A Bajaj vai iniciar suas operações no Brasil no segundo semestre. No início desta semana noticiamos que a marca deu o pontapé inicial nas atividades que vão marcar a sua chegada ao mercado brasileiro e começou a soltar alguns teasers nas mídias sociais, que praticamente confirmaram que a Dominar 400 estará entre nós quando isso acontecer.
Nosso editor, Ismael Baubeta, foi um dos jornalistas convidados para visitar as instalações da marca na Índia. Ele conheceu a forma como a Bajaj trabalha por lá, viu produtos que estão disponíveis no mercado local, testou alguns e obteve informações a respeito da operação brasileira da fabricante indiana, que é uma das maiores do mundo. Veja mais detalhes nas próximas linhas!
O start da operação brasileira da Bajaj
As primeiras motos da Bajaj serão montadas na fábrica da Dafra em Manaus, e virão ao Brasil no esquema CKD (Complete Knocked Down), ou seja, produzidas na Índia, embarcadas desmontadas para o Brasil e montadas aqui.
A instalação de uma fábrica por aqui acontecerá dependendo do desempenho em vendas. Segundo Rakesh Sharma, diretor-executivo da Bajaj, há verba suficiente para isso, só depende do sucesso da marca no Brasil. Ainda de acordo com o executivo, as operações brasileiras da Bajaj devem se iniciar entre o meio de agosto e o início do mês de setembro.
Outro ponto importante: enquanto em outros países da América do Sul, como Colômbia e Chile, a Bajaj atua por meio de distribuidores, aqui no Brasil ela terá uma operação própria. Este fato dá maior segurança aos proprietários, mostrando que a marca tem planos claros de se estabelecer em nosso país. Inclusive Sharma afirma que a Bajaj tem a inteção de se tornar uma das marcas “top of mind” no mercado brasileiro.
Além de ser uma das maiores fabricantes da Índia, a marca também é a maior exportadora do país. Cerca de 15% de todas as vendas internacionais da Bajaj tem como destino países da América Latina, como Argentina, Colômbia e Equador. A empresa também é responsável pela produção de alguns modelos da KTM, Triumph, Husqvarna, e fabrica outros tipos de veículo, como alguns triciclos, tuk-tuk e o Qute, um simpático carrinho compacto.
Quais modelos vem ao Brasil?
Inicialmente a Bajaj vai trazer modelos das gamas Dominar e Pulsar ao país. A Dominar 400 é a única que já está confirmada para cá, mas ela certamente terá a companhia de outras motos da família Pulsar, inicialmente a N250. Veja abaixo a galeria com alguns modelos que foram mostrados pela Bajaj aos jornalistas brasileiros.
Linha Bajaj Dominar
Da linha Dominar, composta por versões 250 e 400, apenas a segunda já está confirmada para o nosso país. Inclusive é ela a moto que estampa o primeiro post da Bajaj no Brasil no Instagram.
Como falamos anteriormente, a Dominar 400 é uma moto com visual que lembra o de uma naked, mas traz uma bolha posicionada sobre o farol e outros acessórios que lhe confere o aspecto de uma pequena touring, como protetores de mão e de motor, entre outros.
Para movê-la a missão fica por conta de um motor monocilíndrico de 373 cm³ com refrigeração líquida, usina que entrega 40 cv de potência máxima a 8.800 rpm, torque máximo de 3,6 kgf.m em 6.500 giros. Ela ainda traz itens comuns em motos de maior cilindrada, como suspensão dianteira invertida, embreagem deslizante e painel LCD, além de freios ABS de dois canais e iluminação em LED.
A versão 250 não teve sua confirmação para o nosso mercado, mas acreditamos que, em um primeiro momento, ela não aparecerá por aqui pelo risco de competição interna com a Pulsar N250, moto sobre a qual falaremos a seguir.
Pulsar, a grande família indiana
A gama Pulsar é composta por modelos que vão dos 125 cm³ até 250 cm³, variando entre versões naked e carenadas. Para o Brasil a Bajaj deve apostar na Pulsar N250, uma naked de entrada que deve disputar mercado contra ninguém menos do que Honda CB 250F Twister e Yamaha Fazer 250 – inclusive o seu design até lembra o desta última.
A N250 é movida por um motor monocilíndrico de 249 cm³ SOHC refrigerado a líquido, capaz de entregar potência máxima de 24,5 cv a 8.750 rpm e 2,19 kgf.m de torque máximo em 6.500 giros, usina ligada a uma transmissão mecânica de cinco velocidades e embreagem deslizante assistida.
Os freios são à disco tanto na frente quanto atrás. Suas suspensões utilizam garfo telescópico convencional na dianteira e monochoque na traseira. As rodas são de 17 polegadas, calçadas com pneus sem câmara 100/80 na frente e 130/70 atrás, enquanto seu tanque armazena 14 litros de combustível e o assento está a 759 milímetros do solo. Ela ainda traz iluminação em LED com DRL.
Além da N250, quem também provavelmente aparecerá em solo brasileiro é a NS160, integrante da linha Pulsar que terá a missão de enfrentar a Honda CG 160. Ela chama bastante atenção com seu visual, que lembra o de uma moto mais potente, com um ar mais esportivo. A versão vendida na Índia traz freio ABS e motor de 160 cm³ que rende 17,2 cv a 9.000 rpm e 1,4 kgf.m de torque máximo em 7.250 rotações.
Porém, mais confirmações sobre a operação da Bajaj no Brasil e seus modelos devem surgir nas próximas semanas, até o início oficial das atividades por aqui. Seguiremos acompanhando os desdobramentos desta história!