A Moto Morini chegou ao Brasil e deverá iniciar as vendas no segundo semestre deste ano. Entrevistamos Gunther Hofstatter, diretor de vendas e pós-venda da Moto Morini, que deu detalhes de toda a operação de instalação no país. A montagem será feita em CKD na Zona Franca de Manaus, em parceria com o grupo DBS.
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A Moto Morini é muito tradicional na Itália, com mais de 90 anos, mas em 2017 passou a ser administrada pelo grupo chinês Zhongnen, atuando atualmente em cerca de 50 países. No Brasil, ela terá três categorias de motos: trail, naked e custom. No total, serão sete modelos e versões.
Pode contar um pouco sobre a história da Moto Morini?
Gunther Hofstatter – A Moto Morini já tem praticamente 90 anos de história. A marca nasceu de um sonho, um desejo, de Alfonso Morini, um mecânico e curioso. Ele sempre teve o anseio de inventar e descobrir coisas. Junta-se a isso o grande prazer dos italianos pelas corridas. Em 1927, Alfonso Morini pilotou uma primeira versão, que acabou vencendo o GP de Monza. Em 1937, ele inaugurou a fábrica e lançou a Moto Morini. E a sua história mostra uma trajetória focada em corridas. A partir daí a Morini se expandiu, foi para vários países da Europa e para os EUA. Se consagrou ainda mais com o motor de 350 cilindradas. Em 2017 veio a terceira geração da Moto Morini, e a emprea passa para o comando do Grupo Zhongneng. O que resultou atualmente em uma atuação em mais de 50 países, com cerca de 11 modelos lançados.

Ainda não foi iniciada a produção em CKD, certo?
Gunther Hofstatter – O projeto de implantação de uma marca é muito complexo, com várias etapas como a homologação de produtos, desenvolvimento de peças, criação de rede de concessionárias, marketing. Faz de 12 a 16 meses que o projeto Moto Morini é real no Brasil, mas foi apresentado ao público em novembro do ano passado. A montagem das motos será em CKD, com a operação instalada na Zona Franca de Manaus.
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
Qual é o estágio atual?
Gunther Hofstatter – O objetivo é a construção de um fábrica, com estrutura própria e dedicada. Mas isso depende do volume de aceitação de mercado. Neste primeiro estágio a Moto Morini conta com o DBS Group, que é um dos maiores montadores de motos elétricas da Zona Franca. Hoje já estamos com a linha montada e a nossa equipe técnica está na China, neste momento, fazendo o seu desenvolvimento técnico e de treinamento. Só estamos aguardando o primeiro carregamento de motos chegar para o início da operação ser contínua. As primeiras cargas devem chegar no final do mês de março, iniciando a nossa montagem no mês de abril deste ano.

E qual é a previsão de início de vendas?
Gunther Hofstatter – A previsão é de iniciar no mês de junho ou julho, com a abertura das lojas. Mas até o começo de maio devemos iniciar nosso projeto de pré-vendas para atender a aos entusiastas da. Teremos algumas equipes de vendas e marketing trabalhando em cima disso, e alguns portais dedicados a comercialização de veículos online, que são nossos parceiros em várias etapas.
Vocês vão iniciar com quantos modelos?
Gunther Hofstatter – São três plataformas que irão nos proporcionar sete modelos e versões diferentes de motocicletas. Teremos a plataforma trail, a X-Cape com 650 cilindradas, a nossa aventureira para uso misto, que virá com três versões. Teremos a Seiemmezzo, que também é uma plataforma de 650 cilindradas e que terá duas versões, com a street e a scramble. E teremos a Calibro, na versão custom e na versão bagger.
Vocês imaginam iniciar com qual valor de venda?
Gunther Hofstatter – Essa pergunta vale um milhão de dólares. Não queremos incorrer em nenhum erro, portanto, optamos por preservar o preço dessas motos. São modelos extremamente estruturados, com qualidade e tecnologia, mas posso adiantar que o público brasileiro vai se surpreender com o valor.
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