A Vyrus é uma pequena fabricante italiana de motocicletas exclusivas construídas artesanalmente, sediada em Coriano.
O primeiro projeto data de 1995, quando a empresa instalou um turbo compressor tipo Blower em uma Harley-Davidson com motor V-Twin de 1.338 cm³. Em 2001 a companhia deu início a uma parceria com a Bimota, em um projeto da moto Tesi de Massimo Tamburini, com uma suspensão dianteira inovadora monoamortecida, para evitar o afundamento da suspensão e consequentemente a mudança da geometria nas fortes acelerações e, principalmente, nas frenagens.
Hoje, além da Itália, a Vyrus atua nos Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Japão, Singapura, Taiwan, México e Chile, concebendo as mais inovadoras e tecnológicas motocicletas, utilizando os motores de alta cilindrada dos principais fabricantes de superesportivas como, Honda e Ducati.
A nomenclatura das motos é sempre composta por números, como a 984 C3 2V, 985 C3 4V, 986 M2, 987 C3 4V e a mais nova e espetacular invenção da marca, a Vyrus Alyen 988, uma máquina construída em torno do motor Ducati Superquadro de 1.285 cm³, usado para a última geração de superbikes de dois cilindros da marca, como a Panigale V2.
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Em novembro de 2019, foi apresentada no Salão de Milão EICMA, uma Bimota Tesi H2 que chancela a parceria da fabricante italiana com a Kawasaki e além de ser a moto mais visitada do salão, foi a mais comentada, com opiniões das mais adversas quanto ao estilo e design.
Com a Alyen, o protagonismo não recai sobre números de performance, mas sim, sobre seu design futurista, com formas radicais e atemporais, levando a Vyrus Alyen 988 a um novo e elevado patamar.
E é na parte dianteira que encontramos uma das peças que mais chama a atenção, um sistema de cubo central semelhante ao das Bimota Tesi, com um braço horizontal preso a um braço oscilante que segura a suspensão e um vertical que se encarrega da direção. Ao contrário do Tesi H2, onde as pinças do disco dianteiro estavam escondidos sob os componentes do paralamas dianteiro e da suspensão, na Alyen, o sistema Brembo GP4s é montado na parte inferior dos discos.
Impressionante é o chassi construído em magnésio, formado por um “duplo ômega”, abraçando o motor L-Twin Ducati de 205 cavalos de potência e ligando visualmente o braço oscilante dianteiro à traseira. O segundo elemento principal é o sistema de exaustão com duas enormes ponteiras de fibra de carbono que se projetam para cima como dois exaustores.
As rodas Bullet também são confeccionadas em fibra de carbono, produzidas pela Rotobox, bem como todo o body kit. Parece difícil de imaginar que ela esteja pronta para encarar as ruas, mas é fato que ela está pronta para ser registrada, por isso a Vyrus já deve estar a solicitar sua patente.
O preço não foi divulgado, mas pela exclusividade e tecnologia, as máquinas da Vyrus custam cerca de 65.000 euros. Como sempre, produtos inovadores e revolucionários custam caro.