Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna, em entrevista ao site GPone, disse que, caso algum piloto teste positivo para o Covid-19, ele perderá corridas com a quarentena obrigatória, até se restabelecer. Isto poderia interferir nos resultados da motoGP.
As incertezas quanto ao início do campeonato de MotoGP e de que forma ele será realizado, por causa da pandemia de Covid-19, contrastam com uma certeza: a obrigação de fazer a quarentena de qualquer piloto da MotoGP que for diagnosticado com o coronavírus.
Outras série de medidas estão sendo tomadas para diminuir a quantidade de pessoas no paddock, não só da organização, mas também das equipes. Monitoramento das pessoas antes de cada etapa poderão ser feitas para garantir que nenhum infectado viaje para uma prova.
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A previsão do executivo da Dorna é de ter o calendário da MotoGP definitivo definido até o final de junho e o início da temporada é prevista para o fim de julho ou início de agosto, se tudo correr de acordo e não houver surpresas com a pandemia.
A princípio deverão ser dez etapas na Europa, incluindo provas no mesmo circuito em finais de semana consecutivos, mas caso a situação do Covid-19 melhore significativamente, poderão chegar a quatorze, inclusive com algumas feitas fora do velho continente.
Uma das questões mais inquietantes é de um possível positivo para Covid-19 entre os pilotos do grid durante o campeonato de MotoGP. Neste caso, Ezpeleta foi categórico: qualquer que seja o piloto, mesmo que não apresente sintomas da doença nem indisposição, terá que cumprir o prazo de quarentena longe dos circuitos.
O dilema (moral) é se o campeonato teria que parar, caso houvesse um piloto contagiado, mas nas entrelinhas, a ideia inicial é de que o certame continue e o piloto se retire em quarentena. Seria como se o piloto estivesse incapacitado por lesão.
Haverá no paddock um serviço médico dedicado a estes casos e que poderá gerir a questão, pois caso um piloto for contagiado, ele e as pessoas com que teve contato, teriam que ficar isolados, portanto poderia comprometer, se não toda, boa parte da equipe, já que o contato entre piloto, engenheiros e mecânicos na MotoGP é bem próximo.
Situação drástica, mas necessária
De qualquer modo, imagine a situação: Marc Marquez prestes a conquistar seu histórico nono título mundial lutando contra Valentino Rossi (atrás do tão almejado décimo caneco), com pequena diferença de pontos e “kabúm”, a notícia de que um deles foi contagiado pelo coronavírus e teria que perder as duas últimas etapas do mundial em quarentena. Fim do sonho de 2020 e do sonhado título!
Não há dúvidas de que o Covid-19 balançou e colocou o plante de cabeça para baixo, isto logicamente inclui as competições e com elas a principal categoria de motovelocidade do mundo, a MotoGP.
Aceitar o afastamento, não será fácil
Como a mais importante e mais cara categoria do mundo, não tenho dúvidas de que as equipes, em caso de ter algum piloto contagiado, lutarão nos tribunais para manter seu piloto no grid, principalmente se este estiver em condições de sagrar-se campeão e não apresentar sintomas.
O tempo dirá!
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