Honda-CRF-1100L-Africa-Twin-2
Testes

Honda Africa Twin: renovada, melhor e mais bonita

4 Minutos de leitura

  • Publicado: 23/09/2021
  • Por: Willian Teixeira

As incontáveis mudanças que a engenharia da Honda fez na Africa Twin a colocam em outro patamar, e a utilização do câmbio DCT inova no segmento das maxitrail

Texto: Ismael Baubeta
Fotos: Renato Durães e Honda

Depois de um início de vida conturbado da Africa Twin aqui no Brasil, em que a Honda teve que rever o preço sugerido inicialmente e não pôde deixar a segunda versão lançada igual à que chegou à Europa na adequação às normas de emissões do Promot4 por aqui, tendo que “estrangular” o ganho de potência anunciado no exterior, agora a Africa chega com muito mais aptidão off-road e tecnologia de ponta, inclusive com a versão dotada do câmbio automatizado DCT (Dual Clutch Transmission), a única em seu segmento com este tipo de componente.

Tudo novo na Honda Africa Twin

Os engenheiros da Honda tinham claro o que deveriam fazer para elevar a Africa Twin a outro patamar e, além de melhorá-la, aproximá-la dos motociclistas, digamos, “comuns”. Foi isso que fizeram, deixaram a moto mais leve, o banco mais baixo e ainda mais fácil de pilotar. Sem falar que o design também ficou mais agressivo e atraente.

Mais magra e tecnológica

A nova CRF Africa Twin ficou dez quilos mais leve, o motor recebeu componentes de material nobre, só ele emagreceu 2,5 quilos, chassi e subchassi também foram redesenhados, e são os responsáveis pela perda de pouco mais de 6 quilos.

Mas talvez a mudança mais importante tenha sido a adoção de um pacote eletrônico do mais alto nível, coisa que suas concorrentes, como as Triumph Tiger e BMW GS de maior cilindrada já carregam.

Honda Africa Twin: renovada, melhor e mais bonita

A adoção da IMU (Inertial Management Unit), a Unidade de Gereciamento Inercial de seis eixos, permitiu agregar muita tecnologia e assistência à pilotagem da nova Africa Twin. Ela abrange seis modos de pilotagem, incluídos aí, um modo off-road e dois configuráveis (User). Esses modos atuam também nas suspensões eletrônicas no modelo topo de linha, a Adventure Sports. Depois, em comum, as duas versões ainda têm ABS cornering, piloto automático e controle antiwheelie.

Honda Africa Twin: renovada, melhor e mais bonita

Também se destacam nesta nova CRF 1100L Africa Twin o lindo painel em TFT sensível ao toque e as opções de câmbio: manual ou automatizado de dupla embreagem, DCT.

Motor e câmbio da nova Honda Africa Twin

O novo motor ganhou capacidade volumétrica (passou para 1.084 cm³) e agora está mais potente, são 99,3 cv e 10,5 kgf.m de potência e torque máximos que, combinados com a eletrônica de última geração, elevam a versatilidade e a diversão na pilotagem a outro patamar. A grande novidade da Honda no segmento é a utilização do sistema de câmbio automatizado de dupla embreagem DCT.

Honda Africa Twin: renovada, melhor e mais bonita

É impressionante como o sistema de trocas automatizado tem funcionamento suave, nas trocas de marcha ascendente você quase não as percebe acontecendo, caso precise fazer uma retomada rápida, basta girar o punho da direita para, aí sim, sentir as reduções de marcha e ver o motor subir de giro e berrar para ganhar velocidade rapidamente, é empolgante.

Honda Africa Twin: renovada, melhor e mais bonita

Veja também:
Triumph lança Tiger 900 Bond Edition em edição limitada
Conheça Socorro, nosso Destino Duas Rodas

Startup para motociclistas, Motor Road tem novidade em seu portfólio

Ele tem bom funcionamento, tanto nos passeios tranquilos, no modo de trocas automatizadas, como na tocada esportiva, com as trocas de marcha feitas pelos botões do punho. A tecla G (G-Switch) no modo automatizado permite respostas imediatas do câmbio na pilotagem no off-road.

As virtudes dinâmicas da CRF 1100L

Basta se posicionar ao lado da nova Africa Twin para perceber que o banco está mais acessível, segundo a fábrica, graças ao novo chassi que ganhou outro desenho, ficando mais estreito e mais baixo. A ergonomia é excelente, e o espaço para pilotagem acolhe pilotos de qualquer estatura, seja no passeio pelo asfalto, sentado comportadamente no banco, seja de pé sobre as pedaleiras em aventuras no fora de estrada.

É perceptível a melhora na ciclística da Africa Twin, as suspensões de longo curso (230 mm na frente e 220 mm atrás) ficaram mais parrudas e com funcionamento mais progressivo e amigável em qualquer utilização. Na versão Adventure Sports ES, elas são modelo EERATM, assinadas pela Showa. A grande virtude da Africa Twin de agilidade na pilotagem melhorou ainda mais com todas as mudanças.

O sistema de freios também tem excelente funcionamento, e os ajustes nos modos de pilotagem também atuam nele, o ABS opera de modo fino, inclusive no off-road.

Honda Africa Twin: renovada, melhor e mais bonita

A Honda CRF 1100L Africa Twin parte de R$ 70.490, na versão Standard, de câmbio manual, e chega aos R$ 96.626 da versão topo de linha Adventure Sports com câmbio DCT e suspensões eletrônicas. A Honda acertou a mão nas novas Africa Twin, qualquer uma das versões é uma ótima escolha, seja qual for sua experiência na pilotagem, isso é o melhor.

Deixe seu Comentário

Conteúdo Recomendado