faz com que o Elite 125 atinja com certa facilidade sua velocidade máxima limitada eletronicamente a 100 km/h, desempenho interessante para rodar nas cidades, mas pouco para uso em rodovias.
O chassi do Honda Elite não foi alterado, segue com a estrutura underbone e suspensões tradicionais, com bengalas na dianteira e amortecedor único na traseira, fixado na caixa de transmissão CVT. Suas rodas são pequenas, com 12 polegadas na frente e 10 atrás, calçadas com pneus de perfil alto, nas medidas 90/90 e 100/90, eles ajudam no amortecimento de impactos provocados pelos buracos de nossas ruas. Para pará-lo, o sistema de freio combinado (CBS) com um disco na dianteira e tambor na traseira funciona bem e cumpre sua missão com louvor.
Honda Elite e os espaços para volumes
Sob o confortável banco do Elite 125 há espaço para guardar um capacete aberto – ou até um integral dependendo do modelo e do tamanho. Se sua cabeça for um pouco mais avantajada como a minha, nem tente colocá-lo sob o assento, pois não irá caber.
O Elite ainda tem um gancho no escudo frontal e dois porta-luvas abertos na dianteira que são eficientes para levar pequenos volumes.
Mercado
Se na época de seu lançamento o Elite não chegou a figurar entre os 10 mais emplacados, segundo as estatísticas da Fenabrave, a partir do ano seguinte ele começou a engrenar e no ano de 2021 teve o melhor desempenho nas lacrações com 21.797 unidades, ficando atrás apenas do best-seller da Honda, o PCX, que superou os 28 mil emplacamentos. Para efeito de comparação, seus rivais diretos Haojue Lindy e Yamaha Neo emplacaram 13.350 e 1.050 unidades respectivamente.
O preço sugerido no site da marca é de R$ 10.530, valor referencial para o DF e que não inclui despesas com frete, seguro e impostos, ou seja, ele ultrapassa os R$ 11.000 em São Paulo. A marca ainda oferece três anos de garantia sem limite de quilometragem e óleo grátis em sete revisões, com fornecimento válido a partir da 3ª revisão.
Conclusão
Scooter de entrada da Honda, o Elite 125 tem atributos muito bons para quem está começando no mundo das motocicletas e busca um veículo para deslocamentos baratos e ágeis nas cidades.
Seu motor é esperto e confere bom desempenho, mas características como a velocidade limitada e as rodas de aro pequeno tornam o uso rodoviário desaconselhável, embora a decisão final sobre isso seja bem particular para cada condutor.
Em suma, se você procura um meio de ganhar tempo e agilidade no dia a dia, vale a pena fazer um test ride e senti-lo para ver se atende sua expectativa.