Em abril foram produzidas 112.678 motos no Polo Industrial de Manaus, volume 17,4% em relação as 136.350 unidades que deixaram as linhas de produção em março e 7,6% inferior ao resultado de abril do ano passado, mês que se encerrou com 122.220 motocicletas fabricadas. Os dados estão no mais recente relatório apresentado pela Abraciclo, associação que reúne as principais fabricantes de motocicletas no Brasil.
Apesar do recuo, o total de motos produzidas no acumulado do ano registra um crescimento em relação a igual período de 2021. O total de janeiro a abril soma 439.817 motos, volume 22,3% superior ao registrado ano passado, quando 359.621 unidades deixaram as linhas de produção.
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Mesmo diante do recuo na produção mensal, o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, diz que as fabricantes operam dentro da normalidade e conforme o planejamento anual. “As unidades fabris cumprem seus programas de produção. Com isso, mantemos nossa expectativa de produzir 1,29 milhão de unidades em 2022”, afirma. Com esse resultado, a indústria de motocicletas estima crescer 7,9% em 2022, na comparação com 2021 (1.195.149 unidades).
Motos de baixa cilindrada dominam vendas no Brasil
Em abril, foram emplacadas 89.715 motocicletas de baixa cilindrada – até 160 cilindradas – segmento que inclui modelos de destaque em vendas, como Honda CG 160, Biz e Yamaha Factor 150. Segundo dados da Abraciclo, esse volume corresponde a 83,3% do mercado. Na sequência aparecem modelos de 161 a 449 cilindradas, que tiveram 14.618 unidades licenciadas e 13,6% de participação. As motocicletas acima de 450 cilindradas totalizaram 3.374 licenciamentos, o que representa apenas 3,1% do mercado.
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A média diária de vendas em abril, que teve 19 dias úteis, foi de 5.669 unidades. Apesar da menor quantidade de dias úteis no período, esse foi o melhor resultado para o mês desde 2014, quando foram emplacadas 6.087 motocicletas. Na comparação com março, que teve três dias úteis a mais, foi registrada alta de 13,3% (5.002 unidades vendidas/dia). Em relação ao mesmo mês do ano passado, com 20 dias úteis, a aumento foi de 19,8% (4.733 motocicletas emplacadas/dia).
Na avaliação de Fermanian, o mercado de duas rodas segue aquecido. “É um movimento que começou com a pandemia. Muitas pessoas optaram pela motocicleta para fugir da aglomeração do transporte público e para utilizá-la como instrumento de trabalho, atuando nos serviços de entrega”, explica o executivo. “Mais recentemente, há aquelas que escolheram o modal para driblar a alta constante nos preços dos combustíveis”, complementa.
Porém, apesar do mercado aquecido, o presidente da Abraciclo destaca que quem quiser uma moto nova terá que aguardar com muita paciência. “Hoje, a fila de espera é de cerca de 30 dias para motocicletas de baixa cilindrada e para as scooters, que são muito utilizadas nos serviços de entrega e para os deslocamentos urbano. Isso é resultado dos impactos provocados pela pandemia do coronavírus nos últimos dois anos, que freou o ritmo de produção no Polo de Manaus. Deveremos normalizar as entregas para as concessionárias nos próximos meses”, conclui Fermanian.