Na Coluna do Raul deste mês você vai ver que a indústria de motocicletas britânica lançou a campanha “A license to net zero” para melhorar a forma dos cidadãos obterem a sua carteira de habilitação para conduzir motocicleta
A Associação Britânica de Fabricantes de Motocicletas lançou a campanha “A license to net zero – unleashing our potential, license reform essential”, ou uma licença para zero emissões, uma reforma essencial de licenças para pilotar motos, com o objetivo de tornar o processo de obtenção de uma carteira de habilitação de ciclomotor, motocicleta ou outro veículo da categoria L menos complexo, mais barato e acessível para um setor mais amplo da sociedade.
Apoiado também por um grupo representativo de motociclistas, o lançamento representa um passo significativo na entrega do plano de ação conjunto da indústria e do governo para veículos da categoria L, lançado em fevereiro de 2022.
Os veículos leves motorizados (PLVs na sigla em inglês) incluem ciclomotores, motocicletas, triciclos, quadriciclos e até microcarros. Eles oferecem soluções acessíveis e versáteis para os desafios contemporâneos de transporte, incluindo a redução de emissões e congestionamentos, e são acessíveis e mais baratos – transportando pessoas e mercadorias em áreas urbanas, suburbanas e rurais.
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O papel da indústria de ciclomotores e motocicletas na redução de emissões, de congestionamentos e na utilização mais eficiente do espaço rodoviário foi reconhecido pela primeira vez no plano de descarbonização dos transportes de 2021 do Governo do Reino Unido, que encarregou a Associação Britânica de Fabricantes de Motocicletas de produzir um plano de ação conjunto entre indústria e governo.
O plano de ação identifica as barreiras que o setor deve superar e as oportunidades que deve aproveitar juntamente com o governo, para alcançar todo o seu potencial, ampliando o acesso a mais camadas da sociedade.
Agora que o Reino Unido deixou a União Europeia, a associação acredita que é hora de renovar a forma de obter a carteira de habilitação de ciclomotores e motocicletas. O processo atual é oneroso, intimidante e caro, dificultando a entrada de novos pilotos.
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A 3ª Diretiva da Carta de Condução da União Europeia favorece involuntariamente o acesso direto em vez da progressão gradual, desencorajando rotas mais seguras. Como resultado, não melhorou a segurança dos condutores como pretendido, mas manteve o número de vítimas estável ao longo da última década.
O Reino Unido busca um regime de habilitação moderno e inovador, que aborde a segurança dos condutores existentes e responda às necessidades de novos participantes, tendo em mente tanto a segurança como a conveniência.
Pensando nisso, o governo britânico reconheceu o seu imenso potencial na aceleração da jornada rumo à emissão zero e na melhoria da qualidade das áreas urbanas e suburbanas. Diante desses pontos acima, o governo brasileiro também deveria buscar uma forma de deixar o sistema de habilitação de condutores de motos mais simples e menos oneroso.
Com certeza, muito mais pessoas ingressariam no mundo das duas rodas, melhorando o trânsito e a emissão de poluentes!
Raul Fernandes Jr. é especialista em mercado de motocicletas, presidente da AssoRoyal (Associação dos Revendedores Royal Enfield do Brasil), sócio do Grupo 2W Motors e ex-diretor de redação da revista MOTOCICLISMO Brasil.