Yamaha Crosser 150; brinquedo de gente grande
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Yamaha Crosser 150; brinquedo de gente grande

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  • Publicado: 30/11/2015
  • Por: jmesquita

<p>A XTZ 150 Crosser foi desenvolvida pela Yamaha para competir com a líder de vendas do segmento trail no Brasil;<a href="http://www.motorpress.com.br/moto/testes/testes-testes/honda-nxr-160-bros-trail-confortavel-e-funcional"> </a><a href="http://www.motorpress.com.br/moto/testes/testes-testes/honda-nxr-160-bros-trail-confortavel-e-funcional"><span style="color:#FF0000;">a Honda Bros</span></a>. Realizamos uma avaliação para saber como é o comportamento da acessível trail no uso comum, na cidade e fora dela, afinal, o Brasil é enorme, e em muitos lugares as vias ainda não são asfaltadas — para alegria dos motociclistas com espírito de aventura. </p>

<p><img alt="Yamaha XTZ 150 Crosser" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_crosser_150_19_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>O seu design é atual, com alguns traços que <a href="http://www.motorpress.com.br/moto/testes/testes-testes/yamaha-tenere-250-ganha-evolucao-necessaria/">lembram muito a Ténéré 250</a>, mas o seu destaque é a frente, com visual original, que agrada. O para-lama dianteiro, próximo à roda, deixa claro que a moto não foi projetada para você se enfiar em trilhas com os amigos, pois o excesso de lama vai quebrá-lo com certeza.</p>

<p>Fora isso, o projeto da ciclística dela não deixa a desejar quando comparado com uma autêntica trail. A Crosser não nega fogo quando solicitada pelo usuário. O resultado é uma motocicleta com personalidade, prazerosa de ser conduzida.</p>

<p><img alt="Muitas vias no Brasil ainda não são asfaltadas. Com a Crosser, o conforto e diversão estão garantidos" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_crosser_150_51_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Ainda analisando visualmente o modelo, destacamos a harmonia no design, em que apenas a tampa do tanque de combustível destoa pela simplicidade. Pelo desenho do tanque, se fosse utilizada a mesma que equipa a Ténéré 250, ficaria perfeito, mas isso gera custos, e estamos falando de uma moto de baixa cilindrada.</p>

<p>A redução de custos também é vista com a ausência do lampejador do farol, no punho esquerdo, item que consideramos de segurança, e que evitaria que o usuário ficasse usando a buzina a todo momento para se fazer notar no trânsito.</p>

<p><img alt="O desenho do tanque é bonito, dá uma sensação de moto maior, porém, a tampa do tanque peca pela simplicidade" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_crosser_150_57_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Na capital paulista, ela enfrentou com tranquilidade todas as irregularidades das castigadas ruas, garantindo conforto com suas suspensões de longo curso. Na dianteira são 180 mm, enquanto, na traseira, o curso da roda é de 150 mm.</p>

<p>Importante lembrar que a Crosser tem link na traseira, sistema que garante melhor progressividade na ação do amortecedor. É válido citar também que o amortecedor traseiro não conta com regulagens — o que causou estranheza no primeiro contato — e não senti necessidade de ajustar a pré-carga, nem mesmo quando circulei com garupa, bem próximo do limite de carga da moto, que é de 157 kg.</p>

<p><img alt="No detalhe, o link da suspensão traseira, que na Crosser é bem calibrado" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_crosser_150_56_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>O sistema se mostrou bem calibrado para o uso nas cidades atuais, onde ruas perfeitas já são coisa do passado.</p>

<p>Houve uma grande preocupação em oferecer uma moto que fosse confortável para o motociclista, e a posição de pilotagem, que atende bem pilotos altos ou pilotos baixos, ainda conta com um recurso, disponível apenas na versão ED (esta que avaliamos), que é o ajuste da distância do guidão em relação ao piloto.</p>

<p>Basta soltar quatro parafusos da base do guidão e dois maiores do seu suporte, inverter a base — que é assimétrica —, fixar novamente, e o guidão fica mais distante, para usuários que desejam deixar o braço menos curvado, ou pilotar um pouco mais inclinados para frente. </p>

<p><img alt="O painel é moderno e completo; destaque para o indicador de marcha" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_crosser_150_55_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">Realizamos essa operação, mas como preferimos a posição mais ereta (gosto pessoal), deixamos na posição original, mais próxima do piloto, mas recomendamos que se você não tem conhecimento sobre mecânica, nem as ferramentas corretas, que leve a moto em uma concessionária da marca para tal operação. </span></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">O assento em dois níveis é amplo e muito confortável, revezamos a posição de piloto e garupa, e aprovamos seu nível de conforto. Na garupa, as grandes e ergonômicas alças do bagageiro de série complementam a “vida boa” do passageiro esporádico. Vale ressaltar que na Crosser, por maior que seja o garupa, pela posição que ele fica, não incomoda o piloto.</span></p>

<p><img alt="O visual da frente da Crosser é original e divide opiniões; nós gostamos" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_crosser_150_59_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Circulando nos corredores formados entre os carros parados nas avenidas da capital paulista, colocamos à prova a agilidade da sua ciclística — que funciona melhor que a irmã urbana Fazer 150 — e a eficiência dos freios (na versão avaliada, ED, o dianteiro é a disco), que trabalham bem aliados aos excelentes pneus Tourance, da Metzeler (que colaboram com o conforto, por terem perfil misto).</p>

<p>Além das as respostas do motor monocilíndrico, que não sofreu alterações, nem nas curvas, nem na relação de transmissão final, desenvolveu no dinamômetro os mesmos 10,2 cv de potência máxima que encontramos durante a avaliação da Fazer 150.  </p>

<p><img alt="O motor funciona bem na cidade; na medida para o ir e vir cotidiano" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_crosser_150_60_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p>Na apresentação do modelo, esta foi uma das maiores dúvidas, pois a engenharia costuma alterar a relação de transmissão final, para disponibilizar um pouco mais de torque, em detrimento à potência, mas a resposta da Yamaha foi que, durante os testes finais, analisaram que não havia necessidade.</p>

<p>Estavam certos, pois ela se comporta muito bem, com desempenho sob medida para ir e vir na cidade, e o mais importante, não sentimos como se metade do motor tivesse “sumido” quando colocamos garupa. Mesmo carregada, ela tinha folego para andar bem, o que é sinônimo de segurança para o usuário.</p>

<p><img alt="A Crosser tem bagageiro de série, com ergonômicas alças para o passageiro" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_crosser_150_62_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>A Yamaha deixou claro que a moto é urbana, mas sabemos que muitos usuários (este que vos escreve está incluso) precisam trafegar por estradas para se locomover ao trabalho, ou escola, ou querem aproveitar o final de semana e ir até o litoral para desestressar um pouco.</p>

<p>Nessa condição, o motor mostra sua limitação — normal em qualquer modelo desta cilindrada — exigindo uma pilotagem mais paciente. Ela tem boa estabilidade e, apesar de ser leve, não sofre quando somos ultrapassados por ônibus ou caminhões.</p>

<p>A avaliação no dinâmometro mostrou que existe um ganho de 1 cv em parte da curva, usando etanol, em alta rotação<span style="line-height: 1.6em;">, e na estrada, em quinta marcha, isso resultou em um ganho de 5 km/h na velocidade indicada no painel quando escolhemos etanol como combustível. </span></p>

<p><img alt="No ir e vir do cotidiano, a Crosser atende muito bem seu usuário" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_crosser_150_65_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">No mesmo trecho onde a velocidade máxima no painel foi de 120 km/h a 8 000 rpm (105 km/h de velocidade real) com gasolina no tanque, atingimos 125 km/h no painel a 8 000 rpm utilizando etanol. </span><span style="line-height: 1.6em;">Uma diferença que parece pequena, mas não é, quando falamos de um motor de 149 cm³. </span></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">Em resumo, siga sempre pela direita quando estiver na estrada, que ela vai levar você sem riscos.</span></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">A ED, versão avaliada, custa R$ 10 515. A versão E, sem o freio a disco na dianteira, sem regulagem da posição do guidão, custa R$ 9 350 (11/2015).</span></p>

<p><strong>Com gasolina ou etanol?</strong><br />
O sistema flex é uma realidade, mas ainda existem muitas dúvidas e mitos sobre esta tecnologia. Aferimos o consumo da Crosser nos dois combustíveis, e já citamos que existe um ganho na velocidade em alta rotação, com etanol. Com gasolina, o consumo foi de 38 km/l e com etanol, a Crosser rendeu 27,5 km/l. </p>

<p>Vale citar que o preço varia muito entre postos e Estados, então faça as contas e escolha o melhor para seu bolso. Na autonomia, a gasolina é melhor, com 456 km para um tanque de gasolina, contra 330 km com o etanol.</p>

<p>Após a renovação da irmã Fazer 150,  existe uma expectativa de nova atualização para o modelo 2016 da Crosser, que ainda não foi revelado, e a previsão é de que chegue nas concessionárias no primeiro trimestre. Acreditamos que não terá mudanças e que o atraso na entrega do modelo 2016 seja apenas pela baixa nas vendas em 2015.</p>

<p><img alt="Com boas suspensões e posição de pilotagem, a trail encara qualquer caminho" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_crosser_150_54_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p><strong>Conclusão</strong><br />
<span style="line-height: 1.6em;">As motos trail não são as mais vendidas no Brasil. Uma injustiça! O motivo não é a falta de qualidades, e sim, o seu preço, que sempre é mais alto que o das outras categorias de mesma cilindrada, pelos componentes utilizados, que são mais robustos. </span></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">A Cro­­­­­s­­­­ser demorou, mas chegou com competência para reinar nas ruas, boas ou ruins, também na terra. O acerto das suspensões, principalmente o uso do link na traseira, são o ponto alto do projeto, pela sua eficiência. O motor atende bem o uso na cidade, e o conforto deixa piloto e garupa à vontade nela. </span><span style="line-height: 1.6em;">Procura uma moto para a cidade? Sugiro a Crosser, que não é perfeita, mas vale cada centavo. </span></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">Veja também:</span></p>

<p><strong><a href="http://www.motorpress.com.br/moto/testes/testes-testes/yamaha-tenere-250-ganha-evolucao-necessaria/"><span style="color:#FF0000;"><span style="line-height: 1.6em;">Avaliação da Yamaha XTZ 250 Ténéré</span></span></a></strong></p>

<p><a href="http://www.motorpress.com.br/moto/noticias/especiais/veja-tabela-de-precos-atualizada-da-yamaha" style="line-height: 1.6em;"><span style="color:#FF0000;"><b>Saiba quanto custam as motos da Yamaha</b></span></a></p>

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