Finalmente aceleramos a Royal Enfield Himalayan 450 uma aposta que certamente vai conquistar muitos motociclistas que buscam uma moto acessível com desempenho mais do que suficiente para ir além das expectativas.
Primeira impressão no lançamento mundial
Meu primeiro contato com a Royal Enfield Himalayan 450 foi em 2023 no lançamento mundial realizado na Índia aos pés da cordilheira do Himalaia.
Na ocasião já pude comprovar a ergonomia bem acertada e o bom comportamento dinâmico.

Por outro lado, a altitude de quase 3.500 metros da região do Himalaia, “roubou”, segundo Marc Wells, engenheiro da marca, praticamente 10 cavalos, logicamente afetando o torque também.
O ride no sul do país com a Royal Enfield Himalayan 450
Pois aqui no teste que realizamos em Cambará do Sul, Rio Grande do Sul, essa primeira má impressão foi totalmente dizimada.
Para colocar a prova a Himalayan 450 a Royal Enfield fez um roteiro predominantemente (70%) off-road por estradas de terra com muitas pedras, cascalho e buracos, mas também rodamos pelo asfalto (30%).

Design
Embora possa haver controvérsia no estilo, o desenho desta moto é bastante frugal e mantém a essência clássica com linhas arredondadas.
Não obstante, a composição combina alguns toques modernos, como por exemplo, o painel em TFT, que assim como o farol, é redondo e tem iluminação de LED, tal qual os piscas, que atrás têm a função de lanterna também.

Ergonomia
A Himalayan é muito amigável em todos os sentidos, sendo assim, não seria diferente no triângulo ergonômico, que coloca quadril, pernas e braços em posição neutra e confortável.
O banco do piloto na parte da frente onde se junta ao tanque é bem estreito e permite ótimo encaixe para a pilotagem, tanto sentado, quanto de pé, no off-road.

Para o off-road apenas faria um ajuste no guidão para deixá-lo em posição perfeita para a movimentação na pilotagem.
A garupa, por sua vez, também vai em posição confortável e as alças permitem boa empunhadura para se segurar. Já o banco, é macio para ambos os ocupantes.
Motor da Royal Enfield Himalayan 450
O motor monocilíndrico de 452 cm³ da Royal Enfield Himalayan 450 é um divisor de águas. Batizado de Sherpa, ele é o primeiro da marca com refrigeração líquida e de alto desempenho.
A eletrônica permite selecionar dois modos de pilotagem, um econômico e outro de desempenho, os quais podem manter a atuação do ABS ou não, você escolhe.

O rendimento de seus 40 cv e dos 4 kgf.m de potência e torque respectivamente chamam a atenção pela capacidade de aceleração e pronta resposta.
Principais características
Na prática, esse motor é elástico e está sempre pronto a reagir ao giro do acelerador com respostas bastante rápidas.
Por exemplo, na estrada em sexta marcha, que é bastante longa por sinal, a 100 km/h a retomada até chegar aos 140 km/h é vigorosa e bastante rápida.
O câmbio de seis marchas, com embreagem assistida e deslizante, tem bom escalonamento, os engates são precisos e suaves, por seu lado a sexta marcha é longa tipo overdrive.
Ciclística
O teste ride com a nova Royal pela serra gaúcha, em Camabará do Sul, foi espetacular, fizemos 300 quilômetros, deles 70% ou mais pelo off-road.
O chassi da Royal Enfield Himalayan 450 é do tipo dupla trave em aço, onde o motor faz parte da estrutura, dando boa rigidez ao conjunto.

Por sua vez, as suspensões são compostas por bengalas invertidas Showa do tipo SFBP, sem regulagens e o monoamortecedor, da mesma marca, tem regulagem de pré-carga da mola.
As suspensões se comportaram muito bem com as inúmeras pancadas que receberam. Em algumas poucas situações mais extremas chegaram ao final do curso.
Por outro lado, em algumas pancadas em pedras diretas na roda dianteira, a moto ameaçou o shimmy, mas logo as suspensões retomaram o lugar.
No asfalto a Himalayan vai bem pregada ao chão e permite rodar com confiança em qualquer velocidade. Os coxins, instalados na base das pedaleiras, eliminam boa parte da vibração vinda do motor.
Freios
Já por sua vez, o sistema de freio é bem dimensionado. Na dianteira o disco mede 320 mm e é mordido por pinça de dois pistões.
Atrás o disco tem 270 mm e a pinça encarregada é de pistão único, ambos assistidos por ABS.
Em síntese, o sistema de freio funciona bastante bem. Se por um lado desligar o ABS traseiro ajuda na pilotagem off-road, por outro, o ABS dianteiro pode pregar uma peça se você tiver uma situação de frenagem emergencial.

O preço é, sem dúvida, outro atrativo. São três versões que variam cores e a possibilidade de rodas com pneus com e sem câmara.
Versões e preços da Royal Enfield Himalayan 450
- Slate Himalayan Salt (laranja) e a Slate Poppy Blue, que chega ao mercado por R$ 29.990 (com pneus com câmara);
- a versão intermediária, a Hale Black, com os pneus com câmara, por R$30.990 (nela só a cor é a diferenciação);
- e a versão topo de linha, com pneus sem câmara e duas cores: Haley Black e a Kemet White, por R$ 31.990.
A Royal Enfield montou um kit completo para quem pretende viajar com a Himalayan com preço promocional de R$ 10.000 chamado de Adventure Touring, esse kit terá apenas 150 unidades disponíveis e é composto por:
- protetor de motor grande preto;
- protetor de radiador prateado;
- para-brisa alto;
- assento para condutor e garupa adventure;
- top case adventure prateado;
- suporte para baú superior adventure prateado;
- capa de moto impermeável azul marinho;
- alforges adventure prateados e suporte para alforge adventure preto.

Sem dúvida a Royal Enfield Himalayan 450 merece o seu test ride, garanto que, no mínimo você vai se surpreender.
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