Yamaha Crosser S, você conhece? De fato, a família Crosser foi reformulada recentemente e recebeu uma série de alterações que certamente a deixou mais atraente, eficiente e ainda ganhou alguns equipamentos que a diferenciam em seu segmento onde sua principal concorrente inegavelmente é a Honda NXR 160 Bros.
Acima de tudo, a Bros é muito querida pelo motociclista brasileiro e ainda é (de longe) a moto mais vendida do segmento, o que comprova que ela tem virtudes com toda a certeza. Por seu lado as novas Yamaha Crosser (nas duas versões, S e Z) agora têm mais argumentos para tentar convencer o público que possa estar em dúvida entre as duas. Vou falar aqui, da versão S.
Design da Yamaha Crosser S
Reformulada, a Crosser ganhou alguns componentes diferenciados para a categoria, mas o que salta aos olhos e fica em destaque assim que ela entra no campo de visão, é o novo farol em LED com o projetor redondo instalado na redesenhada carenagem frontal.
A seu lado as luzes de posição DRL, também em LED, compõe o novo design. Na traseira a lanterna mudou de formato, ganhou sobriedade, também recebendo a tecnologia LED antes de mais nada.
Ergonomia
Em primeiro lugar, a posição de pilotagem é bem acertada, o triângulo que compreende pedaleiras, guidão e assento deixam o corpo ereto, com as pernas e braços flexionadas sem exageros. Dessa maneira, uma boa sacada foi a introdução de regulagem para o guidão, ou seja, basta desparafusar o raiser e inverter sua posição para ganhar alguns milímetros e se acomodar melhor, permitindo melhor ergonomia.
Iluminação
Agora o farol é composto de dois elementos em LED, com isso, as luzes de posição que ladeiam e marcam a silhueta da carenagem e o projetor do farol redondo ao centro é responsável pelo bom foco de luz para iluminar. Nesse sentido, o contraponto é nos piscas que ainda não incorporaram a tecnologia e mantiveram as lâmpadas de filamento.
Conjunto do painel da Yamaha Crosser S
O painel também teve o formato atualizado e agora é totalmente digital, do tipo blackout, de fundo escuro com as informações mostradas em branco. Entre as informações disponíveis, destacam-se o conta-giros por barras, assim como o indicador de marchas e a função ECO, que indica quando a pilotagem é econômica.
Sob ele, ao lado do contato, a Yamaha instalou uma tomada 12V, para conectar equipamentos ou manter os aparelhos carregados, sem a necessidade de fazer gambiarras para isso. Desse modo, o capricho no acabamento do painel também salta aos olhos.
Rodas/suspensões/pneus
Tanto na Crosser S, quanto na Z, as rodas são raiadas de 19 polegadas na dianteira e de 17 atrás. Dessa maneira, ambas são calçadas com os surpreendentes pneus Levorin Dual Sport, que comprovaram seu bom desempenho por ruas, bem como em estradas e inclusive no off-road. As medidas dos pneus são 90/90-19 e 110/90-17, respectivamente.
Do mesmo modo, as suspensões também são idênticas na composição nos dois modelos. São compostas por bengalas convencionais com curso de 180 mm na frente e por um amortecedor ancorado à balança por links na traseira, com 160 mm de curso. Elas têm funcionamento muito correto de fato e mostram boa capacidade para copiar o terreno, tanto no asfalto como na terra.
Em algumas circunstâncias se demonstram um pouco rígidas rodando no asfalto, mas essa rigidez não compromete o bom nível de conforto conferido pelo conjunto. Na terra tiveram ótimo desempenho e me surpreenderam.
Freios
O sistema de freio foi bem dimensionado com os dois discos e assistência de ABS na roda dianteira. O sistema é eficiente, tanto no asfalto quanto na terra, já que o disco na traseira ajuda nas derrapagens para a pilotagem no off-road. No asfalto ele também demonstrou boa pegada com frenagens competentes.
Yamaha Crosser: diferenças entre as versões
Apesar da grande semelhança entre as duas Crosser, a versão Z tem perfil mais voltado para o off-road, por isso ela tem dois para-lamas, um alto e outro pequeno, pegado à roda, para evitar o acúmulo de lama sob ele. A versão S tem o para-lama tradicional sobre a roda, mas também tem o apêndice sob o farol, o que compõe muito bem seu design. Outra diferença entre as duas está nas tampas do motor, que na Z são prateadas e na S pintadas de preto.
Dinâmica
Sem dúvida, a leveza do conjunto e a facilidade na pilotagem são as melhores qualidades da Crosser, o nível de conforto também é ponto positivo. Por seu lado, o motor monocilíndrico com tecnologia Blueflex (que lhe permite rodar tanto no etanol como na gasolina) tem boas respostas e acelera com desenvoltura no trânsito. Apesar de suas limitações de velocidade, é possível rodar tranquilamente por estradas. Esse propulsor desenvolve 12,4 cv a 7.500 rpm funcionando com o etanol e12,2 cv com a gasolina. O bom pacote permite uma pilotagem divertida e segura em qualquer terreno.
Preço da nova Yamaha Crosser S
Tanto a S, quanto a Z têm o mesmo preço sugerido de R$ 18.990 (mais o frete e impostos de sua região). Ficaram, portanto, quase dois mil reais mais caras que a principal concorrente, a Honda NXR 160 Bros, é verdade (R$ 17.100 mais o frete e impostos), mas também trouxeram diferenciais importantes que praticamente obrigam a Honda a modernizar sua campeã de vendas da categoria para manter sua hegemonia.
Sem dúvida a Yamaha melhorou as duas versões da Crosser e, elevou o nível de equipamentos da categoria e, mesmo tendo um pouco menos de potência do que a Honda NXR 160 Bros, deve ser considerada na hora da compra, ela surpreende.