A Honda Pop é indiscutivelmente uma adorável guerreira e está sempre pronta para atender qualquer que seja o seu passeio, com muita praticidade e economia. A Pop chegou em 2007 com o conceito “espartana ao extremo, mas com qualidade Honda”, para atender às classes “E” e “D”, e, desde então, a Pop figura entre os modelos mais vendidos do Brasil, e é líder em alguns mercados do Norte e Nordeste brasileiro. Em 2016 ela foi atualizada com novas carenagens, e o motor carburado de 97 cm³ deu lugar a um de 110 cm³ com injeção eletrônica.
Texto: Alexandre Nogueira
Fotos: Renato Durães
E mais uma vez tive a oportunidade de testar uma Pop110i durante uma semana, pela cidade de São Paulo, na estrada até minha residência no litoral norte, e é claro, minhas correrias diárias e os passeios pelo litoral durante o feriado da independência do Brasil. Esta versão branca com o banco vermelho me agrada por ser bem alegre e descolada, mas o mais legal é que ela surpreende pela facilidade de condução e agilidade que ela proporciona em quaisquer passeios, seja por diversão ou a trabalho, mobilidade é a sua premissa.
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Por isso, além de ser uma moto “barata”, econômica no consumo de combustível e na manutenção, a Pop 110i enfrenta condições de utilização bem severas, inclusive onde não há asfalto, com muita confiabilidade e robustez, e isso eu pude comprovar na prática com passeios em estradas de terra pelo sertão de Camburi, indo visitar alguns amigos.
Ao montar a sensação de leveza é o primeiro impacto e o cockpit espartano tem os comandos bem fáceis e acessíveis e o painel simplório, tem indicador de velocidade máxima por marcha grafado dentro do próprio velocímetro e luz de reserva de combustível. Interessante é a trava do guidão fora do contato, ainda na mesa inferior.
Monocilíndrico urbano
A Pop 110i não tem partida elétrica, mas fazer o motor funcionar com o estranho pedal é fácil, não exige força e o motor pega de primeira. Totalmente abastecida ela pesa pouco mais de 90 kg e a capacidade de carga declarada é de 150 kg. Como a Pop 110i é pequena e se você normalmente anda sozinho, quando carregar uma garupa convém calibrar os pneus para não ter problemas de dirigibilidade. Com uma garupa de 70 kg, além de uma significativa perda de desempenho, notamos que a frente, que já é leve, sente bastante a transferência de peso, transmitindo uma sensação de flutuação que não é das mais agradáveis.
O motor de 110 cm³, com potência máxima de 7,25 cv a 6.800 rpm e um torque de até 1,10 kgf.m a 4.900 rpm, verificados em nosso dinamômetro, e proporciona um desempenho mais que suficiente para trafegar com segurança em vias urbanas e até mesmo em estradas, rodando com tranquilidade na faixa da direita. Claro que não é uma moto para viagens, mas, no plano, ela chega a 100 km/h no velocímetro e alcança 80 km/h bem rápido. Nos trechos de estrada e ela se mostrou estável, tanto nas retas quanto em curvas.
Apesar de o motor ser o mesmo quatro tempos monocilíndrico horizontal que equipa a Biz 110i, o câmbio de quatro marchas é bem escalonado, mas, diferentemente do câmbio da Biz, que é semiautomático e com a embreagem acionada pelo próprio pedal de câmbio, na Pop temos que usar o manete esquerdo para as trocas de marchas, como nas motocicletas normais.
A ciclística da pequena Honda Pop 110i vai muito bem com o reforçado chassi monobloco e as suspensões projetados para suportar uma utilização muito mais exigente do que simplesmente ir e voltar do trabalho por ruas asfaltadas. Em absorção de irregularidades e conforto, o comportamento das suspensões se assemelha muito ao das pequenas city 150 cilindradas e é infinitamente melhor do que um scooter.
Peso-leve
O sistema de freios combinado fica a cargo de um tambor de 110 mm em cada eixo, que dão conta do recado, tanto que ouvi o pneu dianteiro gritar quando dei uma freada mais forte, simulando uma emergência.
Única desvantagem da Pop em relação aos demais cubs e scooters é que, mesmo com a roda traseira de 14”, ele não tem porta-objetos sob o assento, só o tanque de 4,2 litros, que, mesmo pequeno, garante uma autonomia de mais de 200 km graças ao consumo baixíssimo desta pequenina guerreira das ruas. Nos testes, e sem nenhuma preocupação em economizar, ela fez 45 km/l, na estrada a 80 km/h constantes ela fez 50 km/l.
Depois de uma semana em poder da Honda Pop 110i só pude ficar ainda mais encantado e com certeza entendi perfeitamente a razão de seu sucesso, pois além da facilidade de se locomover em qualquer lugar, a economia de combustível há de ser considerada como o principal fator. Acho que R$ 6.700 é caro para a realidade do brasileiro assalariado, mas em contrapartida ela vale cada centavo, considerando a sua simplicidade mecânica, confiabilidade e qualidade, afinal trata-se de uma genuína Honda.
Conclusão
Se você pensa em uma solução exclusiva para mobilidade e pensa em um scooter, e nunca pilotou uma Honda Pop 110i, faça um teste, deixe de lado qualquer pensamento preconceituoso sobre a pequena Pop, apenas desfrute do passeio e surpreenda-se com a divertida facilidade de pilotar que ela oferece. E se o problema for o espaço embaixo do banco, não se preocupe, instale um bauleto e está resolvido seu problema.
A Honda ainda oferece o Serviço Expresso, uma inspeção gratuita de 21 itens com os reparos nas motocicletas feitos na sua frente em boxes exclusivos e em até 1 hora, em qualquer concessionário Honda. A Pop 110i também conta com três anos de garantia sem limite de quilometragem e óleo grátis em sete revisões, com o fornecimento gratuito do óleo válido a partir da 3ª revisão.
As cores disponíveis são esta branca com banco vermelho que testei, a vermelha ou a preta. E você, prefere a Pop110i, a Biz 125 ou um scooter?