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Honda Elite 125: Estilo e agilidade na mobilidade urbana

7 Minutos de leitura

  • Publicado: 25/07/2024
  • Por: Willian Teixeira

Fácil de pilotar, o scooter de entrada da Honda foi completamente repaginado e segue atendendo com competência aos iniciantes no mundo das motos. Confira as nossas primeiras impressões!

O Elite 125 foi lançado em 2018 como nova opção para o segmento de entrada, juntando-se ao PCX no line-up de scooter da Honda. Desde então, já são mais de 110 mil unidades comercializadas. Para a linha 2025 o modelo passou por sua primeira reformulação, recebendo novo visual, mudanças no chassi e um pacote com mais itens de série – sem perder a simplicidade na tocada.

Mapa dos usuários

Segundo a marca, o modelo é a primeira moto de 62% de seus clientes. Deste total de compradores, 60% são mulheres e 62% possuem entre 30 e 49 anos. Isso se traduz em novos motociclistas buscando facilidade na pilotagem com custo acessível.

Mulheres e iniciantes estão entre os principais consumidores, segundo a Honda (Foto: Divulgação)

Como é pilotar o Honda Elite 125 

A convite da Honda nós estivemos em Campinas (SP) para acelerar o Elite 125. Neste ride pudemos verificar o comportamento deste novo conjunto e sentir todas as suas virtudes. Percorremos cerca de 50 quilômetros por ruas e avenidas da cidade, além de rodarmos em alguns trechos curtos de rodovias nos arredores do município.

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Acima de tudo, a facilidade na pilotagem é uma característica marcante no Honda Elite 125. Afinal, para sair do lugar é só ligar e acelerar. A posição de pilotagem ficou melhor graças a muitas mudanças, como no assoalho plano, que ficou ligeiramente maior, ganhando espaço para os pés do piloto. As pedaleiras da garupa agora são retráteis, substituindo o recuo na carenagem presente no antigo Elite, ponto positivo para o conforto da garupa.

O Elite mudou, mas segue como opção interessante para mobilidade urbana (Foto: Divulgação/Honda)

A posição do guidão mudou, agora ele está um pouco mais distante das pernas do condutor. Isso permite uma pilotagem mais ereta, evitando as batidas nos joelhos nos condutores mais altos. O assento está 7 mm mais baixo privilegiando a ergonomia dos mais baixinhos. Já o conforto do banco está dentro do esperado para sua proposta nos deslocamentos curtos na cidade.

Leve e esperto

A leveza sempre foi um dos pontos altos no Elite, e esse aspecto ficou ainda mais evidente, seu peso é quatro quilos mais leve que a versão anterior, são 100 quilos (peso seco). Essa virtude é mais evidente na dianteira do scooter, o que facilita muito a utilização na cidade, principalmente nas mudanças de direção rápida, como em desvios de obstáculos do dia a dia, ele tem uma tocada bem dinâmica.

Com o guidão mais adiantado, o Elite 125 oferece mais conforto para as pernas do piloto (Foto: Divulgação/Honda)

A distância entre-eixos e altura em relação ao solo também aumentaram na comparação com o anterior, contribuindo na estabilidade e na transposição de obstáculos. As rodas permanecem com aro de 12 polegadas na dianteira e 10 na traseira, por isso ainda é preciso ter cuidado com buracos mais fundos, corriqueiros nas grandes cidades.

Agilidade e economia

O Honda Elite 125 2025 tem novo motor monocilíndrico com a tecnologia eSP (Enhanced Smart Power), que utiliza componentes com menor índice de atrito para obter melhor desempenho e economizar combustível. São 123,9 cm³ de capacidade capazes de entregar 8,2 cv de potência a 6.250 rpm e 1,06 kgf.m de torque a 5.000 rpm, ou seja, os picos são atingidos em menor rotação. Acima de tudo, vale lembrar que ele já está adequado ao Promot5, que entra em vigor ano que vem. O câmbio é o tradicional automático tipo CVT.

Segundo a Honda o novo Elite atinge 89 km/h de velocidade máxima e é capaz de fazer até 49,9 km/l de consumo médio. No teste dinâmico cheguei a bater os 92 km/ no painel e o consumo bateu os 42 km/l. Como sou pesado (125 quilos) a diferença no consumo é justificada. Comigo nas subidas ele perdia embalo e eu ficava para trás do pelotão.

O novo painel do Honda Elite 125

Outro recurso que colabora com a economia de combustível é o Idling Stop, que desliga o motor em paradas breves, religando-o com um leve toque no acelerador. O novo painel trocou o mostrador único por um com duas telas em LCD, com indicador de pilotagem econômica. Mais uma novidade bacana para o novo Elite é o lampejador do farol, item importante para aumentar a segurança.

Mudanças nos freios e suspensões

O freio ganhou disco tipo wave na dianteira, atrás o tambor foi mantido. O sistema é combinado e está bem dimensionado para as prestações do Elite. Vale destacar que seu principal concorrente, o Fluo, da Yamaha, tem ABS na roda dianteira.

As suspensões, por sua vez, deram conta do recado, copiando bem as irregularidades do asfalto proporcionando estabilidade ao scooter. A dianteira segue com o mesmo padrão do anterior, já a traseira recebeu os amortecedores em posição mais vertical, com três níveis de ajustes na pré-carga da mola.

As rodas também preservaram as medidas da geração anterior, mas agora calçam os pneus Pirelli Angel Scooter nas medidas 90/90-12 e 100/90-10 respectivamente, macios, de boa aderência e um desenho que promete bom desempenho em piso molhado.

Tanque e transporte de bagagens

O espaço sob o assento do Elite 125 ficou mais largo, agora tem 15,2 litros de capacidade,  suficiente para um capacete aberto. A forma de acessar o compartimento também mudou: antes o destravamento era através de pressão na chave, agora é através de um botão instalado ao lado do contato.

O mesmo procedimento também é usado para abrir o tanque de combustível, que teve o bocal reposicionado, agora instalado sobre a lanterna traseira. Posição que facilita o acesso, já que não é preciso levantar o banco, mas inviabiliza a instalação de um bauleto. Nesse sentido, a Honda afirma que está trabalhando em uma solução em conjunto com a Givi, e que em breve ela chegará ao mercado.

Acesso ao tanque agora é atrás do banco (Foto: Divulgação)

O frontal interno ganhou um segundo gancho na parte da frente sob o banco, o que lhe dá maior capacidade para transporte de volumes. Além deles, o Elite ainda traz um porta-luvas sob o guidão para pequenos objetos, porém, sem tampas.

Cores e preços do Honda Elite 125

São quatro opções de cores, as tradicionais branca e vermelha, além da bonita pintura prata e da moderna azul metálica, a utilizada nesse teste. O modelo teve um aumento de R$ 386 sobre a geração anterior, o que é pouco se você considerar a quantidade de melhorias. Seu preço sugerido é de R$ 12.966 mais o frete de sua região, o que faz do Elite um scooter bastante acessível e sua configuração confere economia de combustível e muito estilo.

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