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Produção de motos cresce 9% sobre dezembro

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  • Publicado: 14/02/2022
  • Por: Willian Teixeira

A produção de motos no Polo Industrial de Manaus superou 83 mil unidades no mês de janeiro, e só não foi maior devido à alta de casos da variante Ômicron, segundo o balanço divulgado pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, a Abraciclo. 

“A nova onda causou falta de muitos colaboradores nas fábricas e comprometeu o ritmo das linhas de produção. Felizmente não houve nenhuma paralisação como aconteceu no ano passado”, explica o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, que lembra que isso prejudicará a entrega de modelos de baixa cilindrada e de scooters.

Produção de motos cresce 9% sobre dezembro

“Em dezembro, o volume de produção foi menor devido às férias coletivas e nossa expectativa era de acelerar a curva em janeiro. Assim, acreditamos que a recuperação da produção deverá acontecer a partir de março”, afirma Fermanian. 

O levantamento da entidade mostra que foram produzidas 83.696 motos em janeiro de 2022, volume 9,6% superior ao registrado em dezembro e 56,1% mais alto do que o resultado do primeiro mês de 2021, períodos que se encerraram com 76.359 e 53.631 motocicletas fabricadas, respectivamente. 

Motos: vendas no varejo desaceleram 

Em janeiro, foram licenciadas 89.661 motocicletas, o que representa uma retração de 20,2% na comparação com dezembro, quando foram negociadas 112.363 unidades. Porém, houve uma alta de 4,5% em relação a janeiro de 2021, mês que se encerrou com 85.798 motos vendidas. 

Apesar dessa desaceleração, o presidente da Abraciclo afirma que a demanda por motocicletas deve continuar aquecida nos próximos meses, e aponta a alta dos combustíveis como um dos fatores responsáveis pela alta procura. “Trata-se de um veículo ágil, econômico e com preço acessível e de baixo custo de manutenção”, afirma Fermanian.  

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Nesse cenário, o executivo destaca o crescimento dos emplacamentos das scooters, segmento que encerrou janeiro com 9,8% de participação no mercado e que vem ganhando cada vez mais espaço nas ruas. “São práticas, versáteis e com baixo consumo de combustível. Além disso, são fáceis de pilotar graças à tecnologias como o câmbio automático, freios combinados ou com ABS e sistema Start&Stop”, diz o presidente da Abraciclo. 

Segundo dados da Abraciclo, as motocicletas de baixa cilindrada (até 160 cilindradas) representaram 82,9% das vendas no varejo com 74.294 unidades. Os modelos de 161 a 449 cilindradas responderam por 13,9% do mercado, com 12.505 unidades. Já as motocicletas acima de 450 cilindradas tiveram 2.862 unidades licenciadas, o que corresponde a 3,2% do mercado. 

Exportações avançam discretamente, mas recuam sobre 2021 

Os embarques de motocicletas para o mercado externo totalizaram 3.328 unidades em janeiro, o que corresponde a uma pequena alta, de 1,4% sobre dezembro, quando 3.283 motocicletas foram enviadas ao exterior.  

Em relação a janeiro de 2021, no entanto, houve queda de 14,8% (3.904 unidades).  

Argentina, EUA e Colômbia seguem como os principais destinos das motocicletas produzidas no Brasil. 

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