O EICMA, Salão de Motos de Milão, termina no domingo, dia 12, mas a MOTOCICLISMO já está arrumando as malas para voltar ao Brasil. Sendo assim, aproveitamos o nosso último dia no evento para olhar com mais atenção as motos lançadas neste ano e elegemos cinco novidades que – em nossa opinião – são realmente importantes para o mercado mundial. Confira a lista:
Yamaha Niken
Com o lançamento da Ténéré 700 adiado, uma vez que a marca optou por revelar uma nova fase do conceito, revelado pela primeira vez como T7 no Salão de Milão de 2016, e ter mais tempo para finalizar a aventureira, a grande novidade da marca japonesa foi o triciclo Niken. Com base – tanto visual quanto mecânica – na MT-09 Tracer, o exótico modelo teve sua produção oficializada no evento e dividiu as opiniões no Salão.
Entre os visitantes, era possível ouvir comentários elogiosos à moto de três rodas e também alguns rostos com expressão de indagação. Com o Niken, a Yamaha quer mostrar que está à frente do seu tempo, mas ele não deixa de ser uma aposta ousada. Embora o scooter Tricity, desenvolvido no mesmo conceito de duas rodas dianteiras inclináveis, faça sucesso por aumentar a confiança dos pilotos, principalmente os novatos, ainda é uma incógnita se o Niken repetirá esse sucesso no segmento de motos.
Royal Enfield Interceptor 650
Design clássico e mecânica moderna tem sido um casamento de muito sucesso na indústria de motocicletas já há algum tempo e a nova Interceptor 650, um dos dois novos modelos apresentados pela Royal Enfield, não foge à essa regra. Com visual simples e requintado e a potência extra em relação aos modelos já comercializados, conferida pelo novo motor de dois cilindros paralelos, a moto é uma grata surpresa no segmento de clássicas modernas.
Além disso, a política amigável de preços praticada pela Royal Enfield ainda é um ponto a mais a favor da moto, que também deve ser comercializada no Brasil após estrear no mercado europeu.
Panigale V4 Speciale
Ao passar pelo estande da Ducati no salão, não há como passar despercebido pela nova superesportiva da marca, principalmente quando falamos da requintada versão Speciale na roupagem tricolor.
Pontos estéticos à parte, a moto tem um propulsor tetracilíndrico em V de 1.103 cm³ – o primeiro que a Casa de Borgo Panigale produz em larga escala – derivado diretamente da MotoGP e um kit Akrapovic para chegar até impressionantes 226 cv de potência máxima, um ‘exagero’ para uma moto de rua. A cereja no bolo ainda é um pacote de equipamentos eletrônicos para deixá-la totalmente sob controle, o que promete uma experiência totalmente nova para quem puder pilotá-la em uma pista.
BMW C 400 X
Embora as novas F 750 GS e F850 GS sejam um sinal claro de que a marca bávara se importa com suas maxitrails médias, o lançamento do scooter C 400 X é o que podemos chamar de grande lançamento da BMW nesta edição do EICMA. Equipado com freios ABS, controle de tração, ele traz motor monocilíndrico de 350 cm³ de 34 cv e ainda tem painel TFT como opcional.
O modelo é uma surpresa bem-vinda para o segmento abaixo dos 500 cm³, no qual já participa com a naked G 310 R e a trail G 310 GS, simplesmente pelo visual moderno e ainda assim simples, diferente da sofisticação que eram os modelos C 600 Sport e C 650 GT. Isso significa que, na concessionária, o scooter alemão poderá ter um preço mais acessível, por ser um veículo voltado para melhorar a mobilidade urbana.
Honda CB 1000R
O segmento de nakeds na casa dos 1.000 cm³ anda mais movimentado do que nunca e recheado de modelos que esbanjam estilo e potência. Menos para a Honda. Depois de descontinuar a última geração da CB 1000R, a marca estava em desvantagem em relação às concorrentes, principalmente as outras japonesas: Yamaha, Suzuki e Kawasaki.
Até esta semana. Desenvolvida sob o conceito Neo Sports Café – que também deu origem às pequenas CB 125R e CB 300R – a moto alia as linhas retrô das café racers antigas com mecânica moderna, bastante eletrônica e um motor tetracilíndrico capaz de gerar até 145 cv. E o melhor de tudo: como o modelo antigo chegou a ser vendido no Brasil, inclusive nacionalizado, já podemos torcer pela chegada no País também. Resta saber se essa escolha de ir por um caminho diferente no conceito do design será bem sucedido. Veremos!
Fotos: Carlos Bazela e divulgação