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Kawasaki Versys 650: 2.000 km em 20 dias de puro êxtase

5 Minutos de leitura

  • Publicado: 10/10/2020
  • Atualizado: 11/10/2020 às 12:23
  • Por: Alexandre Nogueira

A Kawasaki Versys 650 é uma motocicleta acima de tudo prática e divertida, não é uma novidade absoluta, mas muitos ainda não a conhecem e me perguntam como ele se comporta. Mas a razão para andar nessa motocicleta inteligente e prática, é que ela é muito divertida.

O nome vem de “VERsatile SYStem” e a primeira versão chegou na Europa e nos Estados Unidos em 2008, dando uma injeção de ânimo e modernidade no segmento das Dual Purpose de média cilindrada. Em 2010 ela passou pelo primeiro face lift e este modelo é bastante conhecido pelas terras tupiniquins pelo icônico desenho do farol dianteiro duplo sobreposto, formato que seguiu também na irmã maior de 1.000 cilindradas com motor de quatro cilindros em linha, a Versys 1.000. Em 2015 chegou esta versão atualmente nas ruas, com farol duplo separado, inspirado nas legítimas superesportivas.

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A Versys 650 Tourer que apresento custa R$ 42.990, com malas laterais e top case, protetores de mão, proteção de tanque, para-brisa fumê, tomada 12V, protetores de motor tipo slider, faróis auxiliares em LED e indicador de marcha, que também é padrão na versão normal, que é oferecida por R$ 37.990. O preço é bem honesto levando em conta a versatilidade que o conjunto oferece, tanto para encarar as correrias do dia a dia em meio ao trânsito da cidade, bem como escapadas por estradas de bom asfalto ou de terra. Se você pilotar eu tenho certeza que ela vai tocar seu coração.

Foto: Divulgação

O motor é o mesmo que equipa a Z 650 e a Ninja 650, um bicilíndrico paralelo de 649 cm³ com duplo comando no cabeçote de oito válvulas refrigerado a líquido com injeção eletrônica de combustível, e configurado para acordar o torque nas baixas rotações, o atributo certo para proporcionar a tocada esperta e divertida que a proposta da motocicleta impõem.

Foto: Divulgação

Ele entrega orgulhosos 69 cv de potência a 8.000 rpm e 6,5 kgf.m de torque máximo já nas 7.000 rpm. O duplo cilindro paralelo tem uma incrível gama de uso. Já é atento em 2.000 rpm, tem um bom caráter nas médias e se estende até 10.500 rpm A aceleração nas baixas rotações é muito gratificante, mas ele mostra todo seu vigor nas rotações mais altas, aproveitando perfeitamente as relações do câmbio de seis marchas. O pequeno 650 de 69 cavalos tem um espírito Ninja e o consumo também é muito bom. Consegui 25 km/l na cidade e quase 20 na rodovia a 110 km/h.

Foto: Gabriela Lebsir

O sistema de escapamento instalado por baixo da motocicleta centraliza as massas para melhorar a maneabilidade. O motor aquece um pouco as pernas, principalmente nos dias mais quentes, mas nada que chegue a incomodar. A ergonomia proporciona uma posição ereta e bem relaxada e permite até mesmo os pilotos mais altos, o banco estreito a 840 mm do solo permite que você descanse facilmente os pés no chão e a garupa tem um espaço generoso e com as pedaleiras em posição agradável e confortável, e com ótimas alças.

Foto: Gabriela Lebsir

O painel tem um conta-giros analógico em destaque, com um visor digital com informações de rodagem e computador de bordo com consumo médio e instantâneo, além de indicador de marchas. As alavancas de freio e embreagem são ajustáveis na altura. Os punhos e o body kit trazem componentes de qualidade, com encaixes e acabamento ótimo.

Foto: Gabriela Lebsir

O garfo Showa invertido é ajustável na pré carga da mola e na velocidade de mergulho e o amortecedor traseiro tem regulagem manual da pré carga da mola através de uma válvula tipo registro na lateral direita da moto. Foi interessante reparar a melhora da motocicleta ao regular as suspensões após carregar as malas, porque com o peso no baú, a frente ficou muito leve e a dirigibilidade bem comprometida, então foi só endurecer o amortecedor traseiro que tudo voltou ao normal.

Foto: Gabriela Lebsir

O set up original me parece mais apropriado para o conforto no uso diário e também foi muito bem nas estradas de terra, mas no asfalto constatei algumas balançadas excessivas em curvas de alta velocidade, por isso um pequeno endurecimento na suspensão dianteira melhorou bastante a performance do conjunto. É bem recomendável ajustar o SAG da motocicleta conforme o peso do piloto e as condições de uso para que você obtenha a melhor performance da motocicleta.

Foto: Gabriela Lebsir

O sistema de frenagem tem disco duplo na dianteira mordido por pinças Nissin convencionais deslizantes de dois pistões e na traseira um disco simples com pinça de pistão único, ambos com ABS. Infelizmente, não há controle de tração.

Foto: Gabriela Lebsir

A Kawasaki Versys 650 satisfaz na íntegra, tem um corpo esportivamente invocado, muita agilidade na cidade e nas curvas, a frenagem é potente e modulável, enquanto o motor tem o poder que faz você se entreter entre as arrancadas e saídas de curvas. Ela também é perfeita na estrada quando se leva em conta que o motor vibra pouco, é forte e elástico. As arrancadas são vigorosas, as saídas de curvas excitantes e a velocidade final ficou em 200 km/h sem as malas e 185 km/h com as malas e o para-brisa levantado, marcas cravadas no velocímetro digital da máquina.

Foto: Gabriela Lebsir

A garupa também recebe uma ótima acomodação, então, no final, se você pensar sobre quanto ela custa e o que ele oferece, eu diria que ela encanta demais com sua praticidade e confiabilidade e ainda é um prazer enorme rodar com ela por quaisquer caminhos.

Foto: Gabriela Lebsir

Seja nas correrias diárias ou numa viagem de fim de semana, sempre haverá uma boa razão para você se satisfazer com a Kawasaki Versys 650.

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