Na noite da última quinta-feira, a Kawasaki convidou a imprensa especializada para uma noite de celebração. E o motivo foi bastante especial: a subsidiária brasileira da Casa de Akashi comemorou dez anos de atuação no Brasil e falou sobre os rumos futuros, mas o ponto alto da festa foi a apresentação da naked retrô Z900 RS. A moto, que já havia sido confirmada para o Brasil pela Kawa na última edição do Salão Duas Rodas agora tem preço e data pra chegar. O modelo, já produzido aqui, estará nas concessionárias em 01 de julho pelo preço de R$ 48 990 sem as despesas de frete.
O modelo, que presta homenagem à Z1, precursora da famosa linhagem de nakeds da marca verde, reúne modernidades como o propulsor injetado, freios ABS, embreagem deslizante e controle de tração com dois níveis de atuação. Tudo isso embalado em um visual que parece saído diretamente das ruas da década de 1970.
O design simples encanta aos mais puristas, mas os detalhes chamam a atenção de quem gosta de tecnologia. O farol arredondado é composto por vários conjuntos de LEDs com intensidades diferentes para iluminação diurna e noturna. Já o escape único do lado direito tem desenho minimalista, mas foi “afinado” por meio de um estudo aprofundado por parte da Kawasaki até encontrar o som que mais agradasse aos motociclistas.
A mesma coisa acontece com o painel, que traz dois mostradores analógicos e, acomodado entre eles, um funcional display digital com fundo escuro e diversas informações expostas em branco, como indicador de marcha engatada, combustível, termômetro, relógio, quilometragem percorrida e dados do controle de tração. O coração da Z900 RS é o mesmo tetracilíndrico de 948 cm³ de arrefecimento líquido com comando duplo no cabeçote (DOHC). Mas, com potência máxima reduzida de 125 para 111 cv a 8.500 rpm, enquanto o torque máximo se mantém nos 10 kgf.m da Z900 que conhecemos, mas chega mais cedo, aos 6.500 giros.O quadro é tubular tipo diamond e as suspensões se dividem em garfo dianteiro invertido e balança traseira com link, ambos com ajuste na compressão e retorno, bem como na pré-carga da mola. Nos freios, discos duplos dianteiros de 300 mm e solo de 250 mm com ABS de série ficam encarregados de parar a naked.
Ainda na ciclística, Z900 RS oferece posição de pilotagem, mais confortável do que a Z900 por conta do guidão mais alto e mais aberto e também das pedaleiras posicionadas 20 mm mais abaixo e mais avançadas no quando em relação ao modelo esportivo.
Ninja H2 SX a caminho
E não é só a Z900 RS que está chegando. Nos bastidores, a MOTOCICLISMO obteve a informação de que a turbinada sport-touring Ninja H2 SX também pode chegar às revendas ainda em 2018. De acordo com fontes, a moto já está no Brasil – onde chegará importada, e segue em processo de homologação no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
A boa notícia é que, como acontece lá fora, o modelo deve ser mais em conta do que a superesportiva Ninja H2 e sua família. Para se ter ideia, nos Estados Unidos, a versão standard da moto sai por 19 mil dólares, o que corresponde a pouco mais de R$ 61 mil em conversão direta, sem impostos.
Já a versão SE, que adiciona ao pacote o câmbio quickshift, painel TFT, manoplas aquecidas, um para-brisa maior, aquecedor de manoplas luzes adaptativas para curvas, tomada para recarga de equipamentos e a tradicional cor verde custa 22 mil dólares, que é pouco mais de R$ 70 mil. Por lá a H2 convencional é vendida por 28 mil dólares (por volta de R$ 90 mil) e o preço sobe para 31 mil dólares (cerca de R$ 100 mil) na versão Carbon. Nosso palpite aqui na MOTOCICLISMO é que a Kawasaki deverá trazer apenas a top de linha SE por um valor entre R$ 120 mil e R$ 130 mil.