A marca italiana Energica está apostando todas as suas fichas na Moto E World Cup, campeonato dentro do Mundial de Motovelocidade do qual será a única fornecedora de motocicletas, a Ego Corsa. Uma prova disso aconteceu no início deste mês. Em sua primeira participação no Intermot, o Salão de Colônia, na Alemanha, a marca levou a Ego Sport Black, versão da superesportiva pintada em preto, como o protótipo que está em desenvolvimento para a MotoE, e com os adesivos de patrocinadores, como a ENEL, a DHL e a Allianz.
“Ser escolhida como a única fabricante para inaugurar a MotoE World Cup é a consagração do nosso produto como um ponto de referência no mercado global de motos elétricas de alta perfomance”, disse Livia Cevolini, a CEO da Energica Motor Company.
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A Ego é equipada com um motor arrefecido a óleo de 107 kW, o que equivale a 145 cv de potência, atingidos entre 4 900 e 10 500 rpm. Já o torque de 20,4 kgf.m disponíveis instantaneamente assim que o piloto gira o acelerador. A autonomia, por sua vez, fica entre cerca de 80 e 200 quilômetros, dependendo do uso.
Além da nova roupagem para a Ego, a Energica anunciou no salão alemão uma série de aprimoramentos no seu line-up, que ainda inclui as naked Eva e Eva EsseEsse9, essa última com apelo mais retrô. A partir do ano que vem, as motos passam a contar com controle de tração ajustável em seis níveis, piloto automático e um novo acelerador eletrônico.
O lançamento da nova Ego com roupagem de um campeonato que só começa em 2019 mostra a urgência que a marca tem em capitalizar sua participação na “MotoGP elétrica” marcada para estrear no ano que vem. E não é pra menos. De acordo com informações da Agência Reuters, o desenvolvimento da Ego Corsa para as pistas deu uma desequilibrada nos números da empresa, que reportou uma perda líquida de 3,9 milhões de euros (quase R$ 17 milhões) na primeira metade de 2018 frente aos 3 milhões de euros (cerca de R$ 13 milhões) registrados ano passado. Mas, é no ano que vem que a Energica vai saber de fato se toda a publicidade atraída com o investimento em uma categoria monomarca dentro do Mundial de Motovelocidade vai compensar comercialmente ou não.
Fotos: Energica