Os scooter Yamaha XMAX 300 Connected e o Zontes 350 E representam as escolhas mais fortes no segmento de scooter médio, mas cada um carrega uma filosofia de engenharia e mercado que os torna incrivelmente distintos. Este comparativo detalhado visa esclarecer as diferenças cruciais, permitindo a você ponderar entre a potência e a tecnologia chinesa e o refinamento e a confiabilidade japonesa.

As usinas: semelhantes, mas diferentes
O contraste mais evidente e decisivo reside na performance do motor. O Zontes 350 E, com seu monocilíndrico de 349 cm³ entrega impressionantes 39 cavalos de potência e 3,9 kgf.m de torque. Este pico de desempenho coloca-o imediatamente no topo da categoria em termos de força bruta.

Em oposição, o Yamaha XMAX 300, com 292 cm³, gera 27,9 cv e 2,9 kgf.m. Essa diferença de mais de 11 cavalos do Zontes é traduzida em acelerações mais rápidas, retomadas mais seguras em ultrapassagens e uma capacidade superior de manter alta velocidade de cruzeiro em longas viagens, agradando o motociclista que não quer sentir falta de potência na estrada. O Zontes ainda reforça a performance com dois modos de condução (Eco e Sport) que maximizam a eficiência ou o torque.

Se o Yamaha é superado em potência, ele responde com a carta de triunfo da confiabilidade e da experiência de marca. O Yamaha XMAX 300 é notável pelo seu histórico impecável de durabilidade e por estar amparado por uma vasta rede de concessionárias e peças de reposição no mercado. Esta consolidação resulta em um custo de manutenção e seguro geralmente mais baixo e previsível para a Yamaha, um fator decisivo para o consumidor pragmático.

O Zontes, como uma força mais recente, ainda está construindo essa infraestrutura, o que pode implicar em maior custo e tempo de espera por certas peças. Vale lembrar que em todas as coletivas de imprensa de lançamentos da Zontes, a marca sempre fortaleceu que seu estoque de peças é bastante amplo e que não há motivos para preocupações.

A tecnologia embarcada
No quesito tecnologia e conveniência, o Zontes 350 E se destaca por saturar o scooter com recursos premium. Ele oferece de série o para-brisa com ajuste elétrico (permitindo a adaptação instantânea à aerodinâmica da pilotagem), acionamento elétrico para o tanque de combustível e o assento, aquecedor de manopla e um sofisticado painel TFT colorido com quatro modos de visualização e computador de bordo com monitoramento da pressão e temperatura dos pneus (TPMS). É um verdadeiro “festival de gadgets” que eleva a sensação de luxo e modernidade.

O Yamaha XMAX 300, por sua vez, foca na tecnologia útil e refinada. Seu painel duplo (TFT e LCD) oferece conectividade Bluetooth para smartphone e integração com navegação GPS (via Garmin), um recurso bastante prático no uso urbano. Ambos possuem controle de tração (TCS) e sistema keyless (chave de presença), mas a execução da Yamaha é geralmente percebida como mais polida e minimalista em seu design.

A ciclística e a praticidade
Na ciclística e ergonomia, o balanço é mais equilibrado. O XMAX 300 é frequentemente elogiado por sua agilidade superior no trânsito e pela leveza percebida na pilotagem. Com cerca de 183 kg (em ordem de marcha), ele é mais leve que o Zontes (aproximadamente 211 kg), o que o torna mais “esperto” para os corredores da cidade.

O Zontes, com sua suspensão dianteira de mesa dupla, oferece uma sensação de maior estabilidade e robustez em altas velocidades, mais alinhada à sua proposta de touring de alto desempenho. Em termos de praticidade, ambos oferecem um compartimento sob o assento generoso, capaz de acomodar dois capacetes integrais.

Com meu 1,80 metro de altura, gostei mais do cockpit do Zontes, pois ele é mais amplo e o guidão um pouco mais alto em relação à montada do XMAX, além do assento do Zontes também ter uma espuma mais bem acertada e que cansa menos em longos trechos, seja na cidade ou estrada.
O yamaha XMAX 300 Connected custa R$ 38.590 mais o frete e o Zontes 350 E custa R$ 38.650 mais o frete.