Os Jogos Olímpicos sempre foram um terreno proibido para o esporte a motor. Criados desde a antiguidade para exaltar as proezas físicas dos atletas, nunca houve espaço para uma modalidade ligada a máquinas motorizadas. Mas, se depender da FIM, a Federação Internacional de Motociclismo, isso irá mudar e já para as Olimpíadas de 2024.
De acordo com informações dos nossos parceiros da MOTOCICLISMO espanhola, há uma movimentação por parte da federação junto ao COI, o Comitê Olímpico Internacional, para incluir a moto nos jogos de Paris. A modalidade escolhida será o Trial-E, que é disputado apenas por modelos elétricos. Segundo a revista espanhola, o trial elétrico foi escolhido por preencher os requisitos necessários para entrar nas Olimpíadas: perfil jovem, aberto a homens e mulheres, não requer novas estruturas e pode ser praticado em todos os continentes.
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Há ainda a questão da sustentabilidade. Por usar motos elétricas, o Trial-E pode ser disputado dentro de um ginásio, além de gerar visibilidade para o futuro do motociclismo no mundo e até mesmo do esporte a motor. “Estamos convencidos de que os jogos de Paris em 2024 representam uma oportunidade única e histórica para fazer do Trial-E a primeira disciplina de esporte a motor a fazer parte dos Jogos Olímpicos”, comenta Jorge Viegas, presidente da Federação Internacional de Motociclismo.
O trial com motos elétricas é relativamente novo, mas já tem uma prova homologada pela FIM, que estreou em junho do ano passado, na França. Entre as marcas que já participam da modalidade estão a francesa Eletric Motion com sua EM Sport e a Yamaha, que apresentou em março de 2018 a TY-E especialmente feita para a competição.
Agora, se virar mesmo esporte olímpico, com certeza outras marcas também irão entrar nessa onda. Para nós aqui, a ideia faz total sentido. Afinal, todos sabemos que, embora a máquina tenha seu papel, o preparo físico e mental, além do esforço do motociclista, são primordiais para o sucesso em uma competição. Ainda mais no trial. A decisão, entretanto, deverá sair só depois dos jogos de Tóquio, em 2020.