A lei é para todos! Mas calma que a pauta não é política… Estou falando da legislação sobre sistemas de freios, que obriga todas as motos a ter ou freio combinado (CBS) ou freio antibloqueio (ABS), dentro de alguns critérios. Com isso, a Honda fez sua parte e a espartana Pop 110i — a moto mais barata da marca atualmente — ganhou o CBS, melhorando o nível de segurança do usuário nas frenagens.
Diferentemente da CG Titan, o sistema não é hidráulico, mas por cabos. Você aciona o freio traseiro e o sistema se encarrega de acionar parcialmente o dianteiro, resultando em frenagens com mais estabilidade, principalmente se o motociclista na Pop não sabe frear corretamente, ou pior, só usa o freio traseiro. Estudos comprovam que tem muita gente sobrecarregando o freio traseiro e deixando de usar o melhor freio da moto, o dianteiro!
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Além da Pop, Biz 110i e CG 160 Start usam CBS com tambor na dianteira — algo que espero que acabe em um futuro não muito distante, pois o freio a disco é mais eficiente, melhor de controlar e mais durável. Além dos novos freios, a marca colocou um forro do assento novo, que é mais aderente que o anterior e tem visual bem bonito, mas só é possível reparar bem perto dela.
Na Pop branca, chama mais a atenção porque a marca optou pelo banco ser vermelho, bem chamativo. Em uma moto básica como a Pop, a mais barata da linha Honda hoje, faz sentido o minimalismo, lembrando que o principal “inimigo” da Pop são os ciclomotores, que fazem muito sucesso no Norte e no Nordeste do Brasil, obviamente entregando mais desempenho, segurança e durabilidade.
Viajamos até Manaus para provar como ficou a Pop CBS no campo de provas da marca, praticamente no meio da selva Amazônica — vale tudo para manter os novos produtos em sigilo! Na pista de testes, que simula diferentes condições, incrivelmente ruins inclusive, nos lembramos como a Pop é fácil de pilotar.
O motor é econômico e responde bem, com máxima em torno de 90 km/h, tem desempenho suficiente para andar sozinho pela cidade, as suspensões, mesmo sem ajuste de pré-carga na traseira, trabalham bem nas irregularidades, dando conforto ao usuário. Testamos frenagem com o CBS e, como esperado, mesmo usando só o freio traseiro — se acionar 100% do traseiro, o sistema aciona em torno de 30% do dianteiro —, como ela é bem leve, as frenagens tem mais estabilidade, dando mais segurança. Enquanto os motociclistas não dominam a frenagem, a tecnologia faz sua parte.
FICHA TÉCNICA
Motor: Monocilíndrico, arrefecido a ar
Válvulas: 2, OHC
Câmbio: Manual, de 4 velocidades
Alimentação: Injeção eletrônica / gasolina
Cilindrada: 109,1 cm³
Potência máxima: 7,9 cv a 7.250 rpm
Torque máximo: 0,9 kgf.m a 5.000 rpm
Diâmetro x curso do pistão: 50 x 55,6 mm
Taxa de compressão: 9,3:1
Chassi: Monobloco de aço
Cáster/Trail: 26º30’/ 69 mm
Suspensão dianteira: Garfo telescópico de 27 mm, com 100 mm de curso, sem ajustes
Suspensão traseira: Duplo amortecedor, com curso de 83 mm, sem ajustes
Freio dianteiro: Tambor de 110 mm
Freio traseiro: Tambor de 110 mm (CBS)
Modelo do pneu: Pirelli Mandrake
Roda dianteira: 60/100 17M/C 33L
Roda traseira: 80/100 14M/C 49L
Medidas
Comprimento • 1.843 mm
Largura • 745 mm
Altura do assento • 749 mm
Entre-eixos • 1.234 mm
Tanque • 4,2 litros
Peso seco • 87 kg
Capacidade de carga • 150 kg
Preço R$ 5.790 (sem frete)
Garantia de 3 anos