A Triumph Tiger Explorer 1200 é a representante da marca inglesa para o mercado de grandes motocicletas aventureiras do segmento premium, que vem mostrando números exponenciais de crescimento em todo o mundo, e onde as montadoras vem investindo forte, oferecendo tecnologia de última geração para assegurar o máximo conforto para enfrentar longas jornadas em quaisquer condições de clima e terreno.
Para muitos, elas são idealizadas como a moto perfeita, pois unem o melhor de cada universo, como motor potente, excelente conjunto de chassi e suspensões, freios de primeira linha e uma ergonomia perfeita para proporcionar o máximo prazer e conforto ao pilotar, seja nos pequenos deslocamentos ou nas viagens de centenas de quilômetros. E tudo isso amarrado em um pacote que entrega uma excelente performance, como alta velocidade de cruzeiro e velocidade máxima acima de 240 km/h, e alta estabilidade para enfrentar bom asfalto ou estradas esburacadas sem pavimento.
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E após tantos anos de experiência com motocicletas, um estilo de vida descolado e acelerado, dependente de duas rodas sempre, a moto perfeita para esse típico homem com uns bons quarenta e poucos anos — tá bom, cinquenta ou sessenta e poucos anos também — é uma poderosa Big Trail, principalmente para aquele motociclista de longa data que tem lembranças afetuosas de todo tipo de estradas por mais de 10 horas seguidas, em típicas motos esportivas em que o piloto vai encolhido como um feto e/ou as motocicletas custom de turismo, muito pesadas e que não encantam mais.
A moto perfeita, então, teria um mínimo de potência, e quando esse número vai chegando na casa dos 140 cv, as coisas ficam ainda mais agradáveis. Se o conjunto de chassi e suspensões for adequado para segurar toda a usina, tornando-a capaz de contornar curvas com a precisão de um compasso e ainda ter uma posição de pilotagem racional e relaxada o suficiente para devorar centenas de milhas, do que mais você precisa?
Por todos esses anos aprendi que equilíbrio entre potência e peso é importante, mas não pode ser uma moto peso mosca como uma esguia CRF 450X, e também não é legal uma tourer esportiva com mais de 320 kg como uma Honda Goldwing 1800 ou uma BMW K1600 GT com toda a sua capacidade de transporte de carga, então na verdade, sem outras palavras, a moto perfeita é provavelmente uma big trail de turismo de aventura.
As aventureiras top de linha da marca inglesa Triumph, chegam equipadas com o consagrado motor de três cilindros paralelos de 1.215 cilindradas, com 12 válvulas, refrigeração líquida e injeção eletrônica, capaz de entregar 141 cavalos de potência a 9.350 rpm e 12,4 kgf.m de torque em ótimas 7.600 rpm.
Uma nova embreagem com assistência de torque no acionamento facilita a vida a bordo e contribui mais ainda para aumentar o conforto. O câmbio de seis marchas tem engates extremamente macios e precisos e a transmissão final por eixo cardã suaviza mais ainda o funcionamento ao rodar.
O chassis de aço em treliça monta um garfo telescópico invertido da consagrada WP, com tubos de 48 mm, que é um dos grandes responsáveis pelo alto nível de estabilidade do conjunto, e nesta versão XCA que testamos, a moderna suspensão é semi ativa controlada eletronicamente pelo TSAS, gerenciando e adaptando continuamente os ajustes da suspensão conforme a pilotagem e o piso.
Modos de pilotagem alteram as configurações do TSAS, dos freios ABS, do controle de tração e dos mapas de aceleração, e assim, qualquer piloto pode encontrar o melhor acerto da motocicleta, conforme sua experiência, em busca do máximo controle e segurança. A maior novidade desta maxi trail inglesa, e incorporada apenas nas versões XCX e nesta XCA, é a Unidade de Medição Inercial IMU, que mede continuamente os movimentos da motocicleta de acordo com inclinação, aceleração e frenagem processando essas informações em conjunto com a Unidade de Controle Central CCU atuando e otimizando o comportamento da motocicleta em curvas. A Tiger 1200 disponibiliza os modos de pilotagem Road e Rain e as XCX e XCA tem ainda o modo off road que permite algumas derrapagens em acelerações e frenagens.
A XR traz rodas de liga leve enquanto a XCX, com seu DNA aventureiro, traz rodas raiadas com a dianteira de 19 polegadas. Protetores de motor e radiador são ítens de série da XCX, bem como os protetores de mão e manoplas aquecidas, a tomada USB e o piloto automático. O parabrisas conta com ajuste elétrico.
A nova Triumph Tiger Explorer mantém a elegância e a imponência com os novos painéis do tanque de combustível e carenagens do radiador que melhoraram a aerodinâmica e retiram melhor o calor excessivo do motorzão. Nova pintura nas tampas de motor e chassis, novo paralamas dianteiro e o novo design fortalecem o espírito moderno desta motocicleta concebida para o máximo desempenho e conforto nas viagens.
Posso garantir que a Triumph Tiger Explorer é a big trail de turismo de aventura mais confortável que já pilotei e sou apaixonado por ela, pela presença do motor e o prazer que seu funcionamento liso e livre de vibrações proporciona e pela desenvoltura ao rodar, com facilidade para serpentear o trânsito e alta performance para excitar os sentidos com toda a capacidade que esta incrível motocicleta tem de satisfazer às mais diversas situações de pilotagem, seja na pista, na terra, na praia, no deserto ou num tranquilo passeio dominical. E ela vale cada centavo investido.
Os preços partem de RS 63.790 para a versão XR, R$76.790 para a versão XCX e R$ 87.990 para a completíssima XCA que mostramos neste teste.
Foi bem interessante reparar que os números de potência, torque e peso da Triumph Tiger Explorer são praticamente idênticos aos da endiabrada Ducati Diavel, que já testamos e você pode conferir aqui. O fato é que cada uma tem sua proposta, elas são muito distintas e uma não tem nada à ver com a outra. A intenção de mostrar esses números é aguçar sua curiosidade, sem fazer comparações. E agora, maxi aventureira inglesa ou linda dragster italiana?
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