Assim como os automóveis, as motos com mais de 30 anos de fabricação também podem ostentar a placa preta de veículos colecionáveis. É isso mesmo, as motocicletas produzidas em 1994 estão aptas a obter este selo de qualidade que além de conferir certo charme, aumenta seu valor de mercado. Confira abaixo 5 motos aptas a receber a placa preta a partir de 2024.
Honda CG 125 Titan: o modelo, que é um dos maiores sucessos de todos os tempos da marca da asa, recebeu melhorias significativas em 1994, dentre elas uma embreagem mais robusta e a primeira versão equipada com freio à disco.
Cagiva Super City 125: nacionalizada no Brasil pela Agrale, que tinha uma parceria com a fabricante italiana, a moto mexeu com os entusiastas da época por causa de seu visual esportivo e do motor de 2 tempos 125 cm³ e 34 cv. Este motor era o mesmo da Cagiva Mito, moto usada por Valentino Rossi em seu início na motovelocidade.
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Ducati 916 Senna: a máquina italiana foi fabricada até 1997, teve tiragem limitada a apenas 301 unidades e é fruto de colaboração entre o tricampeão da F1 e a casa de Borgo Panigale. O piloto brasileiro sugeriu a adoção de peças em fibra de carbono para deixar a moto mais leve, além da pintura em cinza escuro para dar destaque as chamativas rodas em cor de abóbora. Para movê-la, a missão fica a cargo do motor L2 de 916 cm³ com quatro válvulas por cilindro e 115 cv de potência máxima.
Suzuki GS 500: com motor bicilíndrico refrigerado a ar de 487 cm³ e 52 cv, a naked japonesa chegou ao mercado brasileiro para atender motociclistas que buscavam saltar dos modelos de entrada para motos de maior cilindrada, com design agressivo evidenciado por causa de seu quadro exposto e da suspensão traseira monochoque.
Yamaha Virago 535: menor opção da família de motos custom da marca dos diapasões, ela é empurrada por um motor de dois cilindros em V com quatro tempos, 535 cm³ de capacidade e 45 cv de potência e segue o estilo chopper, com guidão alto, pneu traseiro largo e dianteiro estreito, além de tanque em formato de gota.
Como solicitar a placa preta para a minha moto?
Para consegui-la, é necessário que a motocicleta tenha sido fabricada há 30 anos ou mais, esteja em bom estado de conservação e atinja um mínimo de 80 pontos na vistoria de originalidade. “O primeiro passo é filiar-se a um clube, que é o responsável por informar anualmente à Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) sobre os Certificados de Veículo de Coleção (CVCOL) expedidos, mantendo obrigatoriamente um cadastro de associados e suas Placas Pretas”, explica Diogo Boos, presidente da Associação Brasileira de Colecionadores de Veículos Antigos (TopClassic).
A segunda etapa é agendar a vistoria com o clube. “Nós temos um importante diferencial: realizamos uma pré-vistoria sem compromisso para informar o proprietário se o veículo atingirá o mínimo de 80 pontos na vistoria ou se necessitará realizar adequações para ficar dentro dos padrões exigidos”, reforça Boos.
Após a aprovação, o proprietário leva o seu xodó ao centro de registro de veículos do Detran do seu Estado para efetivar a mudança de categoria, pagando as respectivas taxas e colocando a Placa Preta. Todo esse processo costuma ser rápido, levando em média 48 horas.
Depois de obtida, a Placa Preta tem validade de 5 anos, a contar da data de expedição. Após esse período, o veículo deverá passar por uma nova vistoria com a finalidade de constatar se ainda está dentro do mínimo de 80 pontos de originalidade. Ao contrário do que alguns supõem, o veículo com Placa Preta pode rodar normalmente em qualquer dia da semana e paga pedágio como todos os demais.
Já o IPVA pode variar de Estado para Estado, mas no Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, por exemplo, todos os carros com mais de 20 anos estão isentos do imposto, abrangendo automaticamente, dessa forma, os veículos com Placa Preta, que têm 30 anos ou mais. Em Santa Catarina, apenas automóveis com mais de 30 anos não pagam IPVA e, em Minas Gerais, têm isenção total apenas os veículos com Placa Preta ou com valor histórico comprovado.