Testamos a nova Yamaha R1, a ‘moto do Rossi’
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Testamos a nova Yamaha R1, a ‘moto do Rossi’

5 Minutos de leitura

  • Publicado: 07/01/2016
  • Por: jmesquita

<p><span style="line-height: 1.6em;">A Yamaha renovou a emblemática R1 colocando em seus genes a tecnologia da M1 de MotoGP. É quase possível dizer que seria a moto do Valentino Rossi em sua versão de rua.</span></p>

<p><img alt="Valentino Rossi participou do desenvolvimento da nova Yamaha YZF-R1" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_r1_2016_181_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Todos os fãs de motocicletas, e especialmente os da Yamaha, têm motivos para comemorar os últimos lançamentos da marca, que estão chegando em quantidade e qualidade surpreendentes. Uma dessas motos é a nova geração da icônica YZF-R1, profundamente renovada.</p>

<p>Esta R1 foi uma das esportivas mais esperadas (e a única novidade entre as superbikes japonesas), e isso não é apenas pelo seu design espetacular. Assim que ela chegou à redação, ficamos meia hora estudando todas as possibilidades de ajustes proporcionadas pelo painel digital da YRC (Yamaha Racing).</p>

<p><img alt="Painel da nova geração da YZF-R1; supercompleto!" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_r1_2016_9_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>A chegada da centralina IMU da Bosch trouxe à R1 um controle em “3D” de seu comportamento, já que o gerenciamento eletrônico permite ao piloto personalizar quase tudo: controle de tração, de deslizamento horizontal, antiwheelie (evita que a moto empine), distribuição da frenagem entre os eixos, controle de largada, câmbio semiautomático, modos de potência, entre outros ajustes.</p>

<p><strong>ELÁSTICO</strong></p>

<p>O motor CP4 ganhou potência, mas preserva inalterado o caráter “crossplane”. Nas ruas, encontramos uma resposta muito agradável em baixas e médias rotações, o que, associado ao câmbio de relações longas, permite que aceleremos forte nas saídas de curvas sem medo.</p>

<p><img alt="Escondido pelas carenagens, está um poderoso tetracilíndrico de 998 cm³" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_r1_2016_19_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /><span style="line-height: 1.6em;">Apenas nos modos de potência 1 (o mais agressivo) e 2 sentimos respostas mais bruscas mediante qualquer movimento no acelerador. Mas, quando superamos as 8 000 rotações e a escala do conta-giros muda de cor, a R1 começa a se comportar de outra maneira.</span><span style="line-height: 1.6em;"> </span></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">Temos a sensação de estar pilotando a M1 de Rossi e Jorge Lorenzo que vemos no Mundial de Motovelocidade. Dali até 14 000 rpm a moto é insana, mostrando uma evolução enorme perante o modelo anterior.</span></p>

<p><img alt="A frente da nova Yamaha YZF-R1 divide opiniões. No centro, fica a entrada de ar, assim como na MotoGP" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_r1_2016_7_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">A velocidade com que ela sobe de giro é estupenda e, acelerando tudo em segunda marcha, a frente levanta quando chega a casa dos “mágicos” 8 mil giros… Mas a eletrônica rapidamente coloca tudo de volta no asfalto. A eletrônica nos dá muita confiança, já que ela trabalha em função do que precisamos.</span></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">A performance desta nova R1 a aproxima muito da moto que ainda é a rainha da categoria no que se refere a desempenho, a BMW S 1000 RR. Rodando atrás dela em uma pista ou comparando os números das medições de ambas, notamos que as diferenças são mínimas.</span></p>

<p><img alt="Com muita tecnologia aplicada, os limites de uso da nova R1 ficaram maiores" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_r1_2016_15_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">No dinamômetro a moto alemã entrega 8 cv a mais, mas a Yamaha aplica seus 185 cv reais de uma maneira muito eficiente. Um número excelente, especialmente se comparado ao da versão anterior, que estacionava nos 160 cv reais.</span></p>

<p><strong><span style="line-height: 1.6em;">PRONTA PARA COMPETIR</span></strong></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">Quando subimos na R1, temos a sensação de estar montados em uma moto de competição. O banco é muito alto, é largo e tem bem pouca espuma. Tanto que, quando estamos com as mãos nos semiguidões e olhamos o semáforo, pensamos por um instante que, quando a luz vermelha apagar, a corrida vai começar.</span></p>

<p><img alt="Nas competições, principalmente no Mundial de Superbike, a Yamaha espera conquistar títulos com a nova R1" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_r1_2016_6_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p><span style="line-height: 1.6em;">As pedaleiras, sim, estão em uma posição mais “normal” para uma esportiva de rua. De qualquer forma, temos de estar acostumados às esportivas para fazer qualquer trajeto de média duração ao comando desta Yamaha. Não é uma moto amigável, e sim pensada para andar (muito) rápido e dentro de um circuito.</span></p>

<p>Dessa forma, só quando enfrentamos algumas curvas a postura que adotamos sobre a moto adquire algum sentido. Na estrada ela é muito ágil e parece obedecer ao nosso pensamento nas mudanças de direção. Uma vez que já estamos na curva, transmite confiança e segurança incríveis, além de nos permitir perceber com perfeição o que as suspensões estão fazendo.</p>

<p><img alt="Pronta para acelerar, a nova R1 é ágil na estrada. Cuidado com o limite de velocidade das vias!" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_r1_2016_12_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>O chassi é muito rígido, mas isso não traz efeitos colaterais na estrada, já que contamos sempre com estabilidade absoluta e não há reações bruscas em nenhum momento. Mesmo quando, propositalmente, impomos um movimento violento à direção, o amortecedor de direção praticamente anula qualquer reação indesejada da moto.</p>

<p>As suspensões, com o novo sistema Kayaba nas bengalas e com os ajustes de fábrica, transmitem sensações diferentes das que estamos acostumados a encontrar nesse tipo de motocicleta. Isso porque sentimos o garfo dianteiro mais firme que o amortecedor traseiro, e o “normal” é justamente o contrário.</p>

<p><img alt="A suspensão dianteira da R1 é da Kayaba, e conta com ajustes de pré-carga, compressão e retorno" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_r1_2016_11_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>De qualquer maneira, basta usar as múltiplas regulagens para rapidamente deixar a moto sob medida para as suas necessidades, ainda que os ajustes standard vão deixar 99% dos usuários satisfeitos em uma utilização na estrada.</p>

<p>Nas frenagens fortes que exigem muito da suspensão dianteira, o garfo Kayaba absorve tudo sem reclamar e entrega uma precisão impressionante. Por seu lado, o amortecedor aguenta qualquer abertura violenta do acelerador e ainda nos transmite um tato perfeito sobre o que acontece com o pneu traseiro e de quanta aderência dispomos.</p>

<p><img alt="Como em toda superesportiva, a nova R1 tem um poderoso sistema de freio" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_r1_2016_10_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Os freios também mostraram-se impecáveis e, na estrada, o ABS com frenagem combinada transmite muita segurança, já que é quase impossível tirar a roda traseira do chão.</p>

<p>É em um circuito onde podemos explorar todo o potencial da nova R1. As dimensões compactas e sua agressividade nos ajudam a entrar rápido nas curvas, mas logo deparamos com uma moto com uma direção tão rápida que parece “cair” para o interior das curvas.</p>

<p>Temos de nos adaptar a esse comportamento e à transferência de peso para a dianteira, mas, uma vez que nos acostumamos a essas reações, começamos a brincar com a R1. Um motor fabuloso, um chassi rígido e uma ciclística configurada com geometrias radicais lhe dão sensações incríveis, daquelas que todos deveriam experimentar uma vez na vida!</p>

<p><strong>NO DINAMÔMETRO</strong></p>

<p><img alt="A moto está 16 kg mais leve e o motor “crossplane” está, agora, à altura dos rivais. O melhor dele chega após as 7 000 rpm." height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_r1_2016_3_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p><img alt="Para explorar os limites da nova R1, é necessário grande domínio das técnicas de pilotagem" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_yamaha_r1_2016_16_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p><strong>CONCLUSÃO</strong></p>

<p>A nova R1 não tem nada a ver com a moto anterior e é realmente revolucionária. Se esteticamente é arrebatadora, em movimento é uma moto realmente especial, seja pela posição radical que impõe ao piloto, seja pelo comportamento. Radical demais para uso em ruas e estradas, mas fantástica em um circuito.</p>

<p>As possibilidades de ajustes e ajudas eletrônicas estão presentes em grande quantidade, e todas funcionam com maestria, ajudando o piloto a desfrutar e alcançar os limites dessa incrível máquina japonesa sem problemas. Uma jóia tecnológica que, com absoluta certeza, terá um papel de destaque na história da Yamaha no mundo e no Brasil, onde <strong>a previsão é de chegar no primeiro semestre de 2016</strong>. Vamos aguardar.</p>

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