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Testes

Yamaha YZF-R3: pequena esportiva surpreende até pilotos profissionais

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  • Publicado: 23/08/2019
  • Atualizado: 26/08/2019 às 10:18
  • Por: Alexandre Nogueira

A Yamaha do Brasil promoveu, na última semana, o lançamento da YZF-R3 ABS 2020 na pista da Fazenda Capuava, no interior de São Paulo. Como piloto adepto da motovelocidade, acredito que não poderia haver ambiente melhor para a sessão de testes da nova motocicleta da marca dos diapasões.

As novas Yamaha YZF-R3 ABS 2020 chegam custando R$ 23.990 nas versões vermelho fosco metálico ou azul metálico e R$ 24.490 na versão preto metálico Monster Energy MotoGP Edition.

Réplica da MotoGP de Valentino e Vinãles (Gustavo Epifânio)

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A nova Yamaha YZF R3 chega renovada no visual e com mudanças que melhoraram significativamente a performance, a começar pelo acréscimo de 8 km/h na velocidade final por conta do desenho mais aerodinâmico das novas carenagens, nitidamente inspirado nas irmãs superesportivas YZF-R6 e YZF-R1.

Ao montar nela você já nota logo de cara o nível de sofisticação da máquina com o excelente nível de acabamento do cockpit. A mesa superior foi redesenhada e tem visual total race das irmãs maiores com os cortes verticais para aliviar peso. A posição de pilotagem também foi revista com a altura do guidão mais baixa em 22mm, que em conjunto com o novo tanque de combustível mais baixo e mais largo criam uma posição de pilotagem mais engajada com a motocicleta.

Novo tanque redesenhado mantém os 14 litros de capacidade (Gustavo Epifânio)

Pilotos com até 1,75 m de altura vão se sentir abraçando a nova R3, mas os mais altos, como no meu caso, podem se sentir um pouco apertados quando quiserem carenar para encarar aquela reta infinita. Me senti bem à vontade aos comandos do guidão da nova R3 e encontrei um amplo cockpit para atacar curvas e pendular. Mesmo com a posição do guidão mais baixa a tocada espartana em meio ao trânsito não foi prejudicada, é bem natural e permite ótima agilidade, sem cansar. A posição da garupa é bem ao estilo superesportiva, mas o assento é amplo e confortável e também comporta legal uma bagagem para aquela viagem em carreira solo.

YZF-R3: ótima para iniciantes, excitante para experientes (Gustavo Epifânio)

O painel agora é totalmente digital, com uma tela LCD retangular super completa quanto às informações de bordo e de rodagem e conta ainda com a útil shift light, que pode ser programada acima das 7.000 rpm ao gosto do piloto para fazer a troca de marchas na rotação que achar mais adequada.

Painel completo com shift light (Divulgação)

O motor bicilíndrico de duplo comando de válvulas no cabeçote DOHC para acionar as oito válvulas, continua com os 321 cm³ e entrega 42 cavalos de potência em 10.750 rpm e torque máximo de 3,02 kgf.m em ótimas 9.000 rpm. Por isso, a tocada da pequena R3 é empolgante, com saídas de curvas espertas para os track days ou retomadas interessantes para ultrapassagens nas estradas.

A pequena Yamaha YZF R3 baila com encanto nas curvas (Gustavo Epifânio)

Se precisar de retomadas mais rápidas e radicais é só reduzir duas marchas do câmbio de seis velocidades que o motor sobe de giro facilmente e vai na faixa descomunal das 10.000 rpm, que é onde ele adora funcionar, para mostrar todo o seu vigor. A velocidade final fica em torno de 180 km/h quando em condições favoráveis, numa longa reta e de preferência num ambiente controlado como um autódromo.

O chassi continua o mesmo diamante em aço com o motor fazendo parte da estrutura, o que garante alta resistência, leveza, agilidade e estabilidade em altas velocidades. Mas a grande novidade vem no novo garfo dianteiro invertido e pude comprovar a melhora na performance atacando curvas com maior confiança e com uma sensação de segurança incrível até então para a categoria.

Chassi rígido, leve e bem equilibrado entre conforto e performance (Divulgação)

Ao atacar curvas de baixa velocidade a nova R3 inclinou com facilidade e contornou com precisão. Nas curvas de alta ela garante ótima estabilidade e em momento algum chegou a balançar ou titubear querendo sair da trajetória. A frente transmite um feeling muito bom quanto à precisão ao contornar e também ao atacar o ápice da curva depois de escolhida a trajetória. É apontar o caminho que a pequena R3 obedece o comando sem hesitar.

Na traseira, a balança assimétrica em aço ligada ao sistema Monocross, com um único amortecedor central com regulagem apenas na pré carga da mola, dá conta do trabalho de manter a roda traseira grudada no chão proporcionando melhor performance nas curvas e melhor tração.

A nova Yamaha YZF-R3 ABS contorna curvas com precisão (Stephan)

O sistema de freios não traz novidades, mas continua suficiente para freadas muito fortes com o único disco dianteiro de 298 mm e o único disco traseiro de 220 mm equipados com sistema eletrônico ABS. As rodas são de 17 polegadas, como as melhores superesportivas, calçadas com pneus Metzeler de excelente grip, tanto que pude comprovar nos testes em Capuava com as motocicletas originais como são vendidas nas concessionárias de todo o Brasil.

O conjunto dianteiro transmite muita segurança (Gustavo Epifânio)

A nova Yamaha YZF-R3 é uma esportiva para todos os dias e ainda proporciona muita adrenalina para se divertir com segurança num track day para o piloto treinar e poder se desafiar para superar seus limites e consequentemente pilotar melhor sua máquina. Uma excelente escola para iniciantes no universo da motovelocidade.

Vermelho fosco metálico: sobriedade esportiva (Divulgação)

A Yamaha YZF-R3 ABS conta com 4 anos de garantia e um plano de manutenção com preço fixo para a primeira revisão de 1.000 km e para as próximas seis revisões feitas a cada 5.000 km.

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