A produção de motos no Polo Industrial de Manaus no primeiro trimestre cresceu 37,8% sobre 2021, melhor desempenho do setor desde 2015.
Segundo levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), foram fabricadas 327.139 unidades no período, contra 237.401 motocicletas em igual período de 2021.
Em março foram produzidas 136.350 motocicletas, alta de 27,4% sobre fevereiro e de 8,4% em relação a 2021, quando foram feitas 107.046 e 125.756 unidades, respectivamente.
A entidade estima que, em 2022, serão fabricadas 1.290.000 motocicletas em 2022, volume que representa aumento de 7,9% na comparação com o ano passado, quando 1.195.149 unidades deixaram as linhas de produção em Manaus.
Exportações de motos recuam no trimestre
No primeiro trimestre foram exportadas 10.587 motocicletas, retração de 19,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando 13.165 unidades foram enviadas ao exterior.
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A Argentina continua como o principal destino das motos produzidas no Brasil, com 3.317 unidades e 29,7% do volume total exportado. Na sequência aparecem Colômbia (2.024 motocicletas e 19,2% das exportações) e Estados Unidos (1.996 unidades e 18,9% do volume exportado).
Emplacamentos avançam
Os emplacamentos de motocicletas no primeiro trimestre somaram 274.673 unidades, o que corresponde a uma alta de 33,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 205.444 motocicletas. Foram licenciadas 110.040 motocicletas apenas em março, volume 46,8% maior que o registrado em fevereiro (74.972 unidades) e 76,7% superior ao mesmo mês de 2021 (62.262 motocicletas).
Em números absolutos, a categoria mais emplacada em março foi a City/Street, com 55.270 unidades e 50,2% do total de emplacamentos. A seguir aparecem Trail (19.241 motocicletas e 17,5% dos licenciamentos), Motoneta (16.706 unidades e 15,2%) e Scooter (11.631 motocicletas e 10,6%).
Segundo a Abraciclo, as motos de até 160 cm³ respondem por 82,5% dos licenciamentos em março, com 90.765 unidades. Os modelos de 161 a 449 cm³ tiveram 15.877 unidades emplacadas, o que representa 14,4% dos negócios. As motocicletas acima de 450 cm³ totalizaram 3.398 licenciamentos, o que representa 3,1% do mercado.
Ao analisar o desempenho do mercado, o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, comenta que a tendência é que a demanda continue aquecida. “A motocicleta é um veículo ágil, econômico, com preço acessível e de baixo custo de manutenção. A procura cresceu muito durante a pandemia, com o aumento dos serviços de entrega e o maior uso nos deslocamentos urbanos para evitar a aglomeração do transporte público”, explica. “A elevação nos preços dos combustíveis também tem levado mais pessoas a olharem para a motocicleta como uma alternativa”, finaliza o executivo.