Nesta semana, a Kawasaki apresentou outra novidade para o Brasil. Depois de anunciar a chegada de outras quatro motos ao País nos últimos meses, a subsidiária nacional da Casa de Akashi revelou finalmente os detalhes da esportiva Ninja 400 em um evento realizado na pista do Haras Tuiuti em SP e o grande destaque foi o preço da moto, que chega em apenas em versão com freios ABS pelo preço de R$ 23 990 nas cores verde e preta. Já a moto na roupagem KRT, alusiva ao Mundial de Superbike, sai por R$ 24 990. Ambos os preços são sem as despesas de frete.
O preço reflete a intenção da marca verde em voltar a liderar o segmento, que tem a Yamaha YZF-R3 – vendida por R$ 23 290 – no topo desde seu lançamento, em 2015. Para se ter uma ideia, de acordo com números divulgados pela Fenabrave, federação que contabiliza a distribuição automotiva no Brasil, a pequena esportiva da marca dos diapasões vendeu 708 unidades em julho deste ano contra 389 da Ninja 300.
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Da esportiva média, aliás, temos o painel, que mistura o conta-giros analógico com um display digital em LCD, mas o restante é totalmente novo e aplica a experiência da marca com modelos maiores como a Ninja H2, por exemplo. “Esse spoiler aqui na frente não é só estético, ajuda a manter a moto no chão e veio da H2”, comentou o chefe de serviço técnico, Ale Noé.
Não é exagero dizer que a Ninja 400 supera sua antecessora em tudo. Começando pelo novo motor bicilíndrico de 399 cm³, que na versão nacional, tem potência máxima declarada de 48 cv a 10 000 rpm, enquanto o torque é de até 3,9 kgf.m a 8 000 giros. Ambos os picos chegam mais cedo do que no modelo anterior, que trazia 39 cv a 11 000 rpm e 2,8 kgf.m a 10 000 rpm. Outra melhoria mais sutil, que pode ser vista no vídeo oficial da moto, é que os faróis agora acendem juntos, eliminando possíveis explicações que o piloto precise dar se for parado em uma blitze durante o dia.
A embreagem assistida e deslizante é outra herança das motos maiores, e agora alivia em 20% o esforço do piloto. Assim como o novo quadro treliçado, que em conjunto com outras melhorias, como as dimensões do propulsor, resultaram em uma perda de 4 kg em relação à Ninja 300. São 168 kg na nova contra 172 na antiga, ambos em ordem de marcha.
Ao guidão, a moto é bastante leve e apresenta um ângulo de esterço muito amplo, principalmente para uma esportiva, o que deverá ajudar a serpentear entre os carros no dia-a-dia e é bem-vindo na hora de estacionar, o que costuma ser uma tarefa um pouco complicada em esportivas, principalmente para quem está dando seus primeiros passos no segmento.
A Kawasaki Ninja 400 chega às concessionárias brasileiras da marca na segunda quinzena de setembro e não só eleva o patamar das motos de baixa cilindrada, mas abre espaço para um possível novo modelo no line-up da marca, como a monocilíndrica Ninja 250 SL, disponível na Indonésia. E, pelo que ficamos sabendo, preencher essa lacuna já está nos planos da Kawasaki Brasil e novidades devem surgir em breve.
Fotos: Kawasaki e Gustavo Epifanio (em movimento)