O segmento brasileiro de duas rodas está oficialmente de volta nos trilhos. No primeiro semestre do ano, o número de emplacamentos registrado, segundo dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), foi de 456 729, um aumento de 6,9% sobre o mesmo período do ano passado, no qual foram emplacadas 427 198 motocicletas.
O mês de junho sozinho também apresentou crescimento de 3,3% em relação a 2017. Foram 74 069 unidades contra 71 734. Para Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), os números registrados até o momento consolidam, definitivamente, a retomada da indústria de Duas Rodas. “Fatores como ampliação da oferta de crédito e estabilidade dos índices macroeconômicos, além de uma maior participação do consórcio têm sido fundamentais para a evolução dos negócios”, comenta o executivo.
Os meses de crescimento contínuo fizeram com que a entidade revisasse suas metas de encerramento do ano, aumentando os números previstos para 2018. Se antes a Abraciclo acreditava que as vendas de motocicletas novas não passariam de 865 mil unidades, representando um crescimento de apenas 1,6% em relação a 2017, as novas projeções já falam em crescer 7,5% comparado com o ano passado, atingindo um montante de 915 mil motos comercializadas. O ano de 2017 terminou com 851 013 motos vendidas.
O número de unidades produzidas também foi revisto de 935 mil para 980 mil neste ano, o que significa um aumento de 11% sobre 2017. Para se ter ideia, só neste semestre, foram produzidas 494 684 motocicletas, enquanto o número do mesmo período do ano passado foi de 423 750. Sobre a produção de junho, o presidente da Abraciclo acredita que foi prejudicada pela greve dos caminhoneiros “Este acontecimento contribuiu para o desabastecimento das fábricas e afetou diretamente a distribuição de motocicletas e o recebimento de insumos”, diz Marcos Fermanian. No mês passado, foram produzidas 50 118 motos, uma queda de 0,3% se compararmos com maio e de 48,1% se colocarmos frente às 96 607, que saíram das linhas de montagem em junho de 2017.