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Kawasaki Versys 650 TR: ótima no trânsito e com dotes de Bigtrail para viagens

5 Minutos de leitura

  • Publicado: 14/02/2024
  • Por: Alexandre Nogueira

A Kawasaki Versys 650 é a motocicleta de média cilindrada da Casa de Akashi que briga de igual para igual com as motos Touring e Bigtrail, até de maior cilindrada, esbanjando conforto e tecnologia para enfrentar longas jornadas.

A Versys 650 é conhecida pela sua versatilidade e conforto, uma verdadeira crossover montada com rodas de 17 polegadas que comporta os ótimos pneus esportivos das Supersport médias, bem como pneus de uso misto com perfil aventureiro para encarar aquela viagem com estrada de chão batido mundo afora. Eu sou fan indiscutível desses motores de dois cilindros da Kawasaki que equipam toda a linha de 650 cilindradas, como as Z650 e Z650 RS, a Ninja 650, a Vulcam 650 e essa Versys 650 TR que apresento neste teste.

A Versys 650 chega remodelada com um novo design no bico dianteiro e conta com iluminação total LED. Uma pequena lapidada na carenagem dianteira que rejuvenesceu a máquina idealizada em 2007. Esta Versys 650 Tourer que apresento custa R$ 58.990, com malas laterais e top case, protetores de mão, proteção de tanque, amplo para-brisa fumê, tomada 12V, protetores de motor tipo slider, faróis auxiliares em LED e indicador de marcha, que também é padrão na versão normal, que é oferecida por R$ 51.990. O painel agora é TFT colorido e com conectividade, e chega também um novo controle de tração KTRC de série para as duas versões.

O motor bicilíndrico paralelo de 649 cm³ com duplo comando no cabeçote de oito válvulas refrigerado a líquido, com injeção eletrônica de combustível, e configurado para acordar o torque nas baixas e médias rotações, entrega orgulhosos 69 cv de potência a 8.000 rpm e 6,5 kgf.m de torque máximo já nas 7.000 rpm. O duplo cilindro paralelo já é atento em 2.000 rpm, tem um ótimo caráter nas médias e se estende até 10.500 rpm. A aceleração nas baixas rotações é muito gratificante, mas ele mostra todo seu vigor nas médias rotações entre 4.000 e 8.000 rpm, faixa onde ele gosta de funcionar aproveitando perfeitamente as relações do câmbio de seis marchas.

Consegui médias de consumo de 25 km/l na cidade e 30 km/l na rodovia a 100 km/h, dados conforme o consumo médio mostrado no computador de bordo do belo painel TFT. As arrancadas são vigorosas, as saídas de curvas excitantes e a velocidade final ficou em 200 km/h sem as malas e 185 km/h com as malas e o para-brisa levantado. Como nos demais modelos da marca, há no painel um indicador ECO da melhor faixa de aproveitamento do consumo, por isso, atento a ele você consegue melhorar sua tocada visando economia de combustível.

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Os trabalhos de suspensão ficam por conta de um garfo Showa invertido e ajustável na pré-carga da mola e na velocidade de mergulho, e um amortecedor traseiro tem regulagem manual da pré carga da mola através de uma válvula tipo registro na lateral direita da moto. Foi interessante reparar a melhora da motocicleta ao regular as suspensões após carregar as malas, porque com o peso no baú e nas malas laterais, a frente ficou muito leve e a dirigibilidade bastante comprometida, então foi só endurecer o amortecedor traseiro conforme a carga que tudo voltou ao normal.

Achei o set up original da Versys 650 bem macio e mais apropriado para o conforto no uso diário e também foi muito bem nas estradas de terra, mas nas estradas constatei algumas balançadas excessivas em curvas de alta velocidade, por isso um pequeno endurecimento na suspensão dianteira melhorou bastante a performance do conjunto. É bem recomendável ajustar o SAG da motocicleta conforme o peso do piloto e as condições de uso para que você obtenha a melhor performance da motocicleta.

A Versys 650 proporciona uma ergonomia ereta e bem relaxada e acomoda muito bem até mesmo os pilotos mais altos, o banco é extremamente confortável e a garupa tem um espaço generoso e com as pedaleiras em posição agradável e confortável, e com ótimas alças. As alavancas de freio dianteiro e embreagem são ajustáveis na altura. As funcionalidades do painel TFT são através do punho esquerdo e são bastante simples e intuitivas.

O sistema de frenagem tem disco duplo na dianteira mordido por pinças Nissin convencionais deslizantes de dois pistões e na traseira um disco simples com pinça de pistão único, ambos com ABS. São bem potentes e de ótima pegada inicial para rodar na cidade, bem como para frenagens mais fortes na tocada mais agressiva.

A Kawasaki Versys 650 satisfaz na íntegra, tem um corpo esportivamente invocado, muita agilidade na cidade, muita performance nas curvas, a frenagem é potente e modulável, enquanto o motor tem o poder que faz você se entreter nas arrancadas e saídas de curvas. Ela também é ótima na estrada quando se leva em conta que o motor vibra pouco, é forte e elástico.

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