A Honda, em 2015, quando tirou da linha de produção o Lead 110, deixou um vácuo que a Suzuki, com o Burgman 125, a Yamaha, com a Neo 125 e recentemente Haojue, com a Lindy 125, puderam aproveitar até agora. Mas, com o novo Elite 125, a marca da asa quer deixar claro que a farra acabou para as concorrentes. Segundo a Honda, as motos já começaram a ser faturadas e a rede de concessionárias deverá tê-las disponíveis entre o final de dezembro e inicio de janeiro.
Para ver se na prática é isso mesmo, fomos até Santos (SP), onde a Honda preparou um test ride urbano com o Elite. Neste pequeno, mas agradável, contato inicial, já pude ter uma excelente primeira impressão do novo scooter. O Elite salta aos olhos pelo desenho moderno cheio de ângulos e vincos por todos os lados. No escudo frontal o conjunto óptico formado por farol, piscas e luzes de posição toma conta de boa parte frente, ajuda a valorizar as linhas do escudo e o deixa com aspecto moderno.
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Na traseira, a bonita lanterna toma conta de boa parte do conjunto, ladeada por dois bonitos painéis de nylon texturizado, a iluminação é feita com lâmpadas convencionais, assim como nos piscas dianteiros. O cuidado com o acabamento é incontestável. O encaixe das peças é perfeito, sem espaços, e a bela combinação de cores e texturas dão impacto sensorial. O painel redondo é todo digital e do tipo Blackout, com fundo escuro, a seu lado compondo o design em formato de diamante, estão as luzes espias.
O Elite parece pequeno, mas ao subir nela percebo que minhas pernas compridas (tenho 1,80 m) têm espaço suficiente e não ficam esbarrando no escudo frontal, o assoalho reto ajuda a ter mais mobilidade nos pés. O scooter tem boa ergonomia com guidão a distância correta, que deixa os braços em posição bastante neutra. O banco tem bom tamanho e formato; e a capa de tecido aderente ajudam a manter o traseiro no lugar.
Grata surpresa
Ao acionar o motor monocilíndrico de 124,9 cm³ injetado e de refrigeração forçada (por ventoinha) a ar, percebe-se o baixo nível de ruído e de vibração, a ficha técnica mostra que ele rende 9,34 cv a 7 500 rpm e 1,05 kgf.m a 6 000 rpm de potência e torque máximos. Os números em si não impressionam, mas a sensação de respostas rápidas ao giro do punho alegra o passeio. Segundo os homens da fábrica, as respostas rápidas ao acelerador também são geradas pelo bico injetor posicionado bem próximo à válvula de admissão (quase injeção direta).
O chassi do Elite é do tipo underbone e as suspensões tradicionais, bengalas na dianteira e um amortecedor na traseira, fixado na caixa da transmissão CVT. Apesar de ter rodas pequenas, com aro de 12 polegadas na dianteira e 10 na traseira, os pneus têm perfil alto (90/90-12 e 100/90-10) o que ajuda no amortecimento. O funcionamento do conjunto é suave e tem uma capacidade de absorção de impactos que, na verdade eu não esperava em um scooter, sem chacoalhar o guidão. E olha que andamos em vias com pavimento péssimo e os paralelepípedos e buracos da zona do porto de Santos.
Para finalizar as primeiras impressões tenho que falar dos freios, um disco na dianteira de 190 mm e tambor de 130 mm atrás em sistema combinado. Ou seja, ao acionar o manete do freio traseiro, ele também aciona o dianteiro. A pegada dos freios é potente e pegajosa, parando com facilidade os aproximados 120 quilos do Elite. Os engenheiros também colocaram um funcional freio de estacionamento, que é acionado por uma pequena alavanca no manete esquerdo.
O Elite estará disponível em quatro cores: branca, azul, preta e vermelha. O preço estampado na etiqueta será de R$ 8 250, preço bem próximo dos R$ 8 290 reais pedidos pela concorrente direta, a Yamaha Neo 125.
Texto: Ismael Baubeta
Fotos: Honda