O Honda ADV esteve em evidência na mídia especializada desde que foi mostrado na Ásia e depois ao vivo aqui no Brasil, no Salão Duas Rodas de 2019. Parece que o alvoroço causado pelo ADV surtiu efeito com a confirmação da Honda de que o traria para o país.
A Honda foi ágil, menos de dois anos depois já pudemos ter o primeiro contato com o ADV, devidamente homologado e emplacado para rodar por ruas e estradas do Brasil. O ADV está nas concessionárias pelo preço sugerido R$ 17.490.
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Design
Os primeiros componentes que saltam aos olhos são os altos e largos pneus Metzeler Tourance, os dois amortecedores Showa com reservatório de gás e o guidão, largo ao estilo off-road.
Se você seguir sua intuição certamente vai querer descobrir mais e, ao virar o contato (ela tem o sistema Keyless) vai conhecer o belo painel com a tecnologia blackout, presente em quase todas as motos de baixa cilindrada da Honda, sobre ele o pequeno para-brisa ajustável.
A altura do assoalho até o chão também é maior do que o padrão dos scooter e ajuda a passar pelas lombadas sem raspar ou nas aventuras pela terra.
O capricho não para por ai, a qualidade da pintura e do encaixe dos plásticos também são dignos de elogio e o espaçoso banco tem boa camada de espuma para oferecer bom nível de conforto.
Ergonomia
Uma vez sobre o banco (795 mm do solo), você nota como o guidão é largo e está mais próximo do corpo que nos demais scooter, sua posição foi bem calculada na distância até o piloto, deixando a posição de pilotagem natural e relaxada. As pernas têm espaço suficiente para não topar no escudo frontal com frequência, mesmo para caras de 1,8 metro como eu.
Apesar do banco ser 31 mm mais alto que o da PCX, apoiar os pés no chão não requer esforço, ele é estreito na parte da frente e isto facilita o acesso ao cockpit e nas paradas. Para os mais baixos basta deslocar o traseiro do banco para alcançar o chão.
Primeira impressão ao acelerar o ADV
Basta estar com a chave no bolso (ela tem o sistema Keyless) para dar a partida e sentir a suavidade do motor de 149,3 cm³, quase igual ao da PCX. Ele teve a caixa de ar e seus dutos redesenhados para melhorar as respostas em baixa e média rotações. A melhora é sutil, mas é possível sentir uma pegada mais animada do motor monocilíndrico, assim que se gira o acelerador.
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Logo na primeira acelerada, descendo a via de paralelepípedos do local, na cidade de Socorro, percebi que a frente do ADV é firme e não transmite aquela trepidação no guidão, comum em muitos modelos de scooter, inclusive no PCX. A sensação se confirmou durante o resto do trajeto e quando pegamos uma estrada de terra batida seu comportamento também foi agradável. Já a traseira da moto com seus dois amortecedores com reservatório de gás e molas de três estágios, se mostrou bastante rígida, quase em exagero.
O comportamento do ADV para contornar curvas me impressionou, ele é muito estável e segue na trajetória, pregado ao chão, mesmo passando por ondulações ou defeitos no asfalto, acho que foi a maior surpresa do ADV neste primeiro contato.
Nas frenagens o ADV também se comportou bem, e o sistema ABS na roda dianteira funciona bem e não tem intervenção exagerada e, mesmo na terra, inspira confiança. Na roda traseira não há assistência do ABS, o que pode ser bom para quem vai se aventurar pela terra e tentar uma pilotagem mais agressiva, mas em compensação, no asfalto molhado ou piso com pouca aderência tende a derrapar.
Incontestavelmente o ADV é um scooter interessante e bem bolado. É lógico que essa faceta off-road que o estilo inspira, na prática não é tão eficaz, afinal ela não tem potência suficiente para fazer as derrapadas se você estiver embalado nem a posição é legal para ir de pé, mas por outro lado ficou excelente para encarar o péssimo asfalto das cidades.
Os gadgets que valorizam o ADV incluem iluminação full LED, Smart Key, tanque de oito litros, sistema Idling Stop, pneus nas medidas 110/80-14 na dianteira e 130/70-13 atrás. O guidão de alumínio e para-brisa regulável também são diferenciais e ajudam a justificar o preço de R$ 17.490.
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