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Ducati Monster 2023: A saga Monster tem que continuar

6 Minutos de leitura

  • Publicado: 02/02/2023
  • Atualizado: 27/01/2023 às 22:20
  • Por: Ismael Baubeta

Uma das grandes virtudes da Ducati é fazer motocicletas com alma esportiva em completa sinergia com as tecnologias e o DNA das competições. No ano de 2022 a marca chegou ao olimpo, sagrando-se campeã mundial no World Superbike e da MotoGP, expressão máxima quando se fala em motovelocidade.

A Monster, desde seu lançamento em 1992, causou impacto, transformando-se na motocicleta mais vendida da Ducati de todos os tempos com aproximadamente 350 mil unidades espalhadas pelo mundo em suas diversas versões, em todas elas, ou melhor, até esta Ducati mantinha o tradicional chassi de treliça tubular, uma de suas marcas registradas.

Aqui no Brasil a última representante da família Monster foi a 1200 já que a 821 havia sido descontinuada, pouco antes das 797 entrar em seu lugar. A estratégia teve que ser mudada pois parece que os amantes da Ducati brasileiros querem mesmo é alto desempenho.

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Inovando contra os paradigmas

A evolução da tecnologia chegou para quebrar paradigmas em nome do desempenho, a Ducati abandonou o chassi de treliça para adotar outro em alumínio mais moderno, eficiente e muito mais leve.

Os ducatistas mais puristas no início criticaram a substituição do tradicional chassi de treliça, mas com o tempo e o bom desempenho demonstrado pelo conjunto a tecnologia se sobrepôs às críticas sem perder a essência.

A adoção do chassi de alumínio, que pesa somente três quilos, possibilitou melhorar a ergonomia e aliviar o conjunto, comparado à 821, no total são 18 quilos a menos e sua cintura mais fina, melhorou o encaixe do corpo para a pilotagem.

Inclusive o banco ficou mais baixo (820 mm do chão) e mais estreito, permitindo aos pilotos mais baixos apoiar os pés no chão com facilidade.

O aumento no ângulo de esterço também melhorou sua agilidade para transitar em trechos urbanos de tráfego mais intenso, facilitando as manobras para serpentear entre os veículos.

Design da nova Ducati Monster

Visualmente a Ducati Monster mantém o seu desenho limpo e fluido, poucos apliques além do mínimo necessário, uma forma inteligente de valorizar os componentes que compõem o conjunto, como as bengalas invertidas, o belo sistema de freio de discos enormes e pinças radiais, as pequenas ponteiras de escape, suas rodas, a balança traseira, valorizando inclusive o belo painel de TFT .

O farol também deixou de ser redondo para adotar o formato elíptico sem perder sua identidade; limpa, sóbria, moderna e muito chamativa.

Desempenho e emoção

A história da evolução do conceito Monster contemplou diferentes tipos de motorização, sempre com motorização de personalidade forte e design minimalista. Talvez a 797 tenha sido a única da família de desempenho, digamos, mais sosso, construída para aproximá-la do motociclista comum ou iniciante no mundo Ducati.

Esta nova Monster oferece, como de costume, a emoção na pilotagem, mas agora ela é a única da família a venda no Brasil. Na Europa há mais duas versões, a SP e a Plus, que diferem em alguns componentes.    

O motor que equipa esta Ducati é o Testastretta de 911 cm³, o mesmo que equipa a Ducati Multistrada 950 com pequenas alterações. Ele tem comando desmodrômico, rende 111 cavalos e 9,4 kgf.m de potência e torque máximos respectivamente e, ao acelera-lo, é possível sentir toda sua disposição.

E tem mais…

Os dois cilindros em L a 90° pulsam transmitindo alguma vibração, mais perceptível na faixa das 4.000 rpm, mas isso pouco importa para quem gosta de sentir a pegada nas acelerações, quando a roda dianteira quer decolar a cada troca de marcha através do quisckshifter.

Como de costume, nas motos modernas e cheias de tecnologia, os três modos de pilotagem (Sport, Touring y Urban) são capazes de controlar o temperamento deste belo propulsor de acordo com o gosto do freguês.

Do mesmo modo, é possível ajustar a intervenção da assistência eletrônica que conta com ABS cornering de intensidade regulável. Controle de tração, assistente de partida, anti-wilie e o quickshifter também estão inseridos.

Sem dúvida este motor é capaz de gerar muita emoção! É difícil conter a empolgação de girar o punho para valer e sentir toda a sua personalidade capaz de seduzir os mais céticos.

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Ducati MOnster: testada e aprovada

O chassi tal qual a Panigale V4 Utiliza o motor como parte estrutural. Nele também vai acoplada a balança de alumínio traseira e seu amortecedor, o subchassi foi fabricado em fibra composta para aliviar o peso.

As bengalas invertidas de 43 mm de diâmetro completam o pacote que tem claro compromisso com a esportividade. Apesar da boa ergonomia e posição de pilotagem mais amena que na 821, a rigidez do conjunto faz da pilotagem urbana uma experiência não muito confortável.

A história muda quando se decide pegar a estrada de preferência sinuosa. Aqui, a Monster é capaz de contornar curvas com desenvoltura sempre pregada ao chão. Nesse sentido, os pneus Pirelli Diablo Rosso lll permitem muita diversão independentemente do nível de pilotagem.

Finalizando os trabalhos

O sistema de freios é potente e na dianteira é comandado por uma bomba radial, encarregada de acionar as pinças monobloco Brembo afim de morder ferozmente os discos de 320 mm.

O sistema não exige força, tem excelente tato não acionamento e potência de sobra para qualquer tipo de frenagem.

Sem dúvida, os R$ 87.000 não são pouca grana, mas a Ducati Monster é uma motocicleta que traduz a essência da marca italiana. Com isso, desempenho e o design são acompanhados do status, que este ano tem a dupla coroa da marca nos campeonatos mundiais de MotoGP e do World Superbike (WSBK).

Afinal, quem se liga em tecnologia, desempenho e nas competições deve sentir orgulho de ser proprietário de uma Ducati como a Monster, eu sentiria.

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