Sou viciado em motocicletas desde que me conheço por gente e entre minhas andanças no mundo das motos já fiz várias “loucuras”. Sou sobrevivente de uma época em que a liberdade de andar em duas rodas desconhecia ou ignorava questões de segurança. Os tempos eram outros, o trânsito e a quantidade de veículos também, retratos de uma época mais tranquila.
Na minha adolescência a inconsequência era geral, afinal, acelerávamos como loucos sem técnica, nem capacete. Equipamentos de segurança estavam anos luz do que temos hoje, duas ou três marcas de capacetes (lembro bem da Induma, a qual a agência de publicidade de meu pai —Themus Comunicação Visual — atendia) e CBP, que fazia um modelo parecido aos da Simpson, norte-americano. Os tempos mudaram, os equipamentos de segurança evoluíram e a paixão pela motocicleta prevaleceu em mim, como prevalece em milhares de motociclistas, que nos seguem ou que simplesmente vivem o mundo da moto.
Mais tarde me aventurei no exterior para tentar correr de motovelocidade e depois de alguns anos por lá, acabei competindo no Brasil de forma amadora. Também trabalhei como vendedor utilizando uma moto e entre outras tantas idas e vindas, acabei caindo de paraquedas no mundo editorial.
Orgulho-me em dizer que trabalhei nas mais importantes revistas do meio. Comecei com meu amigo Leandro Mello na Extreme Bikes, título novo e de vida curta, era remanescente da revista Moto&Técnica; depois o Marcelo Brettas me convidou para fazer um freela na Quatro Rodas Moto (um especial da revista Quatro Rodas, editora Abril), por lá fiquei uns sete anos até que a Abril decidiu acabar com o título. Meu próximo trabalho foi com o Luiz Guerreiro, no título norte-americano Cycle World, da editora Escala; de lá fui para a Duas Rodas, onde voltei a trabalhar com o Leandro Mello, que chefia a editoria, até chegar aqui para testar e escrever sobre o que mais gosto depois do sexo: motocicletas.
A verdade é que aprendi com os bambambãs deste mundo, desenvolvendo minhas habilidades como piloto de testes e jornalista. Várias das revistas já não existem e isso me deixa um tanto melancólico, mas a vida segue e é o que faço aqui neste exato momento o que me move: a paixão, o vicio e o tesão pelas motos.
Aceitei o convite da Isabel Reis, nossa diretora, que além da oportunidade na revista, me convidou para “tocar” o projeto Espaço Motociclismo, um encontro semanal de motociclistas que acontece toda terça-feira no sambódromo do Anhembi. Mais um desafio aceito. O desafio na revista é substituir um profissional querido por todos e super competente, o Gabriel Berardi, que além destas virtudes é um cara espetacular e divertido, mas que saiu em busca da terra prometida por Donald Trump, desejo toda a sorte do mundo a ele!
Espero corresponder com as expectativas e continuar fazendo meu melhor, deixando que cada um na equipe também o faça com tesão, para entregar a você leitor, sempre a melhor noticia sobre motocicleta. Quanto ao Espaço Motociclismo, imagine um local onde já se encontram aficionados e entusiastas de automóveis e colocar no mesmo ambiente o mesmo perfil de pessoas relacionadas com as motos, é sensacional, divertido e o astral você precisa sentir!
Se você tem um negócio e ele tem a ver com este público, contate-nos, participar do maior encontro semanal de carros e motos é mais fácil do que parece e o resultado vai ser melhor do que você imagina. Tenho certeza de que a experiência pode ser, além de divertida, rentável! Quero deixar o convite para você, sua família e seus amigos conhecerem o Espaço Motociclismo, envie-nos um e-mail para conhecer melhor do que se trata.
Um abraço e até os próximos quilômetros!
Ismael Baubeta
Editor Executivo Revista Motociclismo