Buell 1125R, eficiente e exótica
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Buell 1125R, eficiente e exótica

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  • Publicado: 19/12/2008
  • Por: jmesquita

<p>Não é todo dia que encontramos uma motocicleta tão peculiar como a Buell 1125R. O adjetivo peculiar vem, de fato, de sua “exótica” dianteira. Se ela já choca pelas fotos, ao vivo, então, fica ainda mais estranha. As entradas de ar e, principalmente, a carenagem dos faróis dianteiros ficaram desproporcionais em relação ao esbelto conjunto da motocicleta. Parece até que a roda dianteira é menor do que as habituais 17”.</p>

<p>No entanto, bastou subir na 1125R para esquecermos desse “desajeitado” e inicial contato visual e perceber que a nova sport-touring em nada lembra a família XB que já conhecemos. Primeiro, porque a posição de pilotagem é convencional, ficando situada entre esportiva e confortável (a primeira com mais intensidade), apesar de sobrecarregar um pouco além do desejado os braços. Segundo — e que lhe rende os maiores méritos — porque a marca americana se rendeu a um moderno motor Rotax fabricado fora dos EUA.</p>

<p>Sou até suspeito para falar desse motor, pois sempre gostei de propulsores bicilíndricos equipando modelos esportivos, já que a linearidade na entrega de torque e aquele funcionamento mais “bruto” e vibrante me agradam. E o motor da Buell é exatamente do jeito que eu gosto…</p>

<p>No desenvolvimento desse motor Helicon, a BRP-Rotax utilizou como base o V2 a 72º que equipa a Aprilia RSV 1000, porém, o modificou totalmente, aumentando a sua cilindrada. Dessa forma, nada tem a ver com os modelos herdados da Harley-Davidson que equipam a família XB. Entre as principais características desse motor está o seu destacado desempenho e as leves vibrações que podem agradar uns e incomodar outros que buscam a tradicional suavidade dos tetracilíndricos.</p>

<p>Até 6 000 rotações, as vibrações sentidas fazem parte do comportamento e da característica desse motor, mas, acima de 8 000 rpm, elas chegam a incomodar, mesmo que o motor tenha três árvores de balanceamento para atenuar as mesmas. Não podemos esquecer que essas rotações só são atingidas em uma tocada mais esportiva e, nessa hora, as vibrações ficarão em um segundo plano.</p>

<p>As respostas do motor são contundentes e agradáveis em todas as rotações, principalmente acima de 6 000 rpm. Realmente dá gosto sair de uma curva com o motor “cheio” e abrir todo o gás, sentindo a tração do pneu traseiro e o motor roncando grave. Não temos aquela patada das “tetras” em alta, mas, sim, uma entrega forte e uniforme independente da rotação.</p>

<p>Na cidade, ela não é um primor de suavidade nas respostas, mas o excelente engate das marchas e o banco baixo ajudam na condução. O único senão fica por conta das ventoinhas que atuam o tempo todo, mesmo com o motor desligado e a chave fora da ignição e o consumo, pois a moto fez 11,3 km/l em um circuito misto — cidade e estrada.</p>

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