Conheça detalhes da Africa Twin, maxitrail da Honda
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Conheça detalhes da Africa Twin, maxitrail da Honda

6 Minutos de leitura

  • Publicado: 16/09/2016
  • Por: jmesquita

<p><b>Finalmente chegou ao Brasil a Africa Twin! </b>O lendário nome <strong>Africa Twin</strong> está de volta para batizar uma moto acima da média e que resgata um estilo de motocicleta que parecia em extinção. Na Europa, só em 2016, foram vendidas mais de 10.000 unidades — e lá esse número é bem expressivo.</p>

<p>Esqueça aquela coisa de “crossover” ou aquela “maxitrail” com leve capacidade off-road, mas vulnerável a maus-tratos fora do asfalto. A Honda Africa Twin é uma autêntica topa-tudo — pelo menos, que o piloto aguentar.</p>

<p><img alt="Honda Africa Twin" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/honda_africa_twin_2017__2_motociclismo_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p><strong>A Honda saiu de cima do muro </strong>e, depois de muitos anos, a gigante japonesa volta a apostar no verdadeiro conceito trail com a nova Africa Twin, uma moto com suspensões de curso aceitáveis para um off-road de verdade, distância livre do solo superior à da concorrência e uma posição de pilotagem sob medida para pilotar de pé. A moto que os fãs esperavam! </p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">Contudo, simplesmente aprofundar o caráter fora-de-estrada de uma moto como essa não é garantia de sucesso: se descuidar das qualidades “on”, se não apresentar um design sedutor aos olhos dos viajantes ou se não reunir um pacote de qualidades para convencer aqueles usuários que sequer cogitam sujar a moto com o pó de uma estrada de terra, a batalha comercial será perdida.</span></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">E os japoneses não cometeram esse erro já que a versatilidade dessa nova moto seguramente atenderá boa parte das expectativas dos clientes que preferem longas viagens por estradas pavimentadas.</span></p>

<p>Como eles conseguiram isso não é mais segredo: dois cilindros em paralelo, 998 cm³, cabeçote Unicam, embreagem antibloqueio, bomba de água sob a tampa da embreagem, suspensões Showa multirreguláveis, duplo disco dianteiro, roda traseira de 18”, entre outros atrativos.</p>

<p><img alt="A Honda declara para o motor bicilíndrico da Africa Twin, 95 cv de potência máxima e 10 kgf.m de torque!" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/honda_africa_twin_2017__6_motociclismo_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>No mercado europeu, a eletrônica chega na lista de opcionais com o ABS (que no modo off-road não atua na roda traseira), o controle de tração HSTC e o novo DCT — Dual Clutch Transmision —, câmbio de dupla embreagem desenvolvido especificamente para esta nova Africa Twin, mais ‘esperto’ que o utilizado na VFR 1200X Crosstourer. No Brasil, a Africa Twin (prevista para chegar ainda em 2016) não terá câmbio DCT, mas contará com ABS e HSTC.</p>

<p><strong> Relax adicional</strong><br />
O novo controle de tração da marca HSTC — Honda Selectable Torque Control — atua em três diferentes níveis de intervenção, além da opção de poder ser desligado. Como ele atua um pouco cedo, se a sua intenção for brincar com a moto no fora-de-estrada, simplesmente desligue-o.</p>

<p>Porém, quando já estamos cansados ou não queremos tomar sustos em situações extremas, sua atuação deixa a pilotagem muito mais relaxada.</p>

<p>O opcional mais “polêmico” é o câmbio. Quando vimos o primeiro protótipo da Africa Twin  (ainda no Salão de Milão de 2014) sem pedal de câmbio e manete de embreagem, confesso que torci o nariz: Câmbio DCT em uma “trail pura”, como assim?</p>

<p><img alt="No asfalto? Estável, confortável, ágil, com boa proteção aerodinâmica e frenagens impecáveis" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/honda_africa_twin_2017__3_motociclismo_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Agora, depois de testar a versão definitiva podemos garantir que sim, é uma opção interessante, em especial para aqueles que pretendem usar a moto essencialmente em viagens longas por asfalto. Exige, sim, um período inicial de adaptação, mas é inegável o fato de que agrega um novo padrão de conforto em longas viagens para motos dessa categoria.</p>

<p>Ao mesmo tempo, coloca ao alcance de nossas mãos — dos dedos indicador e polegar da mão esquerda — o controle de um bem escalonado câmbio manual, igualmente capaz de preservar as sensações esportivas para quem delas não abre mão.</p>

<p><strong>Técnica em dia </strong><br />
Retomar um velho conceito e resgatar do passado um nome tão forte não significa que a Honda está presa à glória de outros tempos. Muito pelo contrário, a CRF1000L Africa Twin é o melhor exemplo de como é possível fazer uma moto trail capaz de andar em qualquer tipo de terreno e ser eficiente em todos eles.</p>

<p>A disposição dos cilindros em paralelo e a pouca altura do motor, os cabeçotes Unicam de origem CRF, a embreagem supercompacta e a bomba de água escondida sob a sua tampa fazem a diferença. </p>

<p><img alt="O painel tem formato original e rico em informações" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/painel_honda_africa_twin_2017_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">Todo esse esforço para economizar peso e tamanho resultou em uma moto incrivelmente estreita, com uma ergonomia que traz conforto na estrada e liberdade de movimentos fora dela. </span><span style="line-height: 1.6em;">Isso sem falar na excepcional altura livre do solo e os sempre bem-vindos “gadgets” do ABS, o HSTC e até o DTC. </span></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">A vanguarda de seu conceito é notada ainda em equipamentos — como </span><span style="line-height: 1.6em;">o excelente e belíssimo painel de instrumentos — </span><span style="line-height: 1.6em;">e componentes como as funcionais suspensões Showa, que mesmo sem eletrônica, trazem muitos ajustes para um equilíbrio de funcionamento invejável.</span></p>

<p><img alt="A traseira é bem desenhada. Tem iluminação em LED e bagageiro" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/traseira_honda_africa_twin_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p><strong>Dual Clutch Transmission</strong><br />
Desde o “começo dos tempos”, trocar as marchas em uma moto é algo tão fundamental quanto frear e acelerar, por isso encontrar uma trail legítima com câmbio automático é algo de certa forma chocante. <strong>Puro preconceito. </strong></p>

<p>Testamos a Africa Twin com o cada vez mais aprimorado DCT e nos deparamos com um funcionamento impecável, que transmite sensações novas e proporciona até um melhor controle da moto em certas situações off-road. Por custo, não vem ao Brasil.</p>

<p><img alt="Como os últimos lançamentos do mercado, a Africa Twin tem bastante eletrônica embarcada e um recheado punho esquerdo, para controlar tudo" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/honda_africa_twin_2017__7_motociclismo_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p><strong> Na África</strong><br />
Para mostrar a importância do lançamento da <strong>CRF1000L Africa Twin</strong>, a Honda organizou uma apresentação internacional do modelo em uma reserva natural na Cidade do Cabo, na África do Sul, na qual fomos representados pelos nossos colegas da MOTOCICLISMO Espanha, autores desta matéria.</p>

<p>Depois das habituais apresentações detalhando o desenvolvimento do modelo e suas especificações técnicas, tivemos o primeiro contato com a “Twin” no asfalto e, no dia seguinte, uma jornada inteira dedicada ao off-road.</p>

<p>Desde os primeiros quilômetros sobre a moto notamos algumas de suas virtudes, sendo a primeira delas, a excelente posição de pilotagem, especialmente em pé. O tanque de combustível com capacidade para apenas 18,8 litros não incomoda em excesso e todos os comandos são fáceis de acessar e suaves no tato.</p>

<p><img alt="Que cenário poderia ser melhor que uma reserva natural no coração da África do Sul para apresentar uma moto assim?" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/honda_africa_twin_2017__4_motociclismo_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>A sensação de agilidade e maneabilidade é fantástica e lembra muito à de uma grande monocilíndrica. O quadro de instrumentos também merece destaque: completo, de ótima leitura e muito bonito, ainda que esteja posicionado mais abaixo do que julgamos ideal.</p>

<p>O assento bipartido é estreito, mas garante um bom posicionamento para pilotos dos mais variados tamanhos. A sua altura pode ser ajustada em duas posições: 850 ou 870 mm.</p>

<p>Conforme íamos pegando confiança na moto, confirmamos o alto grau de conforto, a estabilidade e a forma impecável como a moto reage às nossas solicitações. O equilíbrio geral, a maneabilidade e a facilidade de pilotá-la, além do tato e da solidez do trem dianteiro superaram qualquer expectativa, por maior que ela fosse.</p>

<p>O sistema de freios atua brilhantemente e a proteção aerodinâmica também agrada. O nível de vibração do motor é baixo e ele equilibra muito bem linearidade, suavidade e energia. Mais que seus 95 cv declarados pela Honda, o encanto desse bicilíndrico está na forma suave e progressiva com entrega essa cavalaria.</p>

<p><img alt="Se você é fã das “maxitrail puras” e estava preocupado com a moda das crossover, pode comemorar!" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/honda_africa_twin_2017__5_motociclismo_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Na nossa avaliação, a velocidade máxima indicada no velocímetro foi de 210 km/h. Para uma trail, não há necessidade de mais, talvez, nem disso… <span style="line-height: 1.6em;">Na nossa experiência “off-road” o que mais nos chamou a atenção foi a estabilidade em alta velocidade (mérito especial das suspensões) e a facilidade de dosar os freios. </span></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">A já comentada suavidade na entrega de potência do bicilíndrico é ainda mais benéfica quando estamos na terra, e isso aumenta muito a nossa confiança na pilotagem. Sem recursos mirabolantes, a CRF1000L Africa Twin é uma moto que transpira modernidade no estilo e na técnica. <strong>A moto que faltava na família Honda.</strong></span></p>

<p>Ela custa R$ 64.900 na versão básica e R$ 74.900 na versão equipada para longas viagens (preços sem frete e sem seguro, sempre procure consultar a concessionária mais próxima de você para saber o preço exato).</p>

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